Olivia Colman e Benedict Cumberbatch fazem do casamento um campo de batalha - e é justamente lá que encontramos a verdade
Ja imaginou uma comédia ácida que fala sobre relacionamentos, que além de divertir vai te fazer refletir? Pois é, tem uma nos cinemas, Os Roses: Até que a Morte os Separe. A trama acompanha Ivy — chef de cozinha cujo restaurante “decola” após uma tempestade — e Theo — arquiteto em decadência que perde tudo numa mesma noite. O cenário perfeito de família vai por água abaixo, revelando ressentimentos e pequenas sabotagens que transformam o cotidiano num campo de batalha.
Já conferimos Os Roses: Até Que a Morte os Separe e listamos 5 motivos (sem spoilers) que fazem dessa comédia um filme necessário para os dias atuais – seja você uma pessoa solteira ou casada!
Os Roses: Até Que a Morte os Separe sabe usar humor de múltiplas camadas — ora escrachado, ora visual, mas sempre com um teor inteligente. As piadas surgem naturalmente em situações comuns, em diálogos carregados de implicância e nos gestos exagerados dos personagens (principalmente de Ivy e Theo). Mas não se engane, esse humor é mais do que alívio cômico: funciona como lente crítica para pequenas “picuinhas” do relacionamento que quase todo casal reconhece. E grande mérito disso vem do roteiro de Tony McNamara, que consegue equilibrar sarcasmo e exagero com precisão, sem cair no óbvio do gênero.
Mesmo quando brigam sem parar, Ivy e Theo irradiam uma energia estranha, quase palpável. Colman traz uma Ivy afiada e ambiciosa, enquanto Cumberbatch encarna um Theo que alterna ressentimento e vulnerabilidade com timing refinado. Juntos, formam uma parceria que segura não só a narrativa, mas também são o centro gravitacional da trama. Certamente, sem a presença de Olivia Colman e Benedict Cumberbatch, Os Roses: Até Que a Morte os Separe não teria a mesma graça – e nem o mesmo impacto.
Embora baseado no romance de 1981 e no filme de 1989, Os Roses: Até Que a Morte os Separe não se prende ao passado. A produção ressignifica a ideia clássica para o hoje: inversão de papéis, competitividade profissional, redes sociais, relações abertas e tensões modernizadas convergem numa narrativa que dialoga com o presente. Talvez, esse seja o seu maior triunfo, pois consegue atualizar a história de uma forma ágil e interessante, para todos os públicos.
Além da dupla central, Os Roses: Até Que a Morte os Separe reúne nomes de peso! Andy Samberg e Kate McKinnon aparecem como amigos do casal, funcionando como contraponto cômico e trazendo frescor ao clima de tensão – além de situações constrangedoras. Ainda há Allison Janney em uma participação pra lá de inesperada, que consegue elevar o tom de humor e drama do filme – surpreendentemente, tudo na mesma escala do caos. Além disso, Jamie Demetriou, Zoë Chao, Sunita Mani e Ncuti Gatwa complementam o elenco com precisão, sendo peças essenciais dentro da trama.
O filme entrega um retrato que equilibra humor e desconforto: o casamento ideal afunda em ressentimento, sabotagem e competição, mas com uma pitada de absurdo cômico que faz rir e pensar ao mesmo tempo. É justamente essa mistura que dá peso à comédia — o humor rende, mas o desconforto é real. Com isso, Os Roses: Até Que a Morte os Separe rende um retrato ácido e – eficaz – da fragilidade do amor moderno.
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