Quando se fala em saúde mental, cada indivíduo é uma tapeçaria única de experiências e necessidades. Para abordar as várias nuances que os transtornos graves podem apresentar, nasceu a DBT, uma variação refinada da já renomada CBT.
Mas, afinal, o que torna essa abordagem tão especial? Mergulhe comigo nesta jornada informativa e descubra.
A genialidade por trás da DBT
Embora a CBT tenha se mostrado eficaz ao longo dos anos, havia uma necessidade de uma abordagem mais holística, especialmente para pacientes que enfrentavam emoções intensas.
E é aí que entra a psicóloga americana Marsha Linehan, a criadora da DBT. Linehan não é apenas uma renomada psicóloga e pesquisadora, mas também uma figura inspiradora por sua trajetória pessoal: antes de se tornar uma especialista em transtornos mentais graves, ela própria enfrentou intensos desafios emocionais e de saúde mental durante sua juventude. Linehan revelou em entrevistas que, na adolescência, foi hospitalizada por repetidas vezes devido a comportamentos auto-destrutivos e tentativas de suicídio.
Foi sua experiência pessoal como paciente, combinada com sua formação acadêmica, que a impulsionou a desenvolver a DBT, que foi criada originalmente com foco em pacientes com transtorno de personalidade borderline e expandida a uma série de outros transtornos.
Linehan buscava criar uma terapia que pudesse ajudar pessoas que enfrentavam sofrimentos semelhantes aos que ela mesma viveu. A revelação pública de sua história pessoal destaca a ideia de que, com o tratamento adequado e o apoio certo, é possível superar desafios significativos e fazer contribuições valiosas para a sociedade.
Consciência plena: a alma da DBT
O mindfulness, ou consciência plena, é um pilar central da DBT. Ajudando pacientes a estarem presentes no momento atual, essa técnica promove a aceitação e a compreensão de suas emoções e pensamentos sem julgamento. A técnica se concentra em ensinar o paciente a reconhecer suas emoções, aceitá-las e em seguida deixá-las partir – antes que elas se tornem um problema para o paciente ou para as outras pessoas.
As ferramentas que moldam a transformação
A DBT não se limita apenas a conversas. Ela é prática, oferecendo aos pacientes uma série de habilidades que podem ser aplicadas no dia a dia. Desde regulação emocional até habilidades interpessoais, a DBT oferece uma caixa de ferramentas robusta para a recuperação.
A DBT não termina quando a sessão acaba. Ela visa capacitar os pacientes para que continuem seu progresso na vida diária, enfrentando desafios com resiliência e confiança.
Em direção a um futuro mais brilhante
O poder da DBT reside em sua capacidade de oferecer esperança e mudança tangível para aqueles que mais precisam. A medida que mais profissionais adotam essa abordagem, o futuro da terapia e da saúde mental em geral parece ainda mais promissor. Para aqueles que buscam compreender e superar seus desafios mais profundos, a DBT é, sem dúvida, um farol no caminho para a recuperação.
Inclusive, temos uma organização voltada para a aplicação e o ensino a técnica de Linehan no Brasil, caso você precise de ajuda.
