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Crítica | Layton, de Parfums de Marly: um PF feito por um chef

Criadora do Layton, a Parfums de Marly é uma casa de perfumaria de nicho francesa, cujo nome origina-se do chatô de Marly. Era lá onde o Rei Luis XV apreciava seus cavalos, uma de suas paixões. A sua outra paixão era a perfumaria, que inclusive originou a corte perfumada, que diziam tomar conta do ambiente com seus perfumes mais extravagantes.

Layton é uma das fragrâncias mais populares no mundo dos perfumes de nicho, sendo o carro chefe da maison. O nome vem de uma linhagem puro-sangue muito popular nas corridas de cavalo e tenta recriar o esplendor do século XVIII.

Simples e magnífico

Uma das ideias mais estereotipadas da perfumaria de nicho é a singularidade das fragrâncias e o desafio que a maioria delas impõem. Como são perfumes criados com uma finalidade muito mais artística e liberal, sem a intenção de cair no gosto das grandes massas, as obras acabam sendo bem diferentes dos perfumes designers habituais. Mas existem ótimos exemplos de que nem todos são, de fato, desafiadores.

Layton entrega um DNA muito comum na perfumaria: maçã, baunilha e especiarias. A lista de perfumes que possuem algum traço dessas características é grande: Toda a linha Eros da Versace, Ferrari Black, Hugo Boss Bottled tradicional e intense, 212 sexy men… não é um cheiro tão exclusivo assim.

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Contudo, mesmo com a familiaridade dos compostos, o Layton consegue se sobressair com facilidade e desenvoltura. É bastante simples, agradável e, de certo modo, até comum. Mas a aposta na criação de algo excepcional com um nível de agradabilidade alto torna-o bastante especial.

Prato Feito de um Chef renomado

A melhor analogia que pode ser feita a respeito do Layton é que ele é tão simples quanto um prato feito, servido nos mais diversos restaurantes do Brasil. Porém, ele é preparado por um Chef Michelin, a mais alta premiação da gastronomia. Ainda que você vá comer arroz, feijão, farofa, fritas, salada e um bife, vai ser o melhor de todos que você comerá na sua vida.

Layton entrega na simplicidade da sua fragrância, um cheiro muito atraente e com uma qualidade incrível: A baunilha suavemente adocicada que junto do cardamomo, ganha uma faceta licorosa, quente e um pouco picante. Tem uma suave leveza e frescor na saída com uma pitada cítrica e com lavanda, unidos a uma maçã suave e um pouco cítrica. Ela permanece junto da baunilha e do cardamomo até o final, quando surge um leve amadeirado seco e um pouco cremoso do sândalo. Simples e muito efetivo.

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Coringa e versátil

Por ser algo alcançável e agradável, a gama de possibilidades de uso dele é imensa. Do outono até a primavera, durante o dia ou a noite, é um perfume que casa muito bem com casual e social. Não é exageradamente doce e nem discreto, tudo vem na medida certa. Também é um ótimo perfume para noitadas, bares e baladas, como é elegante e sofisticado o suficiente para um casamento ou batizado, por exemplo.

A performance dele é bem grande, com uma fixação que ultrapassa 10 horas facilmente e uma projeção moderada para alta. Não chega a ocupar um ambiente, mas você definitivamente não passará batido.

Só não é uma fragrância para um calor tórrido, visto que sua doçura e quentura descarrilam em temperaturas elevadas, deixando-o enjoativo e exagerado, invasivo, e por algum motivo, a performance dele numa temperatura muito elevada é bem inferior. É feito para brilhar de fato no clima ameno.

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