fbpx
amnésia digital

Amnésia digital: será que você tem? 2 dicas para lidar com isso

Pedro Nogueira Editor-Chefe

E aí, senhores, Pedro Nog na área.

Essa semana li um artigo muito interessante sobre amnésia digital no portal “Melhor com Saúde”. Para resumir, é uma espécie de “atrofia” da memória. O nosso cérebro, em vez de guardar certas informações relevantes para a nossa vida, vai se habituando a memorizar onde essa informação está disponível na internet, em vez da informação em si.

(Ou seja, no Google, na maioria das vezes.)

Claro, as novas tecnologias são muito bem-vindas para a nossa vida. Eu mesmo sempre recomendo às pessoas que, antes de acreditar numa notícia que receberam pelo WhatsApp, pesquisem sobre o assunto no Google em 3 ou 4 fontes diferentes, para não perpetuar uma fake news.

Só que não dá para deixar o cérebro dependente demais da internet.

E eu admito que faço bastante isso quando dirijo. Eu abro o endereço no Waze e vou seguindo as instruções, sem prestar atenção no caminho que estou fazendo. Me concentro só nos outros carros e nas orientações do Waze.

Conclusão? Quando eu chego no lugar, muitas vezes nem sei como cheguei lá, em termos de trajeto. Se eu tiver que ir de novo depois de uma semana, não faço ideia de como voltar, então acabo ficando dependente do Waze.

Por tabela, isso me gera (muita) ansiedade de ficar sem o celular no carro, porque me acostumei tanto a chegar nos lugares com a ajuda do Waze que me perco facilmente sem a ajuda dele.

Voltando à amnésia digital, bora refletir sobre o efeito disso?

  1. Não nos esforçamos para memorizar as coisas;
  2. O nosso cérebro acaba sendo menos estimulado;
  3. Deixamos de desenvolver novas conexões neurais;
  4. A nossa inteligência geral acaba sendo prejudicada.

Beleza, mas como lidar com isso? Tenho duas sugestões. Uma delas é cultivar mais o mindfulness na vida. Ou seja, a “atenção plena”, que significa se concentrar 100% no que você está fazendo, sem se deixar distrair por pensamentos aleatórios ou pelas notificações do celular.

Temos um artigo sobre mindfulness aqui no El Hombre com várias dicas de praticá-lo no dia a dia. Vale a pena dar uma olhada.

Outra ideia é ter um diário de bordo. Você pode anotar ideias e informações, ao longo do dia, que você considerar importante para a sua vida, já que o hábito da escrita ajuda a fixar as coisas na memória; ou então deixar para escrever no diário à noite, antes de dormir, sobre os acontecimentos mais relevantes do dia, para exercitar o poder da sua memória.

(Neste outro texto do El Hombre temos boas dicas de como fazer o seu diário.)

Cultivando esses dois hábitos em paralelo — do mindfulness e do diário de bordo — você certamente conseguirá reduzir no seu cérebro os efeitos prejudiciais da amnésia digital.