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Eis um jeito divertido de conhecer pessoas e baladas em SP

Muitos que saem dos seus países de origem – para curtir, trabalhar ou estudar – ficam com aquela insegurança sobre as pessoas que irão encontrar em seus destinos. E, prevendo que poderá ser difícil para se enturmar com os gringos, alguns acabam tendo a viagem prejudicada socialmente.

Mas nem sempre isso se concretiza e milhares de viajantes acabam se dando bem, conhecendo gente nova. É o caso dos “crawlers”, adeptos de um serviço chamado Pub Crawl que se popularizou mundo a fora e que, em pouco mais de três anos, já atendeu mais de 25 mil pessoas no Brasil.

Há algum tempo falamos sobre o Savor, um programa que oferece um tour por restaurantes da capital paulista para mostrar à gastronomia local a quem se interessar. E o Savor foi desenvolvido pelos mesmos criadores do Pub Crawl. Na verdade, o Pub Crawl surgiu bem antes do Savor, sendo que a proposta é a mesma, mudando apenas o serviço: em vez de restaurantes, o foco são bares e baladas.

A ideia é bem simples: enturmar turistas com os “nativos” de cada país. E, cá para nós, os brasileiros são exímios anfitriões – tirando os comerciantes, que querem levar vantagem em cima dos viajantes. Por isso devemos dar ainda mais atenção a esse projeto.

A agenda do Pub Crawl em São Paulo é fixa. Toda semana ocorrem três encontros nas regiões da Vila Madalena (sextas e sábados), da Rua Augusta (as terças e quintas) e do Tatuapé (as sextas) em três casas noturnas diferentes.

Outra peculiaridade do projeto são os tours a pé que acontecem entre os caminhos dos bares da noite. É uma ótima estratégia para mostrar mais detalhes da cidade para os turistas e até mesmo para os locais. Além do mais, isso é ótimo para deixar o carro na garagem e voltar para casa, em segurança, usando um taxi.

Com relação a escolha dos bares, os envolvidos com o projeto realizam uma pesquisa nas regiões para ver quais são os que melhor se encaixam no perfil. Há, inclusive, ônibus fretado quando o circuito necessita de longos deslocamentos, sem cobrança de taxa extra.

O crawler paga um único valor (que varia entre R$ 20,00 e R$ 60,00) que dá direito a entradas, bebidas e petiscos. O encontro começa em local pré-determinado onde, por uma hora, o crawler tem direito a cerveja, “shots” (dose de bebida pré-determinada) e petiscos à vontade. Logo depois dessa primeira parada, o itinerário torna-se uma surpresa. São dois bares na sequência e em cada um deles uma dose de bebida é oferecida como forma de boas vindas. Para fechar a noite, os participantes entram em uma casa noturna.

O que dita ainda mais o tom da integração são os games. Todos idealizados e conduzidos por um staff bilíngue que tem o apoio de seguranças e fotógrafos que registram todos os momentos. E são muitos cliques, tendo em vista que, de acordo com Paulinha Castanho, uma das sócias do projeto, o Pub Crawl paulistano – em atividade desde janeiro de 2011 – já realizou mais de 430 eventos atendendo cerca de 25 mil pessoas.

“As nacionalidades variam muito! Já recebemos ingleses, indianos, coreanos, japoneses, alemães entre diversas outras nacionalidades, totalizando 572 cidades de 72 países”, completa.

São realizados drinking games conhecidos internacionalmente, entre outros jogos que contam com a criação de um integrante do projeto que estudou Gamefication (sim, isso existe) e aprendeu a desenvolver games que atendem o público em sua totalidade.

“O público estrangeiro, conhecedor desse tipo de serviço, aderiu logo de cara e muitos turistas o procuram por conhecerem e terem um interesse prévio em participar do circuito. Já o público paulistano sempre esteve presente. Inicialmente era composto por pessoas que viajaram bastante e conheciam o conceito. Agora a proposta de Pub Crawl está mais disseminada na cidade e mais pessoas conhecem o conceito da nossa festa”, explica Paulinha.

Tanto é que para a Copa do Mundo o projeto planeja envolver ainda mais pessoas interessadas em curtição. Com isso, haverá mais áreas sendo atendidas e mais opções de circuitos – o que já ocorre, porque os idealizadores estão sempre criando novos formatos de programas para atender melhor turistas e paulistanos.

Paulinha conta que os crawlers também chegam até eles porque a marca está exposta em diversos pontos de divulgação na cidade (como hostels, hotéis, bares, docerias, restaurantes e outros parceiros) através de cartazes e flyers informativos. “Esses são os nossos principais meios de comunicação e divulgação, junto do site e da fan page no Facebook, que conta com 50 mil seguidores de diversas partes do Brasil e mundo”, finaliza.

Não apenas pela curtição da balada, mas esse projeto pode ser muito útil para você, amigo leitor, em outros aspectos. Quem sabe no meio da noite você não escolhe o destino da sua próxima viagem pegando dicas com algum gringo? E ainda por cima poderá reciclar suas aulas do curso de idiomas praticando conversação em outras línguas. Preferencialmente com uma estrangeira.