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14 das melhores músicas póstumas da história

Thiago Sievers Head de Parcerias

Em novembro vem uma bomba por aí: material inédito de Kurt Cobain. Não é incrível saber que depois de 21 anos de sua morte a gente ainda vai poder ouvir coisa nova do líder do Nirvana?

O álbum será lançado junto do documentário “Cobain: Montage of Heck” (que já passou em diversos festivais esse ano e foi muito elogiado) no dia 6. Em sua pesquisa de materiais para produzir o filme, o diretor Brett Morgen encontrou várias gravações de Kurt que nunca foram ouvidas pelo mundo.

Além dos áudios incluídos no filme, ainda haverá diversas gravações recolhidas de arquivos pessoais do cantor.

Segundo Morgen, a ideia é que a gente se sinta como se estivesse ouvindo Kurt tocar e compor tranquilamente na sala de sua casa – “É apenas Kurt sozinho com sua guitarra”. O diretor quer que a gente se aproxime do processo de criação de Kurt Cobain.

Já estamos bastante ansiosos para ver esse álbum que será lançado, até porque a história da música é cheia de trabalhos póstumos que entraram para a eternidade.

Então, para aquecer os motores, separamos 14 dessas músicas que foram lançadas após a morte de seus compositores.

“(Sittin’ On) the Dock of the Bay” – Otis Redding

Morte: 10/12/1967 – Lançamento: 08/01/1968

Um dos grandes nomes do soul, eleito pela Rolling Stone como o 8º o maior cantor de todos os tempos, não viu estourar o que talvez tenha sido o seu maior sucesso: “(Sittin’ On) the Dock of the Bay”.

Foi o primeiro single póstumo a atingir o topo das paradas de sucesso americanas – assim como o álbum “The Dock of the Bay” também foi o primeiro disco a conseguir tal feito.

“Me and Bobby McGee” – Janis Joplin

Morte: 04/10/1970 – Lançamento: 11/01/1971

Se “(Sittin’ On) the Dock of the Bay” foi a primeira música póstuma a ficar em primeiro nas paradas americanas, “Me and Bobby McGee” foi a segunda.

A composição não é de Janis, mas de Kris Kristofferson e Fred Foster, sendo lançada originalmente em 1969 com outro cantor, Roger Miller. Portanto, um ano antes da morte de Janis.

Isso me fez pensar várias vezes se a música deveria ou não entrar na lista. Mas ela é grandiosa, e quando a versão de Janis saiu ela de fato já tinha morrido, então aqui está.

Faz parte do segundo e último álbum solo da cantora, o “Pearl”, lançado em 1971.

“Buffalo Soldier” – Bob Marley

Morte: 11/05/1981 – Lançamento: 23/05/1983

Uma entre as dezenas de músicas grandiosas do jamaicano, “Buffalo Soldier” faz parte do álbum “Confrontation”, lançado em 1983 e composto principalmente por materiais que não haviam sido lançados até então, entre muitas demos.

Bob gravou esse som em sua última sessão em 1980. Agora quando você ouvi-la, vai saber que foi essa a última vez que o cantor esteve na frente do mic em estúdio.

“True Love Ways” – Buddy Holly

Morte: 03/02/1959 – Lançamento: 29/06/1960

Assim como Bob em “Buffalo Soldier”, a sessão em que Buddy Holly gravou “True Love Ways” foi a última de sua vida, em outubro de 1958.

O cantor escreveu a canção para sua mulher Maria Elena Holly como um presente de casamento. É uma música que realmente marcou época. Se não reconhece pelo nome, ouça e reconhecerá.

“Love Will Tear Us Apart” – Joy Division

Morte: 18/05/1980 – Lançamento: 18/07/1980

Ian Curtis, o cantor da banda britânica, se suicidou em 1980 por conta de vários problemas pessoais. Entre eles, problemas com sua mulher Deborah Curtis. E é sobre essa questão em específico que a música “Love Will Tear Us Apart” fala.

Registrada na história do post-punk, o nome da música está gravada na lápide do cantor a pedido de Deborah. Ela foi eleita pela NME em 2002 como o melhor single da história. Se ela de fato é, tenho minhas dúvidas, mas de qualquer jeito é linda.

“Free As a Bird” – John Lennon

Morte: 08/12/1980 – Lançamento: 04/09/1995

Fiquei com bastante dificuldade em selecionar a melhor música póstuma de John. A escolha de “Free As a Bird” foi por… Porque tinha que ser uma.

Junto de “Real Love”, essa canção foi lançada em 1995 para promover o “The Beatles Anthology”, grande documentário sobre o Fab Four. As duas músicas surgiram de gravações de Lennon que na década de 90 foram encorpadas por Paul, George e Ringo. São, portanto, as últimas músicas dos Beatles.

