- Versão Zen retoma liderança como o modelo mais acessível, partindo de R$ 79.790.
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Equipamentos foram reduzidos: rádio com Bluetooth foi substituído por “preparação para o som”
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Segurança permanece garantida com quatro airbags, ABS, ESP e TPMS.
A Renault lançou a linha 2026 do Kwid com mudanças pontuais na versão de entrada Zen, reafirmando sua posição como o carro mais barato do Brasil. Com preço sugerido de R$ 79.790, o modelo voltou a ser o único veículo novo disponível por menos de R$ 80 mil.
A versão Zen mantém mecânica simples e econômica: motor 1.0 SCe de três cilindros, com até 71 cv e câmbio manual de cinco marchas. No entanto, para manter o preço competitivo, a Renault enxugou a lista de itens – destaque para a retirada do rádio com Bluetooth, agora substituído por preparação para som, embora o número de alto-falantes tenha sido ampliado de dois para quatro.
Mudanças e justificativas no pacote de equipamentos
A linha 2026 apresenta ajustes pontuais: mantém itens de segurança, como quatro airbags (dois frontais e dois laterais), freios ABS, controle eletrônico de estabilidade (ESP) com assistente de partida em rampa (HSA) e monitoramento de pressão dos pneus (TPMS). Luzes diurnas em LED (DRL) seguem de série, assim como direção elétrica e ar‑condicionado.
Nas conectividades, a tomada 12 V deu lugar a uma porta USB, enquanto a fábrica adicionou dois alto‑falantes extras na coluna C, atendendo parcialmente a pedidos por conexão, mas sem elevar custo.
Essa abordagem de “menos por mais” visa justificar o novo patamar de preço, que supera a barreira dos R$ 80 mil. Embora enxuto, o Kwid Zen continua com funcionalidades básicas para circulação urbana e boa eficiência energética, alcançando cerca de 14,6 km/l na cidade e 15,5 km/l na estrada com gasolina. Comparativo com versões anteriores e concorrentes
Em 2024, o Kwid Zen custava cerca de R$ 76.090, já tendo sofrido reajustes que o aproximaram de seu preço atual. Apesar disso, o Fiat Mobi, que assumiu o posto de carro mais barato por um tempo, agora parte de R$ 80.990, valorizando a estratégia da Renault.
No entanto, com o teto puxado ao limite acessível, a versão Zen sacrifica recursos como rádio, vidros elétricos traseiros e itens estéticos presentes em versões superiores, como Intense, Iconic e Outsider, que custam entre R$ 82.990 e R$ 86.590.
Outro aspecto de destaque é o porta-malas com capacidade de 290 L, valor acima da média do segmento subcompacto, o que oferece vantagem para pequenos deslocamentos ou compras do dia a dia.
Perfil do consumidor e estratégia da Renault
O Kwid Zen 2026 encerra a linha com uma postura clara: economia acima de tudo. Seu público-alvo é formado por consumidores que priorizam preço e custos baixos de manutenção, como frotistas ou jovens adquirindo o primeiro carro. Em concessionárias, a versão é considerada “achado”: tem saída rápida e exposição limitada – reflexo da alta demanda.
Mesmo com menos conectividade, ele entrega itens de segurança robustos, atrelados ao pacote obrigatório por lei e a controles complementares, como Isofix, alerta de pressão e sistema CAR (travamento automático a 6 km/h).
Para a Renault, essa versão serve como porta de entrada para a marca — os consumidores podem migrar para versões mais equipadas com valor agregado, ou optar por modelos eletrificados, como o Kwid E‑Tech, que hoje é vendido por quase R$ 100 mil .
Expectativas e próximos passos
Analistas indicam que o Kwid deve manter vendas estáveis devido ao preço competitivo, mesmo com margem reduzida. Nos próximos meses, a atenção se volta para reajustes de concorrentes e eventuais ofertas de versões com pacotes opcionais para recuperar conectividade sem perder a acessibilidade.
A Renault também investe em marketing do “SUV dos compactos”, imagem que alimenta o apelo de robustez e modernidade urbana, característica reforçada pelas luzes DRL e pela altura do solo.
Em resumo, o Renault Kwid Zen 2026 atinge seu propósito: ser o carro mais barato do Brasil, com preço abaixo dos R$ 80 mil, apostando em segurança e economia em detrimento de conveniências para preservar custo. Um produto central na estratégia de volume da fabricante, que agrada a quem busca acesso ao automóvel com orçamento limitado.
