Você acompanharia a seleção por todo o país num motorhome?

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São dez loucos do bem correndo atrás do Brasil: eis o “Rumo Ao Hexa”.

Um grupo de jovens resolveu acompanhar a seleção brasileira durante toda a Copa do Mundo. E quando eu falo acompanhar é seguir mesmo, seja onde for. Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza – em qualquer canto do país lá estarão eles.

E sabe como? De ônibus. Isso mesmo, de busão (um motorhome). Serão mais de 12 mil quilômetros na cola da nossa seleção.  O legal é que você poderá acompanhar tudo isso pela internet.

Formando o “Rumo Ao Hexa” estão produtores, um chef de cozinha e jornalistas. Eles largaram seus empregos para embarcarem nesta jornada. Uma baita jornada.

O El Hombre conversou com a única mulher no meio dos machos que enfrentam esta empreitada no motorhome, Carolina Abu Izze.

Confira o bate papo sobre o projeto.

Como surgiu a ideia de percorrer o Brasil inteiro atrás da Seleção?

A oportunidade de viver a Copa aqui no Brasil é única. Foram 64 anos desde a última vez. A chance de ocorrer de novo e estarmos vivos é muito pequena. Por isso não queríamos perder o evento, a festa, a torcida.

Não conseguimos entrar em campo para mudar o jogo, mas queríamos de alguma forma transmitir nossa energia para nossos guerreiros. Temos uma chance única de ganhar o sexto titulo mundial dentro de casa, o que seria muito significativo não só por sermos conhecidos como o país do futebol, mas também pela alegria, pelas festas, pelo nosso orgulho de ser brasileiro.

Então vocês começaram a pensar em como seria a melhor forma de aproveitar a Copa?

Isso. Como expectadores era uma possibilidade. Mas urgiu o primeiro desafio: conseguir ingressos. A missão era praticamente impossível e não fomos sorteados pela FIFA. Além disso, ao começar a pesquisar alternativas de acompanhar os jogos nos deparamos com preços de passagem e hospedagem hiper-inflacionados. Foi aí que tivemos a ideia de alugarmos um motorhome, um meio que nos transportaria e ao mesmo tempo seria nossa casa, matando os dois problemas de uma vez. Quando vimos a magnitude do veículo e o espaço disponível vimos que poderíamos fazer mais do que simplesmente uma viagem por lazer: poderíamos dividir essa experiência com todos os torcedores que tem a mesma vontade que nós de acompanhar a seleção, mas não podem. Nesse momento começamos a trabalhar nesse projeto que é feito de torcedor para torcedor, ao longo de uma jornada #rumoAOhexa.

Já dá para prever o tamanho das dificuldades que enfrentarão para percorrer o Brasil inteiro em um motorhome?

Tentamos nos prevenir para eventuais problemas como comunicação perto dos estádios, alimentação, manutenção do veículo, entre outros. De qualquer maneira, como iremos documentar nosso dia-a-dia no projeto, vemos que situações atípicas e eventuais dificuldades geram um conteúdo interessante para o pessoal que nos acompanha. A ginástica no caso é nos preparar parar sanar essas dificuldades com rapidez para não perder nada do hexa campeonato do Brasil.

Você é a única mulher do grupo. Como será isso?

Acho que vai ser tranquilo. Apesar de não conhecer sete dos meninos até surgir esse projeto nos demos muito bem. Sempre tive muitos amigos homens, nunca fui aquela menina que fica fechada no “clube da Luluzinha”. Se eu fosse acho que essa oportunidade nem teria aparecido na minha vida.

Se for preciso trocar um pneu, está pronta? 

Estou pronta para o que vier pela frente, quanto mais imprevisto mais conteúdo. Se trocar pneu for um desses imprevistos vamos lá. As costas são largas, pode mandar. (risos)

Qual o planejamento de vocês? 

A partir do momento que a viagem virou um projeto juntamos uma equipe com 3 produtores, 1 fotógrafo, 3 profissionais de captação e edição de vídeo, 1 jornalista, 1 designer e 1 cozinheiro. Cada um responsável por uma parte de nosso documentário.

O segundo passo foi pensar no nosso trajeto. Tivemos que fazer um mapeamento considerando o Brasil se classificando em primeiro ou em segundo lugar do grupo, o que para nós é indiferente, mas teve que ser contemplado.

Traçada a rota pensamos no que podemos procurar pelos lugares que passamos para que nosso conteúdo seja dinâmico, interessante e, mais importante de tudo, capaz de transmitir a torcida pelo Brasil e nossas experiências nessa jornada.

Durante a viagem iremos retratar a torcida pela Seleção que encontraremos por todas as cidades que passaremos. Nos dias dos jogos em especial nos dividiremos para captar a torcida em diversos lugares próximos ao local do jogo para termos diferentes perspectivas.

Ao longo de nossa viagem queremos interagir com o publico por meio das mídias sociais e convidá-los a nos seguir torcendo pelo Brasil, assim como temos a intenção de nas cidades que pararmos fazer uma grande festa, sempre transmitindo alegria e força para nosso jogadores.

Qual o objetivo da missão?

Torcer para o Brasil e documentar a torcida brasileira pelo país na atmosfera dos jogos de nossa seleção, sempre divulgando materiais por meio de diversas plataformas para que todos os torcedores possam acompanhar e curtir a nossa experiência

Veja abaixo o primeiro episódio do programa e acompanhe tudo pelo Facebook.

Felipe Piccoli

Felipe Piccoli é especializado em jornalismo esportivo desde 2008. Com passagens pela Rádio Bandeirantes e pelo jornal Marca Brasil, hoje ele é coordenador de reportagem da Band.

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