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Fomos conhecer o novo ponto de encontro dos cervejeiros em SP

O que um bar precisa ter para ser considerado um verdadeiro sucesso? Bom atendimento, boa localização, cardápio completo, ambiente aconchegante, público cativo… São muitos os fatores. Mas há alguns bares que conseguem ir além. E com isso os clientes passam a ser alçados ao patamar de fãs.

É o caso do Delirium Café.

O Delirium Café é um bar belga que pode ser considerado tranquilamente como a Disney dos cervejeiros. E um dos fatores que me leva a dizer isso é a sua ousada proposta de oferecer milhares de cervejas em seu cardápio. E não é figura de linguagem: em 2004 o bar entrou para o Guinness Book por oferecer 2004 cervejas diferentes em seu cardápio. E hoje em dia esse número é de mais de 3100 rótulos.

Tá bom ou quer mais?

Como esse bar se espalhou com filiais pelo mundo, o público cervejeiro de São Paulo sonhava em poder degustar suas cervejas na terra da garoa. Até porque a Capital Mundial da Gastronomia não poderia ficar de fora da rede de filiais do Delirium Café.

E esse momento finalmente chegou. No dia 25 de setembro foi inaugurado – em fase de testes – o Delirium Café de São Paulo.

A casa já recebe por dia uma média de 250 pessoas que podem degustar chopes de 24 torneiras, 400 rótulos diferentes de cervejas, cardápio amplo com opções que vão desde o petisco até a sobremesa (inclusive há sorvete de cerveja artesanal), ambiente com características que se assemelham às do bar belga. E tudo isso sob o comando de empresários experientes que conhecem o assunto.

Falo de Paulo Almeida (dono do Empório Alto dos Pinheiros) e José Renato Nogueira Vessoni (sócio do restaurante Chácara Santa Cecília).

A reportagem do El Hombre foi conhecer o local e bateu um papo com os sócios sobre o projeto, a adesão do público e o que os cervejeiros ainda podem esperar desse bar que tem tudo para ser o ponto de encontro dos cervejeiros de São Paulo e do Brasil.

Início do projeto

Os sócios já se conhecem de longa data. São mais de 30 anos trabalhando juntos em projetos paralelos. Mas José Renato começou a ficar de olho no trabalho de Paulo Almeida no Empório Alto dos Pinheiros. A partir daí começaram a conversar e então foram atrás da Delirium por acreditarem que poderia ser um negócio bacana.

José Renato conta que o primeiro passo foi conversar com a equipe do Delirium Café do Rio Janeiro – que detém o direito de uso da marca – e a importadora. A casa eles já tinham e fizeram uma reforma para que houvesse uma estrutura bacana de armazenamento para a cerveja.

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Paulo Almeida diz que houve um período em que o importador estava pensando em como faria o uso da marca. “Quando ele se decidiu eu fiz a proposta. A nossa relação já era boa com a importadora que abastece o Empório e acabamos concretizando a oportunidade de abrir o Delirium Café em São Paulo”.

E a procura não era pequena, afinal, quem não gostaria de poder administrar uma filial de um bar tão badalado? Ainda por cima um bar que não limita o uso de marcas de cerveja e de estilos. “Há mais liberdade para escolher a carta e tudo mais. E em São Paulo – capital da gastronomia – não temos muitas casas com gastronomia belga. Agora temos mais esta opção com um bar que se dedicou a desenvolver um cardápio completo”, pontua Paulo.

E as cervejas?

“A cerveja deve ser bem tratada. Desde a hora que ela chega aqui até a hora que ela vai à boca do consumidor, é tratada com o maior carinho”, nos contou José Renato. É com essa mentalidade que são cuidadas as cervejas do bar.

O armazenamento de todo o estoque de cervejas é feito em uma câmara fria central que serve a loja e o bar. Dessa forma todo o estoque se mantém refrigerado e algumas cervejas que são produzidas ou importadas refrigeradas permanecem assim no bar até a hora do consumo. Ou seja: elas nunca ficam quentes.

Os barris de chope também são mantidos refrigerados da mesma forma. Inclusive, o estoque de chope e de cervejas é reposto diariamente com os clientes podendo ter a certeza de sempre estarem consumindo as cervejas mais frescas.

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Mas há vontade de chegar a mais de 3 mil cervejas como na Bélgica? Paulo Almeida acha que é algo difícil. “Não é a ideia, porque só o de Bruxelas consegue isso. Mas em São Paulo há uma operação bem mais complexa do que a deles, porque temos comida e teremos a nossa loja. Além disso, nossa vontade é ter uma carta boa e não apenas uma carta ampla”, analisa.

E por falar em carta de cervejas, já há uma fila de cervejarias e micro cervejarias brasileiras querendo ter seus produtos vendidos nesse bar tão carismático. E ainda tem novidades belgas chegando para as próximas semanas e meses. O que pode garantir que o cervejeiro que se tornar habitué da casa terá sempre novidades fresquinhas para degustar.

Souvenires cervejeiros

Se há algo que todo cervejeiro se amarra são os itens que compõe esse cenário que vão além da garrafa e do copo. Estamos falando dos “souvenires cervejeiros”, que, segundo Paulo Almeida, eles terão liberdade de trazer e é algo que ainda falta no mercado brasileiro.

São objetos de cerveja para presentes como chaveiros, bonés, camisetas, baldes, toalhas e outras coisas. E está nos planos dos caras o desenvolvendo de kits do elefantinho e a venda de chocolate belga, sabonete de cerveja, sorvete de cerveja…

A adesão do público

Paulo Almeida revela que eles não esperavam um grande sucesso logo de cara. Mas foi o que aconteceu. “Não falamos para ninguém. Estávamos quietinhos fazendo a reforma e a imprensa já estava comentando sobre o bar e o público já estava querendo saber. Aí abrimos para fazer teste e já temos casa cheia todo dia”, comenta.

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José Renato vai além: “Ficou no inconsciente coletivo das pessoas essa necessidade de conhecer a casa. O engraçado também é que abrimos sem convidar ninguém e sem querer criamos essa vontade e expectativa”.

E a adesão também impactou no consumo do chope Delirium Tremens. “Chegamos a ficar 10 dias sem o chope, porque não só aumentou a procura pela cerveja por aqui como também em outros lugares. Então a Delirium acabou com o mercado por estar solidificada em São Paulo, impactando dessa forma no estoque de todos. E essa falta do chope da Delirium foi oportuna também porque possibilitou que os clientes experimentassem cervejas diferentes”, analisa José.

Só nos primeiros 10 dias de funcionamento foi vendida a mesma quantidade de chope Delirium Tremens que o Empório Alto dos Pinheiros vende em um mês. E olha que o EAP é o maior vendedor de chope Delirium da América Latina.

Ficou com vontade de conhecer a casa? Então anote o endereço e boas degustações: Rua Ferreira de Araújo, 589 (Pinheiros – São Paulo/SP).

E se quiser saber mais sobre a marca e sobre a cerveja Delirum Tremens, acesse o texto do blog “Vamos bebeer?”, deste repórter que vos escreve, ou o site oficial da marca.