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Carro novo ou usado: o que comprar?

O fim de ano chegou e com ele veio o tão esperado 13º salário! É a hora de zerar as contas (e começar algumas novas também), comprar presentes de Natal para todos e se possível guardar algum dinheiro para começar o ano novo com uma reservinha.

Alguns já contam com essa bem vinda injeção de capital para aumentar a poupança que vai financiar o sonho do carro novo. E com o mercado cada vez mais cheio de opções e oportunidades, impossível não cair naquela imensa dúvida cruel:

E agora, compro um novo ou um usado?

Veja bem, são muitos os fatores que contribuem para a escolha do carro: dinheiro, gosto pessoal, necessidade, etc. Levar em conta todos esses aspectos na hora da procura é que complica.

Muitas vezes acabamos por sucumbir à paixão e deixamos todos os critérios lógicos de lado. Em outras, fazemos o contrário e depois ficamos com aquele sentimento de dúvida pensando se poderíamos ter feito uma escolha melhor. A “angústia” nesses casos é inevitável.

Portanto, longe de querermos definir uma receita de bolo ou algo assim que funcione para todo mundo, montamos uma lista geral e objetiva sobre o assunto, evidenciando o que é mais pertinente para ajudar você nesse momento de dúvida.

Então vejamos:

CARRO NOVO

Legal! Você pensou bem e decidiu que vai levar um modelo novinho para casa. Parabéns! Poucas coisas no mundo são tão bacanas quanto o cheirinho de carro novo. É hora de comemorar a sua conquista.

Vamos então avaliar quais fatores devem ser considerados nesta opção:

  • Seguro

Carros novos pagam seguros mais baratos. O valor do seguro é um ponto muito importante a ser considerado no momento da compra. Por padrão, as seguradoras praticam valores mais camaradas para veículos novos, pelos mesmos motivos que as financeiras oferecem taxas melhores para o CDC: renovação da frota.

O governo oferece incentivos nessas áreas para aquecer a economia, mantendo assim o consumo em alta.

  • Licenciamento

A burocracia necessária para licenciar um veículo novo é anos-luz mais simples do que no caso de um veículo usado. Primeiro porque você não se precisa se preocupar com “antecedentes” desagradáveis que às vezes só aparecem no momento da transferência. Além do mais, as lojas costumam arcar com todo o trabalho da papelada por meio de profissionais próprios.

  • Economia

Tome cuidado com a velha máxima que diz que “carro novo economiza porque não dá manutenção”. Isso não é bem uma verdade. Quem pensa que vai gastar zero com seu novo bólido esquece que existem as revisões programadas que também custam dinheiro (e algumas são bem caras).

Não fazer as revisões oficiais diminui em muito o valor de revenda de seu carro. Em uma negociação, este é um dos primeiros itens a ser levado em conta.

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  • Depreciação

Tenha em mente que carros novos sofrem de uma coisa chamada depreciação. Portanto, nunca baseie sua escolha como se o seu carro fosse um investimento ou algo assim. Entenda que na compra de um zero, você sempre vai “perder” dinheiro quando for renegociá-lo.

Assim que eles rodam para fora da loja, já estão valendo de 10 a 25% menos. E quando mais caro o modelo, maior sua depreciação. Justo ou não, é um fato de mercado e temos de lidar com isso. Portanto, lembre sempre que para a compra valer a pena – pelo aspecto financeiro – é recomendável usar o carro por no mínimo 3 anos.

  • Modelos

Claro que gosto não se discute, mas ao optar por um carro novo, priorize os modelos que já estão consolidados no mercado. Se o apelo emocional puder ser controlado, procure não optar por lançamentos, mesmo que de marcas conhecidas.

É sabido que todo modelo que “debuta” em nosso mercado tem como “testador” final o consumidor e não raro eles acabam apresentando problemas que não foram previstos pela área de projetos e por este motivo acabam tendo que voltar mais vezes para a loja.

Não significa que os recalls (como são chamadas essas convocações em massa para consertos de veículos) seja uma exclusividade de modelos recentes – mas eles são sim maioria nessa estatística.