Além dessas duas, ainda há as clássicas “Nobody Told Me” e “Woman”, canções da carreira solo de John.

“You Got It” – Roy Orbison

Morte: 06/12/1988 – Lançamento: 07/02/1989

Essa clássica de Roy Orbison faz parte do álbum póstumo “Mystery Girl”, de 89. Fez muito sucesso e alcançou as primeiras posições de várias paradas musicais pelo mundo.

Você pode estranhar de ver o cantor interpretar a canção no vídeo acima. “Uai, ele não estava morto quando ela foi lançada?”. Sim, é isso mesmo. Mas chegou a cantá-la no Diamond Awards Festival, na Bélgica, antes de morrer.

“A Change is Gonna Coming” – Sam Cooke”

Morte: 11/12/1964 – Lançamento: 22/12/1964

Sam Cooke é outro que está na lista dos maiores cantores de todos os tempos da Rolling Stones, ocupando o 4º lugar.

Muitas pessoas consideram “A Change is Gonna Coming” como a melhor composição dele. A música se tornou um hino do Movimento dos Direitos Civis Americano iniciado na década de 50, já que fala sobre a descriminação racial.

“Rock And Roll Is The Answer” – Joey Ramone

Morte: 15/04/2001 – Lançamento: 21/04/2012

Acha que essa lista só vive de música do século passado? Não senhor. “Rock And Roll is The Answer” é a música que abre o álbum póstumo do vocalista do Ramones, o “Ya Know”. O disco foi lançado em 2012, onze anos após a morte de Joey.

É uma música com uma pegada bem mais tranquila do que as costumeiras da banda punk. Nada de beats que apenas Marky Ramone consegue tocar na batera. Curte aí!

“What I Got” – Sublime

Morte: 25/05/1996 – Lançamento: 27/08/1996

Pois é, o cantor Bradley Nowell não viveu para ver a maior música da banda estourar. Ele morreu em decorrência de uma overdose de heroína 3 meses antes do lançamento de “What I Got”.

Alcançou o 1# da Billboard Alternative Songs entre outras posições interessantes em várias paradas. Dizem que a melodia do verso é bem semelhante a do refrão de “Lady Madonna”, dos Beatles. Não dá para negar.

“I’ll Have To Say I Love You In A Song” – Jim Croce

Morte: 20/09/1973 – Lançamento: 01/12/1973

Jim Croce foi um grande cantor e compositor americano. Essa canção foi fruto de uma briga com sua mulher. Qual foi a solução que ele encontrou para a briga? Sentar e compor uma canção. No dia seguinte foi lá e cantou para Ingrid.

Uma boa solução, não? Ainda mais quando essa música marca época e alcança ótimas posições nas paradas musicais pelo mundo.

É linda. Vale a pena ouvir!

“Changes” – Tupac Shakur

Morte: 13/09/1996 – Lançamento: 13/10/1998

Tupac morreu antes de conseguir lançar diversas músicas suas. Entre elas está o sucesso absoluto “Changes”.

A música alcançou o topo das paradas musicais em países como Noruega e Holanda e ficou bem posicionada em diversas outras partes do mundo. Se você viveu a década de 90, certamente “Changes” marcou de alguma forma. Foi lançada no álbum póstumo do rapper “Greatest Hits”.

“Changes” é uma releitura do hit “The Way It Is”, de Bruce Hornsby & The Ranges, lançada no ano de 1986.

“Angel – Jimi Hendrix”

Morte: 18/09/1970 – Lançamento: 08/03/1971

Para mim a música mais bela de Jimi Hendrix. Apesar de ter sido lançada somente no álbum póstumo “The Cry of Love” de 1971, foi composta anos antes.

Em 1967 ela já havia sido gravada numa sessão, levando o nome “Little Wing” e mais tarde sendo batizada de “Sweet Angel”. Mas só em 1968, após ter letra, ganhou um nome oficial: “My Angel Catherina (Return of Little Wing)”.

Depois disso, Hendrix só foi voltar a mexer na música em julho de 70, quando estava gravando seu quarto álbum – que nunca foi finalizado, como sabemos.

“You Know You’re Right” – Nirvana

Morte: 05/04/1994 – Lançamento: 08/10/2002

E vamos terminar a lista com aquele que começou: Kurt Cobain e os caras do Nirvana. “You Know You’re Right” demorou 8 anos para ser lançada após a morte de Kurt. Isso porque foi alvo de disputa entre Dave Grohl e Krist Novoselic (integrantes do Nirvana) com Courtney Love, ex do cantor.

Até então só se conhecia a composição por algumas apresentações ao vivo. Mas em registro gravado, nada. É uma das grandes músicas da banda hoje!

Será que vem algo desse nível por aí esse ano? Acho bem difícil…