Um estudo conduzido por cientistas da Universidade da Pensilvânia e da Universidade do Texas, publicado na Journal of Experimental Social Psychology, concluiu que gastar dinheiro em experiências como viagens, entretenimento, restaurantes e atividades ao ar livre gera mais felicidade do que a compra de itens materiais.
A pesquisa acompanhou 7.500 adultos e analisou níveis de felicidade antes, durante e após diferentes formas de consumo. Os dados revelaram que momentos vividos trazem maior bem-estar e memórias mais duradouras do que bens adquiridos, cuja satisfação tende a diminuir rapidamente.
O levantamento foi conduzido pelos pesquisadores Amit Kumar, Matthew A. Killingsworth e Thomas Gilovich. Para medir o impacto do consumo, parte da metodologia envolveu a análise de mensagens de texto enviadas pelos participantes, permitindo identificar estados emocionais em tempo real.
Os resultados mostraram que pessoas que gastavam com experiências relatavam níveis mais altos de felicidade do que aquelas que compravam produtos ou não consumiam. Segundo os autores, o efeito positivo se mantém porque experiências se transformam em memórias que reforçam laços sociais e emocionais.
A pesquisa reforça achados anteriores de que itens materiais perdem valor subjetivo com o tempo. Já experiências, mesmo passageiras, se prolongam na memória e são frequentemente relembradas de forma positiva. Esse fator faz com que o investimento em atividades seja percebido como mais gratificante a longo prazo.
Além disso, os cientistas apontam que experiências são menos suscetíveis à comparação social direta, algo comum com bens materiais. Ao compartilhar um momento vivido, o foco recai sobre a vivência em si, e não sobre um padrão de posse.
Os autores destacam que a relação entre consumo e felicidade pode orientar escolhas pessoais e até políticas de bem-estar. Incentivar gastos em experiências pode ter efeitos sociais mais amplos, como fortalecimento de vínculos comunitários e redução da busca constante por novos produtos.
O estudo sugere que, ao priorizar experiências, as pessoas ampliam seu bem-estar de forma mais consistente. O consumo de bens materiais, embora proporcione satisfação imediata, tende a perder impacto emocional com o passar do tempo.
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