Está desmotivado no trabalho? Temos 4 perguntas para você

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Há gente que se considera desestimulada com seu trabalho. A empolgação inicial, a animação, a sensação de vitória por ter conseguido a tão sonhada vaga, após superar muitos concorrentes, dá lugar ao desânimo. Para investigarmos juntos as causas desse desencanto, vou lhe fazer quatro perguntas que servirão de guia para sua autoanálise:

1#Você realmente se sente vocacionado para aquele tipo de trabalho?

Ou aceitou baseado na visão de que “oportunidade é um cavalo selado que encontramos poucas vezes na vida”? A questão é que nem sempre aquele cavalo selado foi preparado para você. Qual o motivo que lhe levou a aceitar a vaga que lhe foi oferecida? Dinheiro, status, estabilidade no emprego?

Saiba que nada disso pode sustentar a motivação de alguém cujo perfil não se adequa às características da função. Essa é a primeira razão para o sofrimento de muitos. Portanto, escolher algo que tenha a sua cara é o passo inicial para ser feliz no trabalho.

2# Qual a relevância do seu trabalho?

Lembra daquela antiga estória do pedreiro que respondeu que estava levantando uma parede enquanto seu colega do lado afirmou estar construindo uma catedral? Tudo é uma questão de percepção. Que relevância que você enxerga naquilo que faz?

Seu trabalho vai melhorar a vida das pessoas? Aumentará a eficiência dos processos organizacionais? É fundamental para o bom funcionamento da empresa? Quando conseguimos entender a importância do que fazemos, nos sentimos importantes também. Esse sentimento nos impulsiona fortemente a seguir adiante.

3# Você se sente reconhecido?

Um dos maiores dramas que um profissional pode passar é, sem dúvida, a falta de reconhecimento. O silêncio por parte do chefe, dos colegas, do cliente, do fornecedor pode ser interpretado como descaso ou desprezo. O ser humano adora ser reconhecido e elogiado por um trabalho brilhante. Crianças muito pequenas já revelam este comportamento. Idosos também.

Não acho que nesse caso você deva sentar na cadeira de vítima e chorar. Deve procurar entender os mecanismos de reconhecimento que a empresa usa. Infelizmente, em muitos lugares o silêncio significa: “Continue, seu trabalho está ótimo”. Lembre-se de que se houver algum problema com você, eles certamente lhe chamarão para conversar.

4# Há oportunidades de crescimento em sua área?

Quando o profissional “encosta a cabeça no teto”, seus sonhos, aspirações e sua garra de crescer sofrem um duro golpe. Conheço gente que ganha bem, tem estabilidade, mas se sente tremendamente entediado por não ter mais horizontes. O dia a dia passa a ser irritantemente previsível e repetitivo.

A pessoa começa a pensar coisas como “Caramba! Estou envelhecendo! O tempo está escapando por entre meus dedos! O mundo lá fora está girando rápido e eu estou aqui fazendo a mesma coisa há vários anos. Não desejo encerrar minha carreira desse jeito…”

Pois é. Mesmo sentindo um frio na barriga, alguns decidem dar um basta em situações como essa para ver o teto abrir sobre suas cabeças, revelando que ainda há muito o que crescer – seja dentro ou fora de seu atual trabalho.

* * *

Bem, alguns motivos da falta de empolgação no trabalho foram expostos. Agora é com você. Aproveite o feriado para refletir um pouco mais. É lógico que existem outros motivos como: dificuldades de relacionamentos, falta de condições adequadas de trabalho, assédio moral. Esses e outros, nós veremos em futuras postagens.

Flávio Emílio Cavalcanti

Flávio Emílio Cavalcanti é professor universitário, consultor organizacional, administrador e mestre em Gestão de Recursos Humanos.

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