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Marvel e DC seguem passos de The Boys em novas produções

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  • Thunderbolts e Superman incorporam críticas ao corporativismo inspiradas em The Boys.

  • Marvel e DC exploram a comercialização de heróis em suas novas produções.

  • A influência de The Boys sinaliza uma mudança na narrativa dos filmes de super-heróis.

Em 2025, o gênero de super-heróis passa por uma transformação significativa. As gigantes do entretenimento, Marvel e DC, estão incorporando elementos críticos ao corporativismo em suas novas produções, uma abordagem popularizada pela série The Boys, da Prime Video.

The Boys, criada por Eric Kripke, apresenta super-heróis como produtos de uma corporação poderosa, a Vought, que manipula suas imagens para lucro e controle. Essa perspectiva satírica e realista influenciou as narrativas de Thunderbolts, da Marvel, e Superman, da DC, que agora exploram temas semelhantes em suas tramas.

Thunderbolts: heróis como marca registrada

No universo Marvel, o filme Thunderbolts apresenta um grupo de anti-heróis que passa a se chamar Novos Vingadores, sob a liderança de Valentina Allegra de Fontaine. Essa equipe é promovida como uma marca, com contratos e campanhas de marketing, incluindo produtos como cereais matinais. A crítica ao uso comercial da imagem dos heróis é intensificada por uma cena pós-créditos em que Sam Wilson, o novo Capitão América, processa a equipe por uso indevido do nome “Vingadores”.

Essa abordagem reflete a influência de The Boys, onde os heróis são tratados como ativos corporativos, com suas ações e imagens controladas por interesses comerciais. A Marvel, ao adotar essa narrativa, reconhece a complexidade do papel dos super-heróis na sociedade contemporânea e a crescente comercialização de suas figuras.

Superman enfrenta heróis corporativos

Na DC, o novo filme Superman, dirigido por James Gunn, introduz a equipe Justice Gang, liderada por Maxwell Lord, um empresário influente. Embora os detalhes sobre essa equipe ainda sejam escassos, tudo indica que Superman enfrentará uma versão de heróis controlados por interesses corporativos, semelhante aos “Sete” de The Boys.

Essa narrativa representa uma mudança significativa na representação do Superman, tradicionalmente visto como o símbolo máximo de justiça e esperança. Ao confrontar heróis corporativos, o personagem é colocado em uma posição que questiona a integridade e os verdadeiros objetivos daqueles que detêm poder e influência.

A influência de The Boys no gênero de super-heróis

A adoção de temas críticos ao corporativismo por Marvel e DC não é coincidência. Reflete uma tendência crescente no entretenimento de explorar as complexidades e contradições dos super-heróis em um mundo onde a imagem e a marca são frequentemente mais valorizadas do que os valores e ações reais.

The Boys estabeleceu um novo padrão para o gênero, desafiando as narrativas tradicionais e apresentando uma visão mais cínica e realista dos super-heróis. A resposta positiva do público a essa abordagem incentivou outras franquias a seguir caminhos semelhantes, resultando em produções que questionam o papel dos heróis na sociedade e a influência das corporações em suas ações.

Essa mudança nas narrativas indica uma evolução no gênero de super-heróis, que agora busca refletir e criticar aspectos da realidade contemporânea, oferecendo histórias mais complexas e relevantes para o público atual.

Curiosidades

  • Eric Kripke, criador de The Boys, também é conhecido por seu trabalho em Supernatural, onde explorou temas de moralidade e poder. Sua abordagem crítica influenciou significativamente a representação dos super-heróis na televisão.

  • A Vought, corporação fictícia em The Boys, é uma sátira direta às grandes empresas de entretenimento, refletindo preocupações sobre o controle corporativo na cultura pop. Essa crítica ressoa com as estratégias de marketing das próprias Marvel e DC.

  • O conceito de heróis como produtos não é novo, mas The Boys o levou ao extremo, mostrando como a imagem dos super-heróis pode ser manipulada para servir a interesses comerciais, uma ideia agora explorada também por Marvel e DC.

Redação El Hombre

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