fbpx
calvicie
calvicie

Como lidar com a calvície

Thiago Sievers Head de Parcerias

É verdade que os homens não ligam tanto para o cabelo quanto as mulheres, mas quando o espelho teima em mostrar a dura realidade da escassez dos fios no topo da cabeça, não há marmanjo que não trema na base.

Dados de uma pesquisa realizada em 2007 pela empresa Ipsos com homens e mulheres de classe A e B, com idades entre 25 e 55 anos, e pessoas que usam medicamento para queda de cabelo demonstram o porquê desse receio quase arquetípico: as pessoas associam o cabelo primeiramente a aspectos que envolvem a autoestima, como beleza, vaidade, estética e apresentação pessoal. Segundo o estudo, os homens consideram o cabelo como um recurso necessário para a uma boa apresentação pessoal. O formato, cor ou estado do fios não importa — o que importa é tê-los em condições apresentáveis. E, ao que tudo indica, a calvície não é considerada uma condição apresentável.

Caso você ainda não tenha experimentado a amargura da situação, é bom estar preparado: de acordo com a Organização Mundial da Saúde, metade da população experimentará algum nível de calvície até os 50 anos, número que só tende a aumentar com a idade. Contudo, o fenômeno pode ocorrer ainda no auge de nossa forma física. Segundo informações do site do Senado, estudos mostram que 10% dos casos de calvície aparecem antes das pessoas completarem 20 anos de idade e até 30% dessas situações ocorrem na década áurea de nossas vidas: dos 20 aos 30 anos. É justamente essa realidade que faz nossas pernas bambearem.

Ok, nem todos temem a falta de cabelo dessa forma – há aqueles raros que aceitam o fato e adaptam sua aparência a ele sem grandes eventos emocionais. Mas para todos os outros as alternativas são os diversos tratamentos existentes.

O mais famoso deles é o uso do medicamento finasterida, que, em novembro do ano passado, foi alvo de uma pesquisa do Journal of Sexual Medicine. Os resultados foram um tanto impactantes: 20% das pessoas que usavam a droga apresentavam disfunções sexuais havia seis anos ou mais, o que, segundo os pesquisadores, sugere que a disfunção seja permanente. Os efeitos do medicamento são tão graves que existe até um site que hospeda um fórum para homens que sofrem de efeitos colaterais sexuais, mentais e físicos da finasterida, que envolve problemas com a ereção e com a consistência e quantidade do esperma.

Como a calvície está relacionada ao testosterona, é mais comum ocorrer em nós, homens. Ela é caracterizada pelo afinamento progressivo dos fios de cabelo – e não pela queda deles. Acontece que esse afinamento progressivo culmina no atrofiamento do bulbo capilar, que deixa de produzir fios de cabelo deixando a careca à mostra. Uma vez que a pessoa fica careca, o único tratamento existente é o implante. Por isso, o ideal é procurar um médico assim que identificar o afinamento capilar a fim de realizar um tratamento preventivo.

Quando o componente genético do indivíduo favorece a queda precoce dos fios de cabelo, o tratamento é preventivo e a base de medicamentos. Segundo o médico e professor de dermatologia Luiz Carlos Cuce para o site do Dr. Drauzio Varella, “as medicações existente no mercado devem ser tomadas por longos períodos com pequenos intervalos entre eles, porque parou, o cabelo torna a cair”. E ele finaliza: “Quando o peso da carga genética é alto, geralmente se consegue retardar o processo, mas não se consegue obter a cura total.”

É importante não se automedicar. Não compre remédios sem antes visitar um médico e não tome hormônios por conta própria. Os resultados podem ser desastrosos: muito pior do que uma careca reluzente é uma mama desenvolvida.

Para a calvície temos, portanto, dois tipos de tratamento: o clínico (medicamentos) e o cirúrgico (implante). Além disso, alguns hábitos podem ajudar na prevenção à perda de cabelo. Um exemplo é uma boa alimentação, que é relevante no assunto. Outros exemplos, que ao invés de prevenir favorecem a calvície, é o uso frequente de bonés e chapéus, a utilização de secadores e chapinhas e o estresse emocional. Pois é, Cuce esclarece que alopecia areata (perda de pelos em áreas determinadas da pele) está relacionada a problemas autoimunes que resultam da tensão emocional.

Mas se tudo isso parece muito trabalhoso para você, o texto do nosso colunista de moda Eduardo Lautert tem dicas para que você assuma de vez a calvície com estilo.