Dizem que a gente nunca deixa de ser criança, os brinquedos é que vão ficando cada vez mais caros. E quando se trata de crianças monetariamente privilegiadas que viraram hombres igualmente ricos, obviamente esses brinquedos vão ficando tão mais divertidos quanto caros.
Esse é o caso dos “track days”, uma brincadeira reservada a quem esbanja dinheiro que consiste em, via de regra, reunir os amigos para um dia de corrida em um circuito fechado – que tanto pode ser alugado, como de propriedade de algum dos corredores.
Agora, imaginem que, se o mercado de pessoas que tem dinheiro para comprar carros esportes de alto luxo – e que também podem ser usados em track days – já é pequeno, pensem em como é ainda menor o círculo de sortudos que, além de poderem adquirir uma máquina de sonho, também têm condições de comprar um track day car. Sim, são pouquíssimos.
A diferença entre eles é que o esportivo de luxo pode ser dirigido até o local da corrida, enquanto que os track day cars não, porque não são homologados para rodarem nas ruas. Logo, eles devem ser devidamente transportados até lá por trailers, caminhões, etc. E isso tudo significa ainda mais custo. Coloquem nesta lista bólidos como o Pagani Zonda Rs, a La Ferrari FXX e a McLaren P1 GTR.
Resumindo, só tendo mesmo muita grana.
Foi pensando nos ricos não tão ricos assim que a McLaren lançou o brinquedinho da foto que abre o texto: a McLaren 650S Sprint, o track day car mais acessível do mercado.
Claro que, neste caso, o “acessível” significa custar US$ 333.000, o mesmo que uma confortável casa de campo. No entanto, bem menos do que as máquinas que hoje compõe este cenário.
Este modelo deriva do 650S, que é um carro de rua, com algumas das características do nervoso modelo GT3 de corridas. É um meio termo suave, embalado por um potente motor 3.8 com turbo duplo e 641 cavalos de potência, recheado de tecnologia e com confortos inusitados em um carro de corrida, como o ar condicionado.
Dessa forma, a McLaren 650S Sprint cumpre muito bem o seu papel principal, que é o de proporcionar extrema diversão, e, de quebra, não fazer feio no paddock na frente dos brinquedos das outras crianças.
