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As maravilhas de Innsbruck

Innsbruck seria uma pacífica cidade perdida no meio das montanhas do sul austríaco, se já não tivesse sido sede de jogos de inverno por várias vezes. Um ponto turístico imperdível para os fãs destes esportes, ela ainda mantém aquele charme de uma cidade pequena, cujas lojas (de boa qualidade, com Swarovski e Tag Heuer) fecham nos sábados às 17h e não abrem aos domingos.

O seu forte é o esqui, e a cidade vive basicamente para isso. Portanto, eis minha dica: hospede-se em qualquer hotel que fica ao redor da Hauptbanhof (estação principal de trem). O Ibis, por exemplo, é um de bom custo-benefício. Na estação mesmo, há uma loja de informações turísticas, que, das 10h às 19h, vende o Innsbruck Card, cartão de 24-48-72h que lhe permite fazer praticamente qualquer coisa na cidade (e sai muito mais em conta). Com este cartão, pegue, na plataforma B, o ônibus H e desça dois pontos depois (Hofburg/Congress). Lá, você pegará um trem para a estação de esqui. Pelo que me informaram, existem 7 estações de esqui na cidade, mas essa é a mais acessível e a incluída no seu cartão.

Suba até o fim – até o fim, mesmo. Lá, a mais de dois mil metros de altura, quando você está acima das nuvens, coberto de neve, você pode pegar os trajetos mais hardcore de esqui. Ou tomar uma knödel suppe com uma boa Pfiff Bier (uma das melhores cervejas que já tomei) e, de sobremesa, um apfelstrudel (prato típico de torta de maçã) por pouco mais de 10 euros. Um ponto abaixo, há trajetos mais fáceis de esqui, que você pode tentar, se não for tão bom, ou simplesmente aproveitar a vista do restaurante (este é mais caro), tomando algo do Iglu Bar. Ah, sim, este restaurante também tem programas noturnos especiais.

O primeiro ponto, antes de efetivamente subir a montanha, tem a Schischule, para você aprender a esquiar (junto com pirralhos de 5 anos que dão um show em você), e conta com restaurantes como o Wolke 7 (também um pouco mais caro, mas com um sanduíche gigante).

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(MAIS: Um roteiro para explorar Mônaco)

Neste trajeto todo tem também o Alpenzoo, um zoológico de mais de 150 animais destes climas frios. E não tem só bichinhos – tem animais brutos, como Bisões, Alces, Lobos, Linces e um Urso marrom.

Só nisso, você pode gastar o seu dia tranquilamente. Mas, se sobrar tempo, da própria estação do trem (Congress/Hofburg), siga em linha reta em direção ao centro, passe por um arco de um prédio gótico e entre à direita em uma viela (a primeira que você vir). Lá estará o Stiftskeller, restaurante típico com estilo de taberna medieval. Peça os pratos típicos austríacos, tome uma boa Augustiner (cerveja feita desde 1328!), e, novamente, peça um strudel. O serviço é ótimo, e o banheiro possui um quadro de recados com giz para você escrever, diante do mictório. Você gasta mais ou menos uns 20 euros, dependendo de quanto beber.

Por fim, continue andando por ali. O centro da cidade é pequeno, repleto de ruas antigas para se desbravar, e fica tão perto da estação de trem, que nem vale pegar o ônibus de volta.

À noite, há shows típicos de dança tirolesa, com jantar incluído, para os quais o Innsbruck Card lhe dá desconto (assim como para diversas outras atividades na cidade). E, se você quiser aproveitar a vista noturna da montanha, mostrando toda a cidade coberta de neve e iluminada, a estação de esqui de que falei também tem programas para a noite, com jantar incluído.
Ah, se você nem sequer arranha o alemão, não se preocupe – todos também falam inglês, e alguns também falam espanhol.

À primeira vista, você acha que Innsbruck é uma cidade para não se gastar mais do que um dia. Mas, se quer saber, na próxima vou me preparar para comprar um cartão de 72h.

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Ela tem o charme das cidades pequenas