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“Writing’s on the wall”, tema de Spectre, tem o espírito e a grandeza de James Bond

Thiago Sievers Head de Parcerias

Hoje Sam Smith, cantor e compositor britânico, anunciou ao mundo que a música principal do novo filme de James Bond, Spectre, a ser lançado em 26 de outubro, está finalmente pronta. E não apenas anunciou, mas disponibilizou a faixa.

Por que Sam? Bem, porque ele que compôs (junto de Jimmy Napes) e cantou a música.

E como era de se prever, as opiniões na internet ficaram divididas. Alguns amaram, outros odiaram e muitos estão nem aí.

A real é que a “Writing’s on the wall”, nome da música, tem o espírito e a grandeza de James Bond.

É uma música que você ouve e consegue identificar que é de um filme do agente. A melodia das cordas fazem o papel da tensão dramática típica de suas obras (inclusive, é muito semelhante à melodia também feita por cordas na música do Garbage para O Mundo Não é o Bastante).

Ela tem uma pegada semelhante à de Adele, composta para Skyfall, com um arranjo que preenche nos momentos certos e traz um tom de imponência.

Nada de guitarra, baixo e bateria, como no caso de Chris Cornell (Cassino Royale, 2006), de Duran Duran (Na Mira dos Assassinos, 1985) ou de Jack White e Alicia Keys (Quantum of Solace, 2008). Ponto para Sam (e equipe, claro)! Na minha opinião, música com um arranjo muito pop, tipo pegada moderninha como essas, não combinam muito com Bond (para deixar claro, a de Tina Turner, para Golden Eye, não entra nessa lista. Espetacular!).

Tecnicamente a música é impecável. A voz do cantor está ótima. Sam demonstra toda sua versatilidade ao caminhar, com muita ousadia, pelo falsete. Eu, particularmente, não gosto desse recurso, mas compreendo a proposta artística, que foi executada com muita eficiência, e acho que casou perfeitamente com o arranjo criado.

O arranjo, aliás, é lindo demais. Para mim o ponto mais forte da música. Tem uma pegada minimalista no verso e na primeira parte do refrão, crescendo com a orquestra no pré refrão e na principal parte da canção, quando canta-se o nome da música. Isso tudo dá à composição um tom grandioso.

O final também é bem interessante. Seco e objetivo.

Acho que os caras acertaram na mão dessa vez. Passaram a mensagem e encontraram o espírito de Bond, mesclando a tradicionalidade do universo do agente com uma linguagem moderna.

E você, o que achou? Se ainda não ouviu, ouça agora: