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Sim, é apenas Rock’n’Roll — mas eu continuo gostando

Thiago Sievers Head de Parcerias

Please, leia esse texto ao som do seu rock preferido!

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Ele é gênero universal. Acolhe corações do mundo todo e não tem barreiras. Se não está em sua vida hoje, provavelmente esteve em algum momento. E, ah, amigo, quando ele passa não tem como não deixar vestígios.

Provavelmente você o teve o como trilha sonora de sua adolescência – quando não infância, vida adulta e velhice. Ele deve ter te acompanhado na descoberta do poder de rebeldia. Aquela fase que você percebe: “Ei, eu posso, eu digo, eu faço”. Ele deve ter feito os pêlos da sua nuca arrepiarem nas batidas mais bombásticas. Deve ter feito você sentir que poderia conquistar o mundo no êxtase de um refrão.

Com certeza ele te serviu de companheiro quando ninguém parecia te compreender. Ele foi o parceiro que acolheu a sua loucura, que compartilhou a sua inquietação, que sentiu a sua dor. Ele te apresentou um mundo que todos diziam ser perigoso e perdido. E quem pode negar essa acusação?

Ele também deve ter ilustrado algum amor. Ou melhor: alguns amores. Te acompanhado nas decepções de afeto ou no sabor doce de um primeiro beijo. Possivelmente ele esteve ali, de fundo, durante uma transa mais amorosa ou um sexo mais selvagem.

E, ah, com certeza ele esteve nas suas viagens. Aquelas malucas, recheadas de sexo, drogas e… música! Nas lembranças mais libertadoras ele ressoava pelos lábios encharcados de álcool seus e de seus parceiros. E pelos lábios das suas parceiras também, confundindo-se com seu prazer juvenil que abafou tantos cantares.

Ele é capaz de evocar não apenas lembranças, mas memórias profundas de vivências marcantes. Um breve acorde é capaz de te fazer reviver em fração de segundos uma situação, uma experiẽncia, uma fase. É aquela revivência que fica no limiar do sentimento e que qualquer explicação verbal parece simples traço distorcido de uma realidade que está ali dentro, somente ali dentro.

Apenas ele pode levantar a poeira, aquela poeira cheia de passado que a rotina impetuosa teima em manter debaixo do tapete, esquecida.

Alguns querem traçar barreiras para ele, mas ele não deixa. Barreiras são limites – e ele veio justamente para destruir limites.

Ele pode ser cru; pode ser rude; pode ser suave; pode ser complexo; pode ser bem arranjado ou pode ser ABABC; pode ser gritado, pode ser cantado ou pode ser sentido.

A única coisa que ele tem, é que ser. Se ele não for, então já não é. Porque se tem algo que o define, esse algo é a atitude.

Ele te fez acordar; te fez dançar; te fez cantar; te fez sonhar; te fez sorrir; te fez chorar; te fez odiar; te fez beijar; te fez transar; te fez sentir.

Ele te fez viver e não é nada demais — é apenas Rock’n’Roll. Mas eu continuo gostando…