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Simo Häyhä, o maior sniper da história

Pedro Cohn Diretor de Negócios

Quem foi o maior sniper da história?

Esta questão pintou aqui na redação do El Hombre após o lançamento do game Sniper Elite III, sobre atiradores de elite.

Com uma rápida procura no Google, achamos a resposta: Simo Häyhä.

Simo nasceu na Finlândia, em 1905, filho de um fazendeiro nórdico. Ele cresceu trabalhando nas plantações da família e caçando pelas florestas da região.

Em 1925, entrou para o exército finlandês, mas a experiência com a farda durou apenas um ano. Sua paixão pelas armas, porém, o levou a ingressar numa milícia e a participar de diversos campeonatos de tiro, conquistando a maior parte deles.

Eis que, em 1939, a União Soviética invadiu a Finlândia, num episódio que ficou conhecido como Winter War. Aquele foi um dos invernos mais rigorosos da década, com temperaturas de até 40 graus negativos.

O Exercito Vermelho tinha uma poderio militar 10 vezes maior que o da Finlândia, mas os soviéticos não contavam com uma coisa: a vontade do povo escandinavo de defender seu território a qualquer custo.

Por este motivo Simo, 14 anos após aposentar a sua farda, decidiu vesti-la novamente. Esse era apenas o começo de uma jornada que renderia a ele o apelido de Morte Branca.

Sua habilidade com as armas garantiu a ele uma posição de atirador de elite, vulgo sniper, no batalhão escandinavo. Ele passava dias e dias entocado nas matas nevadas, pintado de branco, apenas com duas latas de comida e munição na mala.

Sua camuflagem clara o deixava quase invisível ao inimigo, daí o nome Morte Branca. O apelido, por sinal, veio dos próprios soldados soviéticos, que temiam a sua pontaria quase sobrenatural.

Nos primeiros 100 dias de guerra, Simo matou 505 inimigos com seu rifle Mosin Nangant e mais 200 com uma sub-metralhadora 9mm Suomi, totalizando assim 705 mortes.

O mais impressionante de tudo é que ele não usava mira telescópica, apenas de ferro. Ele fazia isso por duas razões: primeiro, a mira telescópica pode refletir o sol e denunciar sua posição. Além disso, ela embaça facilmente no frio.

O exército vermelho tentou acabar com ele de todas as maneiras possíveis: bombardearam florestas, mandaram centenas de soldados para a captura e destacaram contra-snipers para a tarefa.

Um destes quase conseguiu acabar com a matança de Simo, ao acertar uma bala explosiva no maxilar do finlandês. Mas, incrivelmente, ele sobreviveu e acordou de um coma 96 horas depois, no mesmo dia que a guerra havia acabado.

O resultado? Uma Finlândia vitoriosa e dezenas de milhares de soldados de Stálin abatidos em suas florestas.

Acredita-se que sem a ajuda de Simo a história teria sido diferente, não apenas pelos 705 soviéticos que ele vitimou, mas também pela injeção de moral que deu às tropas; o exército finlandês o usou como propaganda durante a campanha do Winter War, numa tentativa bem-sucedida de elevar o espírito dos soldados.

Simo morreria em 2002, aos 96 anos, um herói cuja história nem a densa neve nórdica conseguirá um dia apagar.