-
Alcaraz mostrou resiliência ao salvar três match points no quarto set.
-
A final durou 5 h 29 min, a mais longa da história do torneio.
-
Com o triunfo, torna-se bicampeão em Paris e soma cinco Grand Slams.
Carlos Alcaraz, de 22 anos, confirmou o favoritismo e venceu Jannik Sinner na final do Aberto da França. Após perder os dois primeiros sets por 4‑6 e 6‑7(4), o espanhol reagiu, triunfando por 6‑4, 7‑6(3) e 7‑6(10‑2). O ponto mais emocionante ocorreu no quarto set, quando Sinner teve três match points, e Alcaraz saiu de 0‑40 para virar o placar e manter viva a chance do título.
O confronto, realizado em 8 de junho, foi marcado pela intensidade e pelo equilíbrio. Ao longo de 5 h 29 min, tornou-se a final mais longa do torneio e a segunda maior da Era Aberta. A definição veio no super tie-break do quinto set, em que Alcaraz dominou, fechando a partida com o placar agregado.
A virada histórica
O quarto set mostrou o ápice da virada: Sinner sacava em 5‑3, 40‑0, prestes a decidir. Contudo, Alcaraz resistiu, produziu um ace e uma bola vencedora na paralela para virar o jogo. O público do Court Philippe‑Chatrier vibrou com cada ponto, empurrando o espanhol rumo ao empate.
No quinto set, a tensão permaneceu: Sinner chegou a recuperar o break para igualar em 5‑5. Mas, no tie-break decisivo, Alcaraz não tremulou. Abrindo 7‑0, controlou os pontos finais e decretou sua vitória.
Dominância em Roland Garros
Com o resultado, Alcaraz defende com êxito o título conquistado em 2024, seguindo a trajetória de ícones como Gustavo Kuerten e Rafael Nadal, que também alcançaram bicampeonatos no saibro parisiense. Além disso, o espanhol mantém um retrospecto imaculado em finais de Grand Slam: venceu suas cinco decisões, superando a marca de Federer, Nadal e Djokovic em início de carreira.
Sinner, por sua vez, amargou sua primeira derrota em final de Grand Slam. Apesar disso, ele fechou a campanha com 20 vitórias consecutivas em torneios do nível, incluindo os títulos no US Open e Australian Open. O confronto reforçou o auge da rivalidade entre dois tenistas nascidos nos anos 2000, que já conquistaram sete dos últimos oito majors.
O legado do confronto
A batalha de 5 horas e 29 minutos foi descrita por veículos internacionais como “histórica”, “legendária” e “titânica”. Alcaraz, citado como “Prince of Clay”, destacou o empoderamento do momento: “É um privilégio dividir a quadra com o Sinner e fazer história junto com ele”.
Após o apito final, emocionado, Alcaraz caiu ao chão. Sinner foi até o rival para cumprimentá-lo antes que o espanhol fosse celebrar com sua equipe e a torcida. O gesto simbolizou respeito mútuo e a força do torneio no pós-era Nadal.
Alcaraz encerra o torneio com impressionantes 22 vitórias e apenas uma derrota em 2025, sinalizando quem é o principal nome do tênis no saibro neste ano.
Curiosidades
-
A resiliência em salvar match points já havia aparecido outra vez: em Wimbledon 2023, Alcaraz também se recuperou de dois sets atrás para vencer.
-
O super tie-break no quinto set foi inédito em finais de Roland Garros, instituído no regulamento em 2022.
-
A rivalidade entre Alcaraz e Sinner já soma 12 confrontos profissionais, com vantagem de 8‑4 para o espanhol.