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Afinal, o que as mulheres querem?

Quanto mais o tempo passa, mais me convenço de uma talvez verdade tão dolorosa quanto provável: aos homens só interessa relaxar e gozar. Não que queiram apenas sexo da vida, como se não houvesse amanhã (ou querem?!), mas parecem excitar-se com uma facilidade quase que impressionante.

Tanto que já ouvi mais de uma vez frases como “não é bonita, mas eu comeria.” Como sempre traduzo extensivamente tudo aquilo que absorvo, pensei: “Não é bonita, nem interessante, nem atraente, mas eu comeria, porque eu como mesmo.”

Bem ou mal, nós, mulheres, somos culturalmente diferentes. Não que sejamos mais castas que eles, ou que gostemos menos de sexo – não mesmo. Somos, por assim dizer, um pouco mais exigentes – seja com atributos físicos, sociais ou intelectuais, fato é que não é qualquer coisa que nos interessa sexualmente. (E quando digo qualquer coisa não me refiro a homens, mas a qualquer elemento que expresse erotismo).

Devemos partir do pressuposto de que mulheres gozam muito bem sozinhas. Temos uma feliz capacidade de deixar a imaginação fluir a serviço do nosso próprio prazer. Temos talento em conhecer nosso próprio corpo de tal forma que, muitas vezes – mas não sempre, certamente – o tão venerado pau,  ou outro objeto que lhe valha, é completamente obsoleto. Portanto, o que menos nos interessa numa transa é o orgasmo que, embora nos seja precioso, podemos muito bem conseguir sozinhas.

O sexo, na mentalidade da maioria das mulheres, é uma fonte de múltiplos prazeres, que, para nós, ultrapassa o simples orgasmo.  O maior deles talvez seja sentir-se desejada. Não sentir-se amada, mas desejada mesmo. Erotizada, posta num lugar profano, que transcenda a condição de mulher casta, romântica e pra casar. Em português claro, nos interessa ser vistas sexualmente pelos homens que desejamos.

Aposto que muita mulher se sente mais mulher quando ouve um palavrão ao pé do ouvido – porque quando um homem sabe sexualizar uma mulher e ao mesmo tempo respeitar o seu direito de sentir prazer, nos sentimos livres como devemos ser.

A história da erotização feminina não nos apetece – a mulher que, embora exageradamente sexualizada, sempre foi vista e representada muito mais como um objeto do que como um sujeito. No fundo, o que queremos são homens que compreendam a nossa capacidade de sentir prazer enquanto seres autônomos que somos e que, de preferência, estejam dispostos a colaborar com isso – numa troca saudável, é claro.

Não queremos só mãos firmes e línguas competentes. Queremos homens que nos envolvam com a mente muito mais que com o corpo – por que de uma mente excitante é impossível esquecer.