  • Garantia

Outra exclusividade dos veículos novos é a garantia da fábrica – que em alguns casos chega a até 6 anos. Lógico que nem sempre o consumidor consegue utilizar esse serviço da forma mais fácil, mas mesmo assim é uma grande vantagem que precisa ser considerada.

Algumas montadoras inclusive bancam o seguro do veículo por um tempo determinado. Com o mercado ficando cada vez mais competitivo, pipocam por aí dezenas de ofertas como esta.

CARRO USADO

Você pesquisou e optou por um modelo seminovo, mais em conta e mais completo? Bacana, saiba que muitos consumidores escolhem esse caminho. Saiba então o que devemos levar em conta nesse caso:

  • Seguro

O seguro de carros seminovos costuma ser mais caro do que o dos veículos novos. O motivo, como vimos, está explicado logo acima. O comércio de usados diminui o volume de negócios das montadoras e isso não interessa muito aos empresários e ao governo.

A verdade é que, este ano, a venda de carros novos caiu quase 15% em relação ao ano anterior por motivos como a disparada do dólar, a queda do IPI e tudo o mais. Logo, o mercado de usados nunca esteve tão aquecido.

  • Modelo

Ao optar por um modelo mais antigo, pode-se escolher adquirir carros melhores, mais equipados e mais potentes pela mesma quantia que seria despendida em um popular básico. Modelos mais sofisticados tendem a ser muito mais duráveis e, se estiverem com a manutenção em dia, podem render muitos anos de bom uso.

Ao escolher, cheque sempre se as revisões foram feitas corretamente e, se possível, carregue um mecânico com você para avaliar o possante. Aqui, neste cenário, o fator depreciação joga a favor do consumidor.

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  • Procedência e quilometragem

Duas palavras de ordem nunca devem ser esquecidas quando se trata de negociar um usado: procedência e quilometragem. Dê preferência sempre para os automóveis com placas do seu estado (carros de outros estados geralmente trazem encrenca junto). Se o ex-dono for alguém conhecido, melhor ainda.

Revendas de grandes marcas também são boas opções porque costumam aceitar apenas seminovos de qualidade. Não significa que não se possa achar um bom negócio em uma loja pequena, mas a probabilidade é menor.  Desconfie sempre de carros com quilometragem baixa demais. A média de rodagem é de 10.000 km para cada ano de uso.

  • Garantia

Automóveis usados não dispõem da vantagem da garantia, como é o caso dos novos. No entanto, algumas lojas oferecem três meses para problemas no motor e/ou na transmissão. Lojas maiores oferecem prazos mais esticados, mas obviamente, nada que chegue perto dos prazos de um zero.

  • Manutenção

Nesta opção também vale a máxima do custo de manutenção que explicamos anteriormente. Neste cenário, não temos o custo das revisões, mas, em contrapartida, é interessante levar o carro em uma boa oficina logo após a compra e investir em um trabalho de revisão geral nele.

Dessa forma, gasta-se apenas uma vez com uma manutenção grande que vai lhe garantir segurança por muito tempo. Esse investimento pode acabar não saindo assim tão em conta, mas ainda é muito mais barato do que arcar com revisões periódicas.

  • Paciência e cautela

A época de final de ano é uma das melhores para se fazer negócios nesta área. Muita gente está trocando de carro e não é raro encontrar opções de modelos com baixíssima quilometragem e pouquíssimo uso por preços atraentes. A palavra de ordem aqui é paciência e cautela. Se a procura for feita com cuidado, não há motivos para se preocupar.

Enfim, amigos, eis aí as dicas básicas para quem decidiu ir às compras neste final de ano. Acredito que valem tanto para aqueles que vão adquirir seu primeiro amigo de 4 rodas quanto para os que estão trocando o seu parceiro que já está ficando velho.

A grande dica é, na verdade, a mais simples: é importante, sim, se preocupar em fazer uma boa escolha, mas se divertir durante o processo experimentando, testando e conhecendo as opções é sempre fundamental.