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A renúncia de Blatter traz esperanças para o futebol

Estamos vendo um dos maiores marcos da história do futebol mundial: a renúncia do presidente da FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado), Joseph Blatter, em virtude da revelação de esquemas corruptos nas entranhas do futebol internacional.

Jamais imaginei um dia presenciar tal fato; estou, portanto, estupefato com a notícia bombástica e esperançoso com o futuro do esporte.

Li em 2011 o livro “Jogo Sujo – O Mundo Secreto da FIFA: compra de votos e escândalo de ingressos”de Andrew Jennings, um repórter investigativo inglês.

Tal narrativa apresenta as tenebrosas transações, negociatas e bastidores da FIFA. Acreditava que a obra ajudaria investigadores a coibir sujeiras e, desta forma, limpar todos os problemas momentâneos do futebol.

Não foi daquela vez. Fiquei, a partir dos anos seguintes, descrente de qualquer otimização e novidade otimista.

É por isso que eu tenho — e, na verdade, nós temos — muito a comemorar com a saída do corrupto Joseph Blatter, presidente da entidade desde 1998. Celebro este golaço da polícia federal americana FBI — a verdadeira autora do estopim do escândalo esportivo — que já prendeu sete dirigentes da entidade, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

Na última semana fui iludido com a possiblidade do príncipe Ali al Bin-Hussein vencer a eleição presidencial da maior entidade do futebol. Não pelo fato de ele ser um nome de grande respeito com propostas revolucionárias e, sim, em virtude de presenciar uma mudança no rumo do esporte que amo.

Mais uma vez senti decepção.

A decepção se transformou em prosperidade. Com a renúncia de Blatter teremos nova eleição entre dezembro deste ano e março de 2016. Até lá, Blatter permanece no cargo.

Figo seria a melhor opção para assumir o cargo
Figo seria a melhor opção para assumir o cargo

Novamente Ali al Bin-Hussein e o ex-jogador francês David Ginola já confirmaram imediatamente a intenção de participar do pleito.

Com a abertura das vagas, faço minha torcida agora para o ex-jogador português Figo confirmar sua candidatura, que tem uma proposta animadora: valorizar e desenvolver o desenvolvimento do futebol de base.

“Um dia bom para FIFA e para o futebol. A mudança está finalmente a chegar. O dia podia tardar, mas chegaria. Ele aí está! Devemos agora, de forma responsável e serena, procurar uma solução consensual em todo o mundo para que comece uma nova era de dinamismo, transparência e democracia na FIFA”, declarou Figo logo após a renúncia de Blatter.

O português lançou neste ano sua candidatura à presidência da Fifa, contudo, a cancelou perto da data da eleição, ocorrida no último dia 29 de maio, por considerar o processo eleitoral injusto, com a ausência de debates ou mesmo exigência da apresentação de um plano com as medidas a serem tomadas pelos candidatos.

Enfim, o primeiro passo para a revolução foi dado.

Driblamos a corrupção, passamos por zagueiros dirigentes corruptos e agora basta apenas escolhermos o melhor finalizador presidente para marcarmos um golaço para a prosperidade do futebol mundial. Figo, a meu ver, seria um bom nome para arrematar a descrença do esporte.