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Jon Jones e os homens que fogem da responsabilidade

Todo mundo erra, a diferença é como você lida com as consequências.

Este pensamento me ocorreu ontem, com a notícia de que Jon Jones atropelou uma pessoa e fugiu sem prestar socorros.

A história fica ainda pior: a vítima era uma mulher grávida, fraturou o braço e a polícia encontrou vestígios de maconha no carro do lutador.

Então pensei comigo que Jon Jones é um menino.

Um menino grande, é verdade, com 1,93 metro de altura e 93 quilos.

Ainda assim, um menino.

Sua qualidade como lutador é indiscutível: são 20 vitórias no MMA e apenas uma derrota, com 8 defesas seguidas do cinturão dos meio-pesados no UFC.

Levando em consideração que ele tem apenas 27 anos, é possível que o cartel de Jones melhore a ponto de, em algum momento, ele entrar na discussão do maior da história.

Mas o que diferencia um homem de um menino não são os seus números — dinheiro na conta, troféus, seguidores no Instagram, etc — e sim a capacidade de arcar com as consequências de seus atos.

O que leva alguém a fugir de um atropelamento? Com certeza o medo.

A ideia de ser preso, reprovado ou julgado assusta qualquer um. É preciso energia, força e coragem para tentar reparar um erro. Não é fácil.

Mas você pode escolher este caminho duro, porém correto — ou a alternativa de deixar alguém pagando pelos seus atos.

A atitude em momentos de pressão, como este, revela o caráter de um homem. Jon Jones, que já passou por provações físicas extremas dentro do octógono, foi reprovado em seu maior teste.

Atropelar uma pessoa sob a influência de drogas, obviamente, é péssimo. Uma imensa responsabilidade.

Pior ainda, no entanto, é fugir da cena. Aí, vira covardia.

Pedir desculpas e assumir a responsabilidade é um ato que engrandece um homem — e todos nós deveríamos praticar isso mais na vida.

Mas só vale quando é sincero.

Não adianta fazer isso depois que seu assessor de imprensa mandar, como provavelmente acontecerá em breve.