Por que a chegada de Kaká deixará o Brasileirão muito melhor

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Uma atração por si só: Kaká merece a atenção de todos por ser um exemplo de profissional do futebol.

São poucos com este perfil no futebol brasileiro. Não à toa é ídolo brasileiro, sobretudo dos são-paulinos, que terão o privilégio de ver o craque em campo vestindo as cores do Tricolor Paulista até o fim do ano.

E ele já reestreou bem, marcando um gol em sua estreia contra o Goiás, no domingo, apesar do time sair de campo derrotado por 2×1.

Um Kaká muito mais maduro daquele que chegou ao clube com 8 anos de idade e, mais tarde, despontou para o futebol mundial. Esta é a impressão de todos que o viram no período de treinamento no São Paulo até a data da estreia.

Para tal, ele precisou driblar um adversário duro: a queda de rendimento que teve no Real Madrid transformou o jogador. Fez com que ele perdesse toda sua confiança. Não era mais o que outrora fora eleito o melhor do mundo pela Fifa.

Ficou desequilibrado emocionalmente. Fez tratamento psicológico. Precisou se transferir ao Milan novamente para ganhar moral. Foi pouco, é bem verdade, uma vez que o clube italiano não vive bons momentos, sem a conquista de uma vaga para a Liga dos Campeões.

Foi também a deixa para sair de lá. Veio o Orlando City com uma proposta inovadora.

Deu-lhe confiança, moral, chegou como ídolo ao clube, terá tempo para trabalhar até o início da temporada (março de 2015) e ainda com um extra: atuar seis meses emprestado pelo clube de coração e de onde saiu cedo sem construir a história que desejava, mais rica e cheia de títulos.

Desembarcou no Tricolor com a mesma garra de quando subiu para o profissional, mas agora com mais experiência.

Tudo isto foi o suficiente para o sorriso voltar ao rosto do craque. Craque brasileiro. Brasileiro querido. Querido por todos os clubes. Clubes que invejam o São Paulo por agora ter um ídolo e uma peça fundamental para um time tentar chegar ao topo da tabela, brigar primeiramente por uma vaga a Libertadores e, quem sabe, ao título.

Boa sorte, Kaká.

Seja bem-vindo de volta ao futebol brasileiro. Nos dê e receba também alegria. Certamente ganhamos um holofote digno de muita luz.

Luz que brilhará muito, com técnica e lances encantadores, neste Brasileirão.

Felipe Piccoli

Felipe Piccoli é especializado em jornalismo esportivo desde 2008. Com passagens pela Rádio Bandeirantes e pelo jornal Marca Brasil, hoje ele é coordenador de reportagem da Band.

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