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Por que a morte do FIES seria trágico para o Brasil e o que podemos fazer a respeito

Thiago Sievers Head de Parcerias

A situação da educação no Brasil nesse começo de ano não é das mais animadoras. Na verdade, é bem desesperadora. Ainda mais para quem depende do Programa de Financiamento Estudantil (FIES), projeto do Governo que auxilia alunos sem condições financeiras a estudar em instituições de ensino superior particular.

Em 29 de dezembro de 2014 foram anunciadas mudanças nas regras do FIES no Diário Oficial da União que prejudicaram tanto os estudantes quanto às empresas de educação. Agora, para aderir ao programa, o estudante precisa ter obtido 450 pontos no ENEM (o que excluí cerca de 30 a 40% dos alunos da rede pública de ter acesso ao financiamento) e não pode ser beneficiado pelo ProUni, “salvo quando se tratar de bolsa parcial e ambos os benefícios se destinarem ao mesmo curso na mesma Instituição de Educação Superior”.

As novas regras também dificultam o repasse financeiro do Governo às instituições de ensino. Inclusive, as ações das maiores empresas de educação caíram vertiginosamente nesse início de ano por conta das medidas tomadas.

Desde então o site do FIES tem apresentado diversos problemas de conexão e os estudantes não têm conseguido realizar o processo para adesão ao programa. A coisa foi tão grave que diversas faculdades tiveram que adiar o início das aulas.

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O FIES é absolutamente fundamental para o sistema de educação do Brasil. Ele permite que o aluno realize o curso com financiamento do Governo e pague as contas apenas após se formar e sob juros baixos (3,4% ao ano). Hoje cerca de 1,5 milhões de pessoas dependem desse programa para obter o certificado de nível superior. É muita gente.

Segundo dados da Education at a Glance 2013, a taxa de emprego de quem possui o ensino superior no Brasil é de 85% na população entre 25 e 64 anos. Contudo, nessa mesma faixa etária, apenas 12% das pessoas têm ensino superior. Isso nos leva a mensurar o tamanho da importância do FIES para o Brasil em todos os seus aspectos, já que educação, economia, política está tudo interligado.

Percebendo o tamanho do problema, estudantes do Brasil todo começaram a manifestar suas insatisfações na internet. As redes sociais ficaram lotadas de relatos de pessoas que não conseguiam acessar a site para realizar o contrato.

Diante desse cenário desolador, foi criado o “Movimento em defesa do FIES”, que informa sobre a realidade da situação, organiza ações para que o FIES não morra, o que deixaria centenas de milhares de estudantes na mão, além de divulgar incansavelmente os relatos de pessoas prejudicadas com os acontecimentos atuais.

Segundo o Movimento, o FIES está com problemas porque nesse ano houve um corte bilionário por parte do Governo nos recursos voltados à Educação nacional e o MEC (Ministério da Educação) está sem verba para levar o projeto adiante. Atualmente o orçamento do programa é de 12 bilhões de reais e eles contam com apenas 33% desse recurso. Ou, seja, faltam 8 bilhões de reais para o FIES continuam a funcionar. Por conta disso, o Movimento argumenta que o interesse do Governo Federal é acabar com o FIES.

Dificilmente existiria um retrocesso maior na educação brasileira.

Por isso a necessidade gritante de mais e mais pessoas aderirem ao Movimento. Esse é o pedido de todos que valorizam a educação e reconhecem nela o símbolo da mudança de qualquer sociedade.

A página do Facebook do “Movimento em defesa do FIES” dá todos os toques necessários para quem quer participar da luta. A última coisa que precisamos nesse momento é de uma política que dificulte o acesso dos cidadão ao ensino superior. Mais uma vez o Brasil precisa da força daqueles que realmente estão comprometidos com a ordem e o progresso.

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*Este é um post patrocinado