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Redesigns de videogames: os melhores e mais memoráveis

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Ao longo do ciclo de vida de um console, é comum que ele possa sofrer um processo de redesign. Com isso, o modelo original deixa de ser vendido em favor de um novo e redesenhado. Alguns desses redesigns de videogames são acompanhados não apenas de um visual novinho em folha, mas também de novas funcionalidades, embora algumas possam ser removidas em alguns casos.

Na lista que compilamos hoje, você irá relembrar de algumas das melhores mudanças de visual que os consoles já sofreram ao longo do seu período de produção, levando em conta as funcionalidades acrescentadas e removidas nesse tempo.

Como organizamos a nossa lista

No texto principal, colocamos três redesigns de videogames de cada uma das companhias ainda vigentes no mercado, dando destaque maior aos três consoles que tiveram mudanças sem perder muito em funcionalidades. No fim do texto, citamos outros redesigns notáveis excelentes, apenas de maneira mais concisa.

Playstation 2 Slim

Um SCPH-70001, que representa a primeira leva de consoles da série Slim do PlayStation 2

Pontos positivos

  • Muito menor e mais leve, tendo uma grossura ainda mais estreita ou comparável ao de muitos livros de capa dura.
  • Série Slim mais novas (9000x) possuem a fonte de energia dentro do próprio console, assim como o PlayStation 2 original tinha.
  • Muito silencioso, especialmente se comparado aos modelos SCPH-3X00x e anteriores.
  • Leitor muito resistente quando comparado com todos o visto nos modelos originais.
  • Possui praticamente todas as funcionalidades do PlayStation 2 original.

Pontos negativos

  • Nos primeiros modelos (anteriores ao SCPH-9000x), a fonte do console é externa, tendo que passar por ela antes de ligar na tomada.
  • Nos primeiríssimos modelos (anteriores ao SCPH-7500x), alguns esquentavam bastante por não terem o característico cooler do original, enquanto outros eram mais propensos ao aquecimento, característica prontamente corrigida em todas as versões seguintes da série Slim.

A Sony é bem conhecida por fazer uma revitalização no visual de seus consoles, sendo o redesign do PlayStation 2 uma das mais icônicas. Lançado quatro anos após o PlayStation 2 original (que viria a receber o apelido de “PS2 Fat” universalmente, e de “Tijolão” aqui no Brasil), o PlayStation 2 Slim é um excelente e admirável trabalho de engenharia, reduzindo massivamente o tamanho e peso do console.

Enquanto revisões anteriores do PlayStation 2 (SCPH-10000, SCPH-3X00x e SCPH-5000x) recebiam mudanças primariamente internas (como mudança de cooler, adição de suporte a HD interno, e a transição da entrada frontal i-Link para infravermelho), a “Slimline” apresentou uma mudança drástica em vários aspectos do console.

Por vias de comparação, o primeiro PlayStation 2 possuía 7,8cm de altura transformados em apenas 2,8cm do PlayStation 2 Slim; o peso do modelo Slim também representa apenas ¼ do console original – ou seja, o que era um tijolo, virou um “tijolinho”. E naquela época, poucos videogames de mesa tinham as dimensões e peso do PS2 Slim, sendo bons exemplos de equivalência em termos de “consoles pequenos” o PSOne (redesign do PlayStation original da própria Sony), e um dos concorrentes do PlayStation 2: o GameCube, da Nintendo.

Além da redução de mais de 70% do tamanho com o novo visual e as mesmas funcionalidades base do aparelho original (como retrocompatibilidade nativa aos jogos de PSOne, e capacidade de rodar CDs/DVDs), o PlayStation 2 Slim apresentava grandes vantagens em relação ao modelo original. Seus pontos mais fortes eram o novo – já que o modelo clássico é um velho conhecido de dar problemas em seu leitor original – e possuir direto de fábrica a capacidade de se conectar à Internet para partidas online sem precisar comprar separadamente um adaptador online que o primeiro modelo necessitava.

Por outro lado, o PS2 Slim também apresentou pequenas desvantagens com a grande redução de tamanho, como a perda total de suporte ao HDD que era necessário para baixar alguns mapas e complementos (além de que um PS2 com HDD reduzia o tempo de carregamento para uma pequena parcela de jogos) e a necessidade de uma fonte externa nos primeiros modelos (o que viria a ser corrigido com a série SCPH-9000x, que além de deixar a fonte dentro do pequeno console, tinha um belo design fosco misturado com black piano).

