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Nostalgia: os 20 melhores jogos de Nintendo 64 para matar a saudade

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Para dar início à nossa nova coluna de games no El Hombre, vamos falar sobre os melhores jogos do Nintendo 64.

Todo jovem dos anos 1990 certamente deve ter tido algum console daquela geração.

Nesse período, tínhamos a disputa entre os consoles de 16-bit: o Super Nintendo (SNES) e seu rival direto, o Sega Genesis (este último comercializado como Sega Mega Drive em nosso país). Simultaneamente, tínhamos outro console da Sega que fazia sucesso no Brasil, o Sega Master System (que, por incrível que pareça, até os dias mais atuais, sua produção pela TecToy não cessou no país).

Na mesma década, entram outros dois consoles da quinta geração de vídeogames de 32-bit: o complexo Sega Saturn (que não ficou muito conhecido entre o público brasileiro) e o altamente popular e conhecido console de estreia da Sony, o PlayStation (que nasceu, em realidade, de uma negociação frustrada da Nintendo e da Sony de criarem um periférico para o SNES). Ambos os consoles já haviam abandonado o formato de cartuchos – presentes nas gerações anteriores.

Em junho de 1996, a Nintendo dá um salto, e lança ao mundo o primeiro console verdadeiramente de 64-bits: o Nintendo 64.

Sendo um divisor de águas entre os fãs da Nintendo, seja pelo seu controle não-convencional, pelo pequenino número de títulos disponíveis até o fim do seu ciclo de vida (apenas 393), ou pela continuidade do uso de cartuchos em uma geração que já havia abandonado essa mídia, é incontestável que o console tenha deixado um eterno legado com muitos jogos citados até hoje como os melhores de todos os tempos.

Nesta lista, listaremos os 20 melhores jogos do Nintendo 64 (e dignos de serem revisitados, ou jogados pela primeira vez).

Como 20 é um número pequeno, vale ressaltar que muitos jogos excelentes ficarão de fora, então não esqueça de citar alguns dos quais possui boas lembranças nos comentários.

  1. The World Is Not Enough
  2. Body Harvest
  3. Resident Evil 2
  4. Doom 64
  5. Star Fox 64
  6. Mario Party 2
  7. Donkey Kong 64
  8. Conker’s Bad Fur Day
  9. Turok: Dinosaur Hunter
  10. Mario Tennis
  11. Pokemón Stadium 2
  12. Banjo-Tooie
  13. Super Smash Bros
  14. Banjo-Kazooie
  15. The Legend Of Zelda: Majora’s Mask
  16. Mario Kart 64
  17. Perfect Dark
  18. Goldeneye 007
  19. Super Mario 64
  20. The Legend Of Zelda: Ocarina Of Time

20# THE WORLD IS NOT ENOUGH

Suceder o clássico GoldenEye 007 da Rare como próximo jogo de James Bond a ser lançado para o Nintendo 64 deve ter sido uma tarefa extremamente complicada para os desenvolvedores da Eurocom.

The World is Not Enough deve ser mencionado e considerado como a única “continuação” do clássico GoldenEye 007, visto que os jogos de James Bond posteriores a esse mudaram muito sua fórmula. Apesar de uma inteligência artificial inferior, e de fases mais simplistas, “TWINE” mantém várias características derivadas de GoldenEye como múltiplos objetivos (dependendo da dificuldade a ser jogada), fases muito bem baseadas na versão do filme (e algumas que expandem o universo do mesmo), e o mesmo sistema de mira e controle.

Além disso, possui alguns pontos superiores em relação ao clássico da Rare, como um multiplayer mais customizável, e muitas linhas de diálogo gravadas. Uma pena Pierce Brosnan não ter sido chamado para gravar suas falas, e terem colocado um imitador em seu lugar.

19# BODY HARVEST

Não sendo um dos jogos mais conhecidos do N64, Body Harvest ficou como um título obscuro no catálogo do Nintendo 64. O motivo? Muito provável que por ter sido lançado 2 meses antes de Zelda.

Body Harvest trata-se de um um híbrido de ação-aventura e third-person shooter, contendo elementos de exploração e mundo aberto (em uma época em que jogos de mundo aberto eram quase que intangíveis). Além disso, foi desenvolvido pela DMA Design, hoje conhecida como Rockstar North – isso aí, a mesma desenvolvedora que lhe trouxe a extremamente popular franquia Grand Theft Auto pouco tempo depois.

E não é de se surpreender, pois embora o jogo seja um shooter de ficção-científica com foco na eliminação de alienígenas, vários elementos de GTA estão presentes aqui, como uma ampla quantidade de veículos para serem utilizados (e todos com nomes!), armas, possibilidade de entrar em diversos edifícios, e ainda uma variedade de ambientações.

É um “GTA para Nintendo 64”? Não, mas o mais próximo que encontrará em 3D no console da Nintendo. Vale muito a pena conhecer o jogo e seu legado histórico.

18# RESIDENT EVIL 2

Resident Evil 2, o clássico game de survival-horror da Capcom, recebeu muitas conversões ao longo dos anos, até o lançamento de um remake completo recentemente.

Mas sua versão para o Nintendo 64 se destaca pelo fato da Angel Studios (responsável por essa adaptação) ter conseguido compactar dois discos inteiros da versão de PlayStation para um cartucho de 64MB do console da Nintendo. Praticamente tudo está aqui: as cutscenes em vídeo (ainda que em qualidade inferior), as duas campanhas de Claire e de Leon inteiras, e conteúdo exclusivo apenas para a versão de N64, como a inclusão de um estilo de controle inteiramente novo para aqueles que não gostam dos controles originais, e ainda os “EX Files”, que expandiam o universo da franquia, aumentando o escopo do game.

Uma tristeza muito grande ser praticamente o único survival-horror “real” disponível para o console, e o único Resident Evil disponível para o mesmo.

17# DOOM 64

Ao contrário do que muitos pensam, Doom 64 não é uma mera conversão do primeiro jogo que definiu os jogos de tiro em primeira pessoa, mas sim uma continuação direta de Doom 2, com fases inteiramente novas, e um enredo singular.

Com um visual mais escuro (e talvez até mais “assustador”), o abandono total da trilha sonora de heavy metal clássico em favor de um som mais industrial e climático para combinar com sua ambientação, mantém a mesma jogabilidade original.

Foi relançado oficialmente para as novas plataformas ano passado e, independentemente de qual seja a plataforma, recomendo muito que experimente este outro clássico!

16# STAR FOX 64

Subjetivamente, devo confessar que nunca fui muito fã da saga Star Fox, ou de jogos do mesmo gênero. Mas seria muito injusto não incluir na lista este clássico game.

Star Fox 64 é o segundo jogo da série, sendo um grande salto do primeiro Star Fox lançado para o Super Nintendo. E embora muitos não saibam, o jogo é um reboot da franquia, e o primeiro game para o console a fazer o uso do Rumble Pak, o primeiro acessório de consoles caseiros que permitia que seu controle vibrasse. Posteriormente, a Sony incorporou em seu joystick a função de “tremer” no chamado DualShock.

Star Fox 64 recebeu muitos anos depois um remake para Nintendo 3DS, intitulado de Star Fox 64 3D.

15# MARIO PARTY 2

O Nintendo 64 tinha um grande foco em jogos de “multiplayer de sofá” em uma época que a internet estava se descobrindo, e era necessário utilizar uma conexão discada para jogar Quake no computador.

Dito isso, devo confessar que pensei muito em qual dos três games da franquia Mario Party lançados para o N64 deveria incluir. Mas Mario Party 2, desenvolvido pela Hudson Soft, assume o lugar por ser o mais balanceado entre os três em termos de tabuleiros e minigames.

Além disso, é até hoje o único game da franquia em que os personagens se vestem de acordo com a temática do tabuleiro (que lindo!), como no clássico tabuleiro Western Land, o tabuleiro do velho-oeste em que todos viram xerifes.

Com um valor replay infinito, é até hoje uma maravilha de se jogar entre 2-4 pessoas, é um clássico eterno, e talvez o título máximo em termos de jogos de tabuleiro/party.

14# DONKEY KONG 64

Sendo o primeiro jogo da Rare desta lista, Donkey Kong 64 foi um imenso “choque” quando foi lançado. Não somente porque foi o primeiro jogo da série Donkey Kong a fazer transição completa para o universo 3D, mas pelas imensas fases, jogabilidade intricada, e gráficos maravilhosos.

Para muitos fãs da franquia, não é tão saudoso como a trilogia Donkey Kong Country lançada na plataforma anterior da Nintendo, mas é considerado um fan-favorite, em especial pelos fãs da era de ouro da Rare.

Críticas ao jogo foram direcionadas ao fato de ter muito itens que necessitam ser coletados para progredir no jogo, e vários momentos em que o jogador precisava fazer backtracking (o ato de ter que voltar para alguma fase que já foi “passada” para completar algum objetivo remanescente).

13# CONKER’S BAD FUR DAY

O segundo jogo da Rare a entrar nessa lista tinha que ser Conker’s Bad Fur Day.

Conker foi o último game da empresa lançado para a plataforma e, poucos anos depois, recebeu uma remasterização censurada para o primeiro Xbox (isso mesmo, a versão para Nintendo 64 não possui a censura da remasterização).

Muito diferente dos jogos mais “fofos” da Rare lançados anteriormente, o jogo inclui conteúdo sexual, um protagonista alcoólatra, muito palavrão, e até temas escatológicos. Historicamente falando, nota-se que o jogo teve como grande influência as trends de sua época, como South Park, e faz paródia a filmes clássicos como The Matrix, A Clockwork Orange, Aliens e The Terminator.

Em termos de jogabilidade, é bem diverso: possui muito menos backtracking e uma linhagem mais linear que os outros títulos da Rare (não que isso seja algo ruim), puzzles, um excelente componente multiplayer, e praticamente todo o jogo dublado (típico entre os jogos finais lançados para o console). Ainda fico surpreso como isso tenha saído para o Nintendo 64 com a autorização da Nintendo, mas uma boa relação entre as empresas, e a quantidade de títulos de alta qualidade lançados pela Rare devem explicar sua “autorização”.

12# TUROK: DINOSAUR HUNTER

Dos quatro Turoks lançados ao N64, optei por colocar o primeiro da franquia na lista, embora todos sejam excelentes jogos. O segundo jogo, Turok 2: Seeds of Evil, é considerado superior por muitos, e com razões muito sólidas, mas com um framerate baixíssimo (com números registrando até menos de dois dígitos), e fases excessivamente longas que podem deixar o jogador confuso, tornam difícil de inclui-lo nessa lista em retrospecto.

Em Turok: Dinosaur Hunter, tudo é diferente: o jogo roda de maneira fluída e rápida do começo ao fim e, embora as fases sejam mais simples que o primeiro, isso não é algo ruim.

É também um dos primeiros títulos para o N64, e o primeiro jogo de tiro em primeira pessoa desenvolvido para o console, numa época em que a empresa Acclaim se encontrava em uma situação financeira difícil devido sucessivos lançamentos de qualidade medíocre.

Com o lançamento de Turok: Dinosaur Hunter, o jogo foi um sucesso de vendas instantâneo e, assim como o segundo, recebeu recentemente um relançamento para os consoles da nova geração.

11# MARIO TENNIS

Enquanto o Nintendo 64 carecia de jogos de RPG (que eram um ponto forte de seu rival, o PlayStation), existem muitos títulos de esportes memoráveis no console da Nintendo.

Mario Tennis, desenvolvido por uma empresa convocada para a Nintendo para o desenvolvimento do jogo, a Camelot Software, é considerado por muitos o melhor título da série até hoje.

Com uma jogabilidade divertida e fácil de se aprender, é um dos melhores jogos multiplayer do console para jogar com outros três amigos. Além disso, o jogo conta com a primeira aparição do fan-favorite Waluigi, e a primeira aparição em 3D da Princesa Daisy. E, acredite: é um jogo muito bom, mesmo.

10# POKEMÓN STADIUM 2

Mesmo não sendo grande fã dos jogos da franquia Pokémon, o Pokemón Stadium 2 é divertidíssimo. É uma boa mistura de estratégia, RPG, e Party. Possui gráficos lindos para o console, e uma centena de pokémons para serem escolhidos.

Além disso, é mais um jogo de fácil apredizagem: pela sua fórmula turn-based, fica fácil escolher qual poder para atacar o adversário. Isto é, seja no modo de um jogador, ou contra algum amigo, esse é mais um dos maravilhosos jogos do pequeno – mas excelente – catálogo de jogos da plataforma da Nintendo.

9# BANJO-TOOIE

Banjo-Tooie (“Tooie” é uma brincadeira com a palavra “two”) é a continuação direta do famoso jogo de plataforma Banjo-Kazooie da Rare.

Estranhamente, é um quase que meio-termo entre Donkey Kong 64 (pelos níveis extremamente complexos de tamanho e texturas a ponto de fazer o N64 rodar ele mais “lento”), e de Conker’s Bad Fur Day (não em relação ao conteúdo “apelativo”, mas sim pelo diálogo menos infantil/mais maduro, com um humor britânico sofisticado, e isso fica notável logo de início, já que Kazooie está mais debochada do que nunca).

Mumbo-Jumbo (a caveira) agora é um personagem jogável e imperativo para a continuidade das fases, e diferentemente do primeiro (que era mais linear), nota-se claramente uma natureza de mundo aberto aqui.

E este é mais um daqueles jogos em que se debate se o segundo é realmente melhor que o primeiro, mas suponho que seja uma questão inteiramente subjetiva.

8# SUPER SMASH BROS

O primeiro da famosa franquia.

Qual era o conceito de Super Smash Bros? Muito simples: criar um jogo de luta com cenários diversos, com todos os principais personagens da Nintendo, dentre os quais podemos destacar: Mario, Link (The Legend of Zelda), Ness (EarthBound/Mother), Pikachu (Pokémon), Fox (Star Fox), Captain Falcon (F-Zero), Samus (de Metroid, sendo essa sua única aparição no N64).

O jogo de estréia da série tinha apenas 12 personagens, sendo que quatro eram desbloqueados após o jogador completar determinados objetivos. Talvez SSB tenha sido a resposta da Nintendo para jogos de luta daquele período, como Tekken.

7# BANJO-KAZOOIE

Banjo-Kazooie (“Banjo” sendo o urso, e “Kazooie” sendo a ave) é um dos primeiros jogos do universo 3D em que o jogador tinha controle de dois personagens ao mesmo tempo.

Enquanto Banjo é controlado on-foot, Kazooie realizava outras ações estando na mochila de Banjo, como atacar inimigos, ou destruir determinados objetos.

É um jogo de plataforma clássico, aos moldes de Super Mario 64, mas com o componente clássico dos jogos da Rare que você já conhece: coletar os mais diversos itens para progredir no jogo. Se é fã de jogos de plataforma, tenho certeza que esse está na sua lista dos seus favoritos.

6# THE LEGEND OF ZELDA: MAJORA’S MASK

Um divisor de águas, Majora’s Mask também teve a difícil tarefa de ser o sucessor de Ocarina of Time.

E como ele é? Bem, o jogo se parece muito com seu antecessor tratando-se do core da jogabilidade de um segundo Zelda em 3D. Mas existem uma série de diferenças que precisam ser assinaladas aqui.

“MM” possui um enredo mais sombrio, no qual Link precisa evitar a colisão de uma lua muito assustadora com a pequena cidade de Termina, um mundo paralelo ao de Hyrule. Muitos dos modelos 3D dos personagens que vemos em Ocarina of Time, nós os vemos aqui – com nomes diferentes.

O mesmo acontece com a trilha sonora que é reutilizada em alguns momentos (embora o jogo tenha suas composições próprias). E a ocarina – item chave do jogo anterior – também é muito utilizada neste, em especial para a manipulação de tempo. E quando falo de “manipulação de tempo”, me refiro ao “sistema de três dias” que Link precisa manipular com a ocarina para evitar a destruição.

Alguns jogadores não gostaram dessa mecânica, embora eu a veja como algo inovador: por exemplo, em muitas missões secundárias, Link precisará estar em um específico dia e hora para que possa completar o objetivo.

Outro componente único introduzido aqui (e parcialmente introduzido em Ocarina of Time), é a inclusão de inúmeras máscaras com poderes diversos, como as quatro máscaras de transformação, e diversas outras, cada uma com sua capacidade.

Um lindo jogo. Para muitos, não conseguiu superar Ocarina of Time, mas não há debate que é um dos melhores jogos de toda a série.

5# MARIO KART 64

Ah. Mario Kart 64. Talvez não seja comparável com os novos títulos da série Mario Kart em termos de quantidade de itens para jogar contra seu adversário (ou para ultrapassar algum personagem), mas é certamente um dos melhores jogos de corrida já lançados.

Oras, quando jogo Mario Kart 8 no Switch com minha esposa, sempre fico feliz em ver as pistas do MK64 lá. Não só pela nostalgia, mas sim pela qualidade delas.

E por ser um jogo tão popular até entre jogadores casuais (minha mãe adorava jogar com a gente!), acho que esse dispensa demasiados comentários.

Sempre será divertido, e sempre vamos manter esperança para que suas pistas possam ser mais e mais vezes vistas novamente nos novos jogos da franquia. E, se você conseguir voltar para 1996 e esquecer de alguns componentes dos jogos mais recentes da franquia, tenho a certeza de que irá jogar horas sozinho, ou com outros três amigos.

4# PERFECT DARK

Quando a Nintendo perdeu os direitos autorais de produzir jogos do James Bond para a Electronic Arts, foi lançado Tomorrow Never Dies exclusivamente para PS1, um jogo em terceira pessoa regular, produzido por uma outra desenvolvedora, e que nada tinha em relação com GoldenEye 007.

O público ficou decepcionado. Mas a Rare então tinha em mente desenvolver um sucessor espiritual para GoldenEye 007, chamado de Perfect Dark (o título vem da ideia da personagem principal ter como foco o assassinato a esmo).

Se passando em um período futurista, e sendo uma fusão de Blade Runner com The X-Files estilisticamente, bem como por seu enredo, temos agora uma espiã realizando as missões principais.

E Perfect Dark tinha tudo o que GoldenEye 007 já tinha, e ainda muito mais, como um modo campanha para ser jogado a dois jogadores do começo ao fim, muitas missões bônus, praticamente o dobro de armas, bastante conteúdo que poderia ser desbloqueado, e uma quantidade absurda de conteúdo customizável no seu multiplayer.

E, por mais incrível que pareça, até hoje possui um dos modos multiplayer off-line mais robustos vistos em um jogo de tiro em primeira pessoa. Em 2005, tivemos um prequel exclusiva para Xbox 360, Perfect Dark Zero, mas com uma cara completamente diferente do original (e no sentido negativo).

3# GOLDENEYE 007

E chegamos ao previsível “Top 3”. E é lógico que o GoldenEye 007 estaria aqui.

Sendo considerado o jogo que trouxe jogos de tiro em primeira pessoa para os consoles em 1997 (quando a maioria dos jogos do gênero eram lançados com PCs em mente), e tendo sido desenvolvido por uma equipe de apenas 11 pessoas (em sua maioria, sem experiência prévia com o design de jogos eletrônicos), GoldenEye 007 superou qualquer expectativa: o jogo foi lançado dois anos após o filme e, sem qualquer animação por parte da imprensa de games da época, foi um estouro.

Em número de vendas, conseguiu superar até mesmo Ocarina of Time; os desenvolvedores de Half-Life confessaram que se impressionaram muito com o design.

E o que faz desse jogo inspirado em um filme (e raramente jogos inspirados em filmes dão bons resultados) tão popular e citado em várias listas de melhores jogos do Nintendo 64 e de qualquer outro console? Muitos citam o componente multiplayer que, diga-se de passagem, foi adicionado ao jogo muito pouco antes de ser lançado.

Mas se você olhar para a campanha de um jogador, notará diversos pormenores que, infelizmente, não são vistos nos jogos atuais. E um destes detalhes é a abordagem totalmente não-linear: possuindo três níveis principais de dificuldade, o jogador precisava realizar objetivos diferentes em cada uma das fases, ao passo que os inimigos também ganhavam mais precisão, e o jogador menos pontos de vida com dificuldades mais elevadas, tornando-o desafiador.

O jogador pode completar a campanha tranquilamente no nível de dificuldade mais fácil, mas ao completar em todas as dificuldades (ou, por vezes, em um determinado período de tempo), era recompensado com diversos códigos que podiam ser utilizados durante os modos single-player e multiplayer — desde alguns que deixavam os disparos das balas em forma de paintball, como outros ainda mais cômicos que aumentavam 3x vezes a cabeça de James, e de todos os outros NPCs (personagens que não são propriamente o jogador).

E completando a campanha em todas as dificuldades, o player é recompensado com duas fases de outros filmes da franquia.

Para não me prolongar em demasia, resumo que é um excelente jogo que permanecerá, para sempre, como meu favorito de todos os tempos. É realmente uma pena que nem o próprio Pierce Brosnan consiga jogar o jogo em que é personagem titular.

2# SUPER MARIO 64

Incrível a qualidade dos games lançados para o Nintendo 64.

E, agora, devemos mencionar aqui o jogo considerado por muitos como o melhor Mario em 3D, e um dos melhores jogos de plataforma em 3D já feitos. Sendo o primeiro jogo lançado para Nintendo 64 (juntamente com Pilotwings 64), a Nintendo acertou em cheio.

O conceito de que quadros consistem em fases imensas, gráficos coloