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Tuju é o restaurante brasileiro mais bem colocado, ocupando a 70ª posição.
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Oteque e A Casa do Porco caíram de posições anteriores, mas permanecem no top 100.
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Evvai retorna à lista após ausência, figurando na 95ª colocação.
A lista estendida do The World’s 50 Best Restaurants 2025, que abrange as posições de 51 a 100, foi divulgada em 5 de junho. Quatro restaurantes brasileiros foram incluídos na seleção, reafirmando a relevância da gastronomia nacional no cenário internacional.
Entre os destaques, está o restaurante Tuju, que estreou diretamente na 70ª posição. Oteque e A Casa do Porco, que já figuraram entre os 50 melhores em anos anteriores, caíram para o top 100. Já o Evvai retornou ao ranking após ficar de fora na edição anterior.
Tuju: a estreia mais promissora
O restaurante Tuju, localizado em São Paulo e comandado pelo chef Ivan Ralston, foi o brasileiro mais bem posicionado entre os 51º e 100º colocados do ranking. O estabelecimento tem uma proposta de cozinha sazonal, com foco em ingredientes nacionais, incluindo hortaliças cultivadas em sua própria horta.
A entrada do Tuju na lista reflete uma retomada de destaque no cenário gastronômico internacional. Em 2024, o restaurante já havia sido reconhecido com o prêmio Gin Mare Art of Hospitality, concedido pelo mesmo grupo que organiza o 50 Best. A premiação destacou o serviço de hospitalidade como um dos diferenciais da casa.
Ivan Ralston, que já passou por cozinhas renomadas da Europa como El Celler de Can Roca, combina técnicas contemporâneas com ingredientes brasileiros pouco explorados. O resultado é um menu autoral, que busca traduzir a biodiversidade nacional em pratos sofisticados, sem abrir mão da identidade brasileira.
Oteque e A Casa do Porco: quedas significativas
Dois dos nomes mais conhecidos da gastronomia brasileira, Oteque e A Casa do Porco, tiveram quedas expressivas em relação ao ano passado. O Oteque, do chef Alberto Landgraf e localizado no Rio de Janeiro, passou da 37ª para a 81ª posição. A proposta do restaurante mescla ingredientes brasileiros a técnicas japonesas e alemãs, refletindo a trajetória pessoal e profissional de Landgraf.
Já A Casa do Porco, dos chefs Jefferson Rueda e Janaína Torres Rueda, caiu da 27ª para a 83ª colocação. O restaurante é conhecido por sua abordagem sustentável, com foco total no porco e no uso integral do animal — da cabeça ao rabo. Apesar da queda, o local segue como referência internacional em carne suína e gastronomia acessível.
As quedas podem refletir não apenas mudanças na avaliação dos jurados, mas também a entrada de novos nomes internacionais fortes e o dinamismo natural da lista. Ainda assim, a permanência de ambos os restaurantes na seleção demonstra sua relevância contínua no cenário global.
Evvai: retorno ao ranking
O Evvai, também em São Paulo, voltou à lista ocupando a 95ª colocação. O restaurante é comandado pelo chef Luiz Filipe Souza e tem uma proposta de cozinha ítalo-brasileira. A combinação entre técnicas da culinária italiana e ingredientes brasileiros é o principal pilar criativo do menu.
O retorno do Evvai ao 50 Best coincide com um momento de maturação da casa, que nos últimos anos passou por reformulações em seu menu degustação e no design da experiência oferecida ao cliente. O restaurante já havia figurado na lista em edições anteriores, embora nunca entre os 50 primeiros.
Com o retorno ao ranking, o Evvai reafirma seu lugar no circuito internacional de alta gastronomia. A casa se destaca também por seu projeto de valorização de pequenos produtores e ingredientes de origem controlada, contribuindo para uma gastronomia mais sustentável.
Curiosidades
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Tuju recebeu o prêmio Gin Mare Art of Hospitality em 2024. A premiação destacou a excelência no atendimento e na experiência do cliente.
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Oteque combina técnicas culinárias japonesas e alemãs. Essa fusão reflete a formação internacional do chef Alberto Landgraf.
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A Casa do Porco pratica a filosofia “do nariz à cauda”. O restaurante utiliza todas as partes do animal em seus pratos autorais.