Do ponto de vista subjetivo, cresci com o PS2 Slim na infância e hoje tenho os dois modelos em minha coleção, preferindo o console na sua forma original. Não obstante, é inegável a beleza presente na série Slim do PS2, sendo amplamente concordado de que é um dos melhores (ou melhor, até a data) redesigns de console já feitos em toda a história da Sony, e dos videogames em geral.

Xbox One X

O Xbox One X ficou no mercado entre o final de 2017 e meados de 2020

Pontos positivos

  • Sendo um modelo muito mais “slim” que o primeiro Xbox One, o console é menor e mais leve, além de ter um novo acabamento parecido ao do novo Xbox Series X, sendo uma clara inspiração para este último.
  • Possui todas as demais funcionalidades na família do Xbox One, incluindo retrocompatibilidade com uma boa parcela de jogos de Xbox 360 e Xbox.
  • Inclusão de um hardware mais poderoso e resolução 4K. Jogos com melhorias especiais no One X possuem o rótulo “Xbox One X Enhanced”.

Pontos negativos

  • O mais caro da família Xbox One. Além disso, possui a tendência de, no futuro, ser um console mais difícil de ser encontrado com base no seu lançamento no final de 2017, e fim de produção em meados de 2020.

Desde que entrou no mercado de videogames e jogos eletrônicos em 2001, a Microsoft sempre adotou uma posição mais conservadora em relação ao redesign de seus consoles, com muitos deles tendo poucas diferenças físicas, mas primariamente internas. Como grande destaque da empresa, podemos destacar o Xbox One X de 2017, o segundo redesign do Xbox One original de 2013 (sendo o Xbox One S o primeiro redesign dessa família de consoles).

Parece ser um hábito da empresa adotar consoles de gerações diferentes com visuais parecidos nos últimos anos. Para exemplificar, o Xbox 360 E (terceiro e último modelo do Xbox 360) é muito parecido com o Xbox One original de 2013, enquanto o Xbox One X parece uma versão horizontal do novo Xbox Series X.

Mas entre todos os designs originais e redesigns da companhia, o Xbox One X é certamente o mais bonito dos modelos da companhia norte-americana. Isso não significa necessariamente que o PlayStation 4, com seu visual um “pouco menos tradicional” seja ruim, mas sim que a Microsoft alcançou a sua elegância no último One X.

Em relação ao concorrente, o PlayStation 4 Pro, o Xbox One X é relativamente mais poderoso, com uma quantidade significativa maior de memória e um processador mais veloz, permitindo que alguns jogos tirassem benefício para melhor fluidez. Por outro lado, o próprio Phil Spencer da Microsoft alega que o verdadeiro concorrente do PS4 Pro seja o Xbox One S.

Outros destaques de hardware do Xbox One X além dos citados incluem suporte a televisões 4K (inexistente no modelo original), e velocidades de leitura muito mais ligeiras para o HDD, enquanto demais funcionalidades são muito parecidas ao então novo PlayStation 4 Pro.

Game Boy Advance SP

Em relação ao Game Boy Advance, o SP possui várias mudanças radicais internas e externas.

Pontos positivos

  • É o modelo definitivo da família Game Boy Advance, rodando todos os jogos dos três portáteis e ainda com a existência de uma luz que é ainda ajustável no modelo AGS-101.
  • Com um design clamshell, é muito mais fácil e confortável de se levar no bolso.
  • Não requer pilhas: é recarregável pelo próprio carregador.
  • Dura entre 8-10 horas com a luz ligada fora do carregador.

Pontos negativos

  • Francamente falando, não existem.

Quando fora lançado em 2001, o Game Boy Advance apresentava-se como um console dedicado a jogos em 2D (ainda que poucos jogos totalmente em 3D existissem) e com gráficos similares aos do Super Nintendo, sendo um inesquecível sucessor dos já memoráveis Game Boy e Game Boy Color. O portátil de 32-bits ainda era retrocompatível com todos os jogos dos seus antecessores e muitos de seus acessórios, sendo durante pouco menos de uma década a casa de vários clássicos portáteis da Nintendo.

Ainda que fosse confortável, o portátil original tinha dois grandes problemas: sua alimentação ainda era a base de pilhas AA e sua tela não tinha qualquer tipo de iluminação, característica que já havia sido apresentada pela primeira vez no antecessor Game Boy Light – e tendo sido dono de um Game Boy Advance original, posso dizer que a ausência de luz complica muito jogar até em ambientes iluminados.

Com um visual clamshell ou ”abre e fecha” parecido com os celulares da época, o GBA SP era a melhor forma de jogar games da família Game Boy, pois além de ter uma tela totalmente iluminada e ajustável (em particular nos sub-modelos AGS-101), essa revisão também removeu por completo a necessidade de pilhas AA, substituindo-as por uma bateria interna recarregável. Além disso, a nova disposição dos botões e tamanho reduzido quando fechado, tornou-o um console extremamente confortável de se segurar e colocar no bolso.

Em 2005, um último Game Boy Advance seria lançado, sendo este o Game Boy Micro. Com uma tela e tamanho muito menores, e a incapacidade de rodar jogos de Game Boy/Game Boy Color, esse outro redesign recebeu opiniões diversas quando foi lançado.

Outros redesigns notáveis

O PSOne (ou “PlayStation Baby”) representa o primeiro redesign da história dos consoles da Sony, mudando a cor cinza para branco e diminuindo muito seu tamanho. Na imagem, o console está conectado a sua tela oficial, acessório que era vendido em conjunto ou separadamente.
  • PSOne (redesign do PlayStation original): O PSOne é um dos menores consoles de mesa das grandes companhias vigentes, tendo um visual muito mais agradável que seu modelo original cinza e considerado por muitos a melhor versão. Além de praticamente conter todas as características presentes no videogame original, o console teve uma tela LCD lançada oficialmente pela Sony, tornando-se um console semi-portátil.
  • PlayStation 3 Slim: Sendo relativamente menor que o PlayStation 3 “Fat” e consideravelmente menos pesado, o PlayStation 3 Slim era muito menos barulhento e menos suceptível aos problemas de YLOD, sigla em inglês para “Luz Amarela da Morte” do PlayStation 3 original. Infelizmente, esta nova revisão perdeu o suporte aos jogos de PlayStation 2, que eram rodados nativamente, ou emulados nas versões mais iniciais do PlayStation 3.
  • Xbox 360 S: Seria o equivalente da Microsoft ao PlayStation 3 Slim da Sony. Com um visual parecido com o original e levemente menor, talvez seja a melhor versão de Xbox 360 já feita, tirando o suporte ao HD clássico do primeiro Xbox e as entradas de memory card, mas acrescentando conexão wi-fi integrada e, claro, uma susceptibilidade muito menor ao “Red Ring of Death”, tão presente nos primeiros modelos de Xbox 360.
  • New Nintendo 3DS/2DS: Com tantos modelos e submodelos, a família 3DS (que inclui os portáteis 3DS, 2DS, New e Extra Large/XL) certamente atingiu seu ápice com os novos New Nintendo 3DS. Esses consoles possuem hardware muito superior, ao ponto que existem jogos lançados compatíveis apenas com essas novas revisões. Além disso, possuem o tamanho ideal, efeito 3D mais estabilizado (para a família principal New 3DS), leitor NFC embutido e um segundo analógico. Um New 3DS XL possui tamanho comparável ao do mais recente New 2DS XL, mas com o suporte aos efeitos 3D, sendo o modelo ideal.
  • New Style Super NES (SNS-101): Enquanto o Top Loader do NES/Nintendinho possa dividir opiniões em relação ao clássico console original por trocar também a posição de colocar o cartucho, esse redesign pouco ou moderadamente conhecido do Super Nintendo não fez grandes alterações na estrutura do console, deixando-o menor e com uma aparência muito mais clean, em particular alterando o layout dos botões e com uma estrutura quase que de item ergonômico em relação ao “quadrado” original. Há ainda sua sub-variante japonesa, igualmente agradável de aparência.

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Dmitry Nardelli

Músico de dois extremos (aficionado por metal progressivo e música clássica), Dmitry se dedica a escrever sobre um dos seus hobbies favoritos: videogames.

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