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A diferença entre times da Série A e B? Apenas a folha salarial

Por trás das quedas de São Paulo, Internacional e Fluminense na Copa do Brasil, há uma verdade doída para o futebol brasileiro. Elas evidenciam um mal: a modalidade mais popular do país está equilibrada com nível técnico muito baixo. Esta tese, já apresentada muitas vezes, está cada vez mais clara.

Trago, portanto, um questionamento: o que um time da Série B ou C tem de diferente de clubes da Série A?

E já apresento a resposta: apenas a folha salarial e as condições de trabalho. Dentro de campo a história é mesma.

O Bragantino, brigando atualmente para não cair para a Série C, eliminou, com certa facilidade, o Tricolor do Morumbi, postulante ao título mais importante do cenário nacional, o Brasileiro.

Grandes times têm, sim, bons jogadores. Entretanto, eles não conseguem melhorar o rendimento e o nível técnico dos clubes, pois são exceções no elenco. Além disso, alguns já são rodados e outros quase estão de “férias” no futebol brasileiro, como é o caso de Kaká e Robinho.

Sou radical, sei disso, mas vejam se estou muito errado no meu pensamento. Acredito que, por exemplo, caso todos os atuais jogadores do Bragantino fossem trocados pelos do São Paulo, com exceção de Kaká e Luis Fabiano, o time renderia o mesmo que a equipe atual de Muricy Ramalho.

Os jogadores do interior paulista, com boas condições de trabalho, sem os salários astronômicos que os clubes grandes oferecem, teriam até mais empolgação, sem acomodação, e conseguiriam render o mesmo que Pato, Ganso e companhia em campo.

Muitos atletas vivem da fama passada de boas atuações. A qualidade entre esses e aqueles jogadores é semelhante. É a mesma farinha em um saco diferente, apenas mais glamouroso.

Mais que isso: todos os times, seja da Série C, B ou A, jogam um futebol parecido no que se diz respeito ao esquema tático. Não há inovação ou espaço para criatividade. Todos os jogos são iguais, com ressalvas para alguns com mais emoções pela quantidade de gols, estes gerados, porém, por erros técnicos primários de zagueiros e sistemas defensivos.

O que quero dizer é que estamos vivendo o retrato do mau preparo do futebol brasileiro em todas as esferas,  resultando assim em um dos campeonatos nacionais mais fracos de todos os tempos.

Perdi, ao menos por enquanto, o tesão de ver inúmeras partidas do nosso futebol na televisão. Cansei de ver o mesmo fraco futebol.