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quarta-feira, maio 15, 2024
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5 livros coreanos que você precisa adicionar à sua estante

A literatura da sul-coreana tem conquistado cada vez mais espaço nas estantes de leitores ao redor do mundo. Seja por suas narrativas singulares, suas intrigantes abordagens culturais ou pela habilidade de mergulhar no âmago da experiência humana, esses livros oferecem janelas para um mundo complexo e fascinante. Aqui, vamos explorar cinco romances coreanos que não apenas oferecem um vislumbre do país, mas também expandem os limites do que a literatura pode alcançar.

Da árvore genealógica ao drama familiar: “Pachinko”, de Min Jin Lee

Inspirado na história dos imigrantes coreanos no Japão, “Pachinko” de Min Jin Lee é uma saga épica que se estende por gerações. Os desafios, paixões e lutas da família Baek, que imigra para o Japão em meio a um dos momentos mais turbulentos da história coreana, tornam-se um espelho da história tumultuada entre esses dois países. E, para os fãs de adaptações para as telas, a obra foi transformada em uma aclamada série disponível no Apple+, que conta com a atuação da estrela Lee Min Ho e leva a trama a um público ainda maior e mais diversificado.

A busca infindável: “Por Favor Cuide da Mamãe”, de Shin Kyung-Sook

“Por Favor Cuide da Mamãe”, de Shin Kyung-Sook, é mais do que apenas uma narrativa sobre uma mãe desaparecida e a busca de sua família por ela: é uma obra que se desdobra como uma meditação profunda sobre as complexidades das relações familiares na sociedade moderna. A história gira em torno de uma matriarca que sempre foi o pilar da família até desaparecer em uma estação de metrô em Seul, deflagrando uma série de emoções, remorsos e revelações por parte de seus filhos e marido.

Desafios da conformidade: “A Vegetariana”, Han Kang

“A Vegetariana”, de Han Kang, é uma obra poderosa que vai além da simples decisão de uma mulher de parar de comer carne. A protagonista, Yeong-hye, após um sonho perturbador, faz uma escolha pessoal que vai contra as convenções culturais e sociais: ela decide não comer mais carne. Em uma sociedade onde o coletivo frequentemente prevalece sobre o individual, a decisão de Yeong-hye é vista não apenas como um ato de desvio, mas quase como uma afronta. Sua escolha vegetariana não é apenas sobre dieta, mas sim uma rebelião contra as normas sociais rígidas e uma tentativa de reafirmar a autonomia sobre seu próprio corpo e mente.

Testemunho da brutalidade: “Atos Humanos”, Han Kang

Outra obra de Han Kang, “Atos Humanos” traz à luz o massacre de Gwangju em 1980. O livro revela a humanidade e inumanidade presentes em momentos de crise, mostrando a resistência do espírito humano em meio ao caos e à brutalidade.

A complexidade da mente: “Amêndoas”, Won-Pyung Sohn

Won-Pyung Sohn nos apresenta a Seon Woo – um jovem que vê o mundo de forma diferente devido a uma condição neurológica, a alexitimia, que causa a dificuldade em processar cognitivamente emoções, compreendê-las e agir de acordo com elas – e a amizade e irmandade que ele trava com um delinquente juvenil que, ao contrário dele, sente as emoções em excesso. “Amêndoas” explora o amor, a perda e a maneira como percebemos o mundo ao nosso redor. Uma leitura que desafia as percepções e questiona o que significa ser “normal”.

Quando as páginas ecoam na alma

Assim como a rica tapeçaria cultural da Coreia do Sul, os livros aqui apresentados oferecem uma gama de emoções, insights e reflexões. Eles não apenas nos permitem mergulhar na cultura e história coreanas, mas também refletir sobre nossa própria humanidade. De sagas familiares a introspecções profundas, a literatura coreana é uma viagem que todos deveriam embarcar.

Camila Nogueira Nardelli
Camila Nogueira Nardelli
Leitora ávida, aficcionada por chai latte e por gatos, a socióloga Camila escreve sobre desenvolvimento pessoal aqui no El Hombre.