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O que faltou à Seleção? Aulas de poker

Pedro Nogueira Editor-Chefe

A Seleção Brasileira de 2014 não é das melhores da história, especialmente com as ausências de Neymar e Thiago Silva.

Mas sejamos honestos?

Também não é tão ruim assim, a ponto de merecer uma goleada destas da Alemanha.

O que explica, então, o massacre que sofremos no Mineirão?

Quem pratica o pôquer sabe: o tilt.

Este é um velho conhecido de quem joga cartas e, nos clubes brasileiros, atende também pelo nome de “se queimar”.

Tentarei explicar da maneira mais resumida possível: é quando você amarga um revés inesperado e, logo depois disso, sofre um apagão mental, se afundando como uma âncora em alto mar.

Foi exatamente o que aconteceu com o Brasil hoje.

Depois de sofrer um gol aos 10 minutos de jogo, ao vacilar num escanteio, o time tiltou.

Resultado?

Tomou mais 4 num intervalo de 6 minutos. Depois vieram mais.

O que faltou para a Seleção hoje não foi apenas estratégia ou técnica — mas psicológico.

Uma das primeiras lições que um jogador de pôquer aprende é a controlar o tilt. É uma necessidade vital. Sem isso, você ganha fichas a noite inteira e, em questão de minutos, joga tudo fora.

Se a comissão técnica tivesse promovido aulas de pôquer para o time, a história poderia ter sido diferente hoje.

A derrota, talvez, não fosse evitada.

Mas sem dúvida não seria tão vergonhosa assim.

O pôquer hoje é aceito, internacionalmente, como um jogo que ensina lições para os negócios, relacionamentos e muitos outras esferas da vida.

A prova é que universidades como Harvard, Yale e o MIT o lecionam em sua grade curricular.

Não tenho propriedade para criticar a convocação, escalação ou esquema tático do Felipão.

Mas de algo tenho certeza: se ele conhecesse o Texas Hold’em, não teríamos sofrido a humilhação de hoje.