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Vamos aquecer para a Champions? 10 grandes momentos da história recente da competição

Thiago Sievers Head de Parcerias

E deu partida, senhores! Ontem começou a Champions League temporada 2015/16, o maior torneio de clubes do mundo (claro, maior do que o Mundial de clubes, oras). E estamos com bastante expectativa, como sempre.

Queremos ver momentos espetaculares. Já começamos bem, com um hat-trick de Cristiano Ronaldo e um puta golaço do meio da rua do Florenzi da Roma, contra o Barça.

Mas queremos muito mais, sério!

Então, para dar uma aquecida nesse motor que ainda está ligando, separamos 10 grandes momentos da história recente da competição.

Vejam e se arrepiem!

10# Gol de goleiro em 2009

Sempre que um goleiro vai para a área adversária tentar fazer alguma coisa no último segundo de jogo a gente fica torcendo feito um maluco para que essa coisa aconteça. E em 2009 aconteceu – aliás, a única vez na história da Champions que aconteceu.

Foi com o goleiro Sinan Bola, do desconhecido time belga Standard Liège. Era o último jogo da fase de grupos e a equipe enfrentava o AZ, da holanda. Eles estavam perdendo e precisavam de um gol para poder sonhar com a classificação.

Bola fez esse gol de cabeça – mas a classificação, no final, não veio.

9# Balaço salvador de Gerrard em 2004

A temporada era 2004/05 e o Liverpool estava sofrendo para se classificar para o mata-mata num grupo tecnicamente ok, com Deportivo La Coruña, Mônaco e Olympiakos.

Na última partida contra os gregos, um confronto direto pelo vaga, os ingleses precisavam de uma vitória por 2 gols de diferença. E o jogo era no Anfield. Tudo daria certo.

O problema – ou não – é que demorou longos 86 minutos para dar certo. O placar estava 2 x 1 para os Reds e eles estavam indo para o saco com isso. Mas o capital Gerrard tratou de resolver o problema com um balaço maravilhoso de fora da área.

O estádio veio abaixo, como não poderia ser diferente.

8# Fila de Messi contra o maior rival em 2011

É semi-final do maior torneio de clubes do mundo contra o seu maior rival. O que você faz? Pega a bola e sai driblando o time todo sozinho. Tá bom, o time todo não – mas 4 zagueiros que mal veem você passar.

Essa é a decisão de Messi.

O argentino fez uma daquelas suas filas famosas, dando toques curtos na bola e mantendo o controle total da jogada, até se despedir da pelota para vê-la descansar na rede.

É muito caráter!

7# Kaká fazendo zagueiros baterem cabeça em 2007

Como fazer dois adversários baterem cabeça literalmente? Veja esse lance de Kaká.

Realmente o moloque foi genial em campo. Nessa semifinal contra o Manchester United em 2007, o jogador destruiu na partida de ida na casa dos ingleses. Ainda que o Milan tenha perdido por 3 x 2, os dois tentos do brasileiro foram fundamentais para dar segurança ao time italiano.

E o segundo gol foi uma pintura daquelas para entrar na história. Como entrou. Fazer dois adversários baterem cabeça e caírem no chão enquanto te assistem afundar a rede é o cúmulo da humilhação futebolística.

6# Voleio do Zidane na final de 2002

Se algum dia alguém te pedir um exemplo de um voleio perfeito no futebol, você mostre esse lance (ok, nunca vão te questionar isso).

Esse voleio de esquerda de Zidane decretou a virada do Real Madrid em cima do Baryer Leverkusen na final de 2002, aos 45 do primeiro tempo. O lance foi plasticamente perfeito.

É de uma beleza estonteante. É a perfeição da arte futebolística com a execução da técnica irreparável. A ajeitada de corpo, a segurança do movimento, a execução e a direção da bola (diretamente no ângulo direito do goleiro) é um verdadeiro modelo do voleio ideal.

“É definitivamente algo que acontece uma vez na vida, e para mim foi no dia da final da Champions”, disse o jogador nesse belo vídeo, que mostra outros grandes atletas escolhendo esse lance como o mais bonito da história da competição.

Isso mostra que Zidane não era jogador, mas artista.

5# Hat-trick do Fenômeno em 2003

Era jogo de volta do Real Madrid contra Mancherster United pelas quartas de finais na casa dos ingleses. Na primeira partida, no Santiago Bernabeu, os espanhóis haviam faturado por 3 x 1. Mas a parada com o ManU lá nunca é fácil.

A não ser que você tenha Ronaldo Fenômeno no time.

Ele simplesmente acabou com essa partida, cortando todos os vestígios de reação que os ingleses iniciavam. O atacante marcou três vezes na casa dos adversários, mostrando velocidade, precisão e oportunismo, sendo que o último gol foi um chutaço de fora da área. E isso que ele nem jogou a partida toda.

Ao ser substituído aos 22 do segundo tempo, o jogador foi ovacionado pelos torcedores do Manchester. Nada mais justo!

4# Gol de Lars Ricken na final de 1997

O time da Juventus nesse ano era espetacular. Contava com estrelas como Deschamps, Vieri, Del Piero e Zidane. E quem encarava a Vecchia Signora naquele ano era o Borussia Dortmund, que também tinha um time interessante, com Andreas Möller, Chapuissat, Heiko Herrlich (quem jogou Elifoot vai lembrar desses caras!), mas bem longe do nível da Juve.

O jogo estava 2 x 0 para os alemães, até que Del Piero fez o primeiro dos italianos aos 20 do segundo tempo. Era o momento da Juventus crescer no jogo. O que não faltava era tempo para empatar a partida e até virar.

Mas o técnico do Borussia, Ottmar Hitzfeld, tinha uma estratégia perfeita: botar o joven Lars Ricken e dizer – “Meu filho, decide o jogo”.

O garoto entrou aos 26 e, dezesseis segundos depois, fez um puta de um golaço de cobertura em seu primeiro toque na bola. Um toque, um golaço e um título – o único europeu do time alemão.

3# Abidal levantando a taça em 2011

Muitos jogadores levantaram a taça da Champions. Dezenas. Mas a história de Éric Abidal foi diferente.

O jogador foi diagnosticado com um câncer no fígado em março de 2011 e rapidamente teve que fazer uma cirurgia para retirada do tumor. Alguns de vocês devem saber que esse não é um processo fácil, tanto psicológica quanto fisicamente.

Mas Abidal não se abateu e dois meses e meio depois retornava aos campos na partida de volta da semi contra o Real Madrid. Ele entrou no final, mais como um símbolo de sua volta por cima.

Só que no dia 28 de maio o jogador estava em campo para disputar os 90 minutos da final contra o Manchester United. É brincadeira esse cara?

O Barça ganhou a partida por 3 x 1 e Puyol deu sua faixa de capital ao francês para que ele pudesse levantar a taça de campeão num Wembley lotado com 88 mil pessoas.

Justíssimo!

2# Os acréscimos da final de 1999

O dia era 26 de maio do ano de 1999 e o jogo era a final entre Manchester United e Bayern de Munique.

O time alemão abriu o placar aos 6 minutos do primeiro tempo e o resultado permaneceu inalterado até o final do tempo regulamentar do jogo, mesmo com o Bayern indo para cima e colocando duas bolas na trave no segundo tempo. Aos 90 minutos, portanto, o título era alemão.

Mas, mas, mas…

O juiz deu 3 minutos de acréscimo no segundo tempo – o que não é tanto assim. Só que foi o suficiente para o ManU virar o jogo.

Aos 91 o lendário Teddy Sheringham empatou a partida e no ataque seguinte, aos 93, Ole Gunnar Solskjaer virou. Imagine a cabeça dos caras do Bayer: você está sendo campeão europeu e em 3 minutos essa realidade vai por água abaixo, não há mais tempo para reação – é isso e acabou.

Os atletas alemães ficaram jogados na grama e até o árbitro se compadeceu de seus sentimentos, indo até eles e dando um tapinha na costela, tipo dizendo: “Vamos lá, vocês ainda têm uns 30 segundos”.

Mas não rolou…

1# “O Milagre de Istambul”

Em 25 de maio de 2005 Milan e Liverpool protagonizaram a final da Champions League que ficou conhecida como “O Milagre de Istambul”. Essa foi uma das grandes partidas da história do torneio.

O Milan começou fazendo um gol com menos de um minuto de jogo e terminou o primeiro tempo vencendo o jogo por 3 x 0. O mundo todo pensou a mesma coisa: vai ser um massacre.

Ah, mas o futebol…

O Liverpool voltou ao segundo tempo decidido a fazer história. E fez. Em 6 minutos – cara, isso mesmo, seis fucking minutos! – o Liverpool empatou a partida, deixando todos que assistiam ao feito extasiados.

Só para você ter uma ideia da grandiosidade do negócio, vou citar alguns nomes daquele timaço do Milan: Dida, Cafú, Nesta, Pirlo, Seedorf, Crespo, e Kaká e Shevchenko no auge.

No entanto, o mais impressionante ficou reservado para o minuto 117 da partida. No segundo tempo da prorrogação – faltando 3 minutos para a partida se encerrar, portanto – o atacante ucraniano teve o jogo aos seus pés. Ou melhor: primeiro em sua cabeça e depois em seus pés.

Mas aí a muralha Jerzy Dudek cresceu em sua frente e realizou o que talvez seja a defesa mais impressionante que você verá em sua vida. E numa final. E do torneio mais importantes de clube do mundo. E no segundo tempo de uma prorrogação em que o jogo estava empatado.

Depois disso, não havia mais clima para o Milan e o Liverpool foi campeão após Dudek fazer outra defesa incrível no pênalti batido por ele, Shevchenko (o goleiro já havia defendido o chute de Pirlo também).

Realmente foi “O Milagre de Istambul”.