Curiosidades

Helga Stentzel, a artista que cria obras de arte usando roupas penduradas em varal

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  • O projeto de Helga Stentzel usa roupas penduradas para criar figuras surpreendentes.
  • A criatividade da artista chamou atenção por ressignificar objetos do cotidiano com originalidade.
  • As obras se tornam acessíveis por meio de fotografias compartilhadas.

A artista visual Helga Stentzel ganhou destaque ao transformar roupas comuns penduradas em varal em verdadeiras obras de arte. Com cenários cuidadosamente montados, ela cria composições que remetem a animais e rostos, fotografando cada cena e divulgando-as em suas redes sociais e site.

Com raízes na Sibéria e atualmente morando em Londres, Helga alia técnicas de fotografia, ilustração, videografia, escultura e design de murais em seu trabalho. Duas de suas séries mais conhecidas são “Animais do Varal” e “Rostos de Lavanderia”, nas quais utiliza peças simples do cotidiano — como meias, camisas e acessórios — para compor imagens que surpreendem pela criatividade.

Toalhas, casados e mais: para Helga Stentzel, tudo se transforma em arte!

Origem do projeto e processo criativo

Helga declara que se inspira nos padrões lúdicos da natureza e na justaposição com objetos feitos pelo homem. Em entrevista ao jornal The Times, destacou que observa sem expectativas, identificando formas inesperadas — como um suéter pendurado que remete a um cavalo ou uma fatia de pão que lembra a cabeça de um cachorro.

Essa abordagem sensível e imaginativa dá origem à “Animais do Varal”, em inglês “Clothes Line Animals”, e à série “Rostos de Lavanderia”, onde roupas e acessórios formam feições humanas. A montagem é realizada em cenários pertencentes à artista, que então fotografa a composição para documentação e divulgação.

A criatividade de Helga realmente impressiona

Difusão das obras e repercussão

As criações de Helga Stentzel alcançaram repercussão, especialmente nas redes sociais, onde compartilha suas imagens com quase 350 mil seguidores no Instagram. Além de encantar o público online, algumas peças podem ser adquiridas pelo site da artista, permitindo que o trabalho ultrapasse o digital para o físico.

Inserção dessa proposta no contexto artístico contemporâneo

A prática de utilizar objetos do cotidiano em contextos poéticos e transformadores não é completamente inédita. Por exemplo, a artista chinesa Yin Xiuzhen constrói esculturas com roupas e objetos recolhidos de diferentes cidades — suas “Cidades Portáteis” — explorando temas como globalização, identidade e fragilidade humana. O trabalho da russa Helga Stentzel, ao contrapor vestimentas domésticas com formas surreais, contribui para essa tradição de arte que ressignifica o banal.

Outro paralelo possível é com a obra do artista alemão Kurt Schwitters, que em 1923 produziu a instalação “Merzbau”, ocupando sua residência com objetos não convencionais, como roupas fixadas por arames — antecipando abordagens modernas e compostas de objetos cotidianos. Enquanto Schwitters partia de um espaço arquitetônico, Helga parte do espaço visual e doméstico, ambos, porém, convergindo na reinvenção do trivial.

Além de animais, Helga também tem uma série com rostos

Impacto e originalidade

O trabalho de Helga atrai atenção justamente por sua simplicidade transformadora. Ao ressignificar elementos corriqueiros como roupas estendidas, a artista provoca reflexão sobre percepção, arte e o cotidiano. Sua arte nasce da observação atenta e se materializa na fotografia, criando narrativas visuais que dialogam com públicos variados.

Essa originalidade tem potencial educativo e cultural: inspira pessoas a verem o comum com novos olhos, evidenciando que a criatividade não depende de materiais sofisticados, mas da disposição de olhar e compor. A arte se amplia quando eleva o banal à dimensão imaginativa — e Helga realiza isso com sutileza e coerência.

Erik Wallker

É o viking geek do El Hombre. Apaixonado por filmes e coleções, viaja em cada frame que é captado por seus olhos no cinema.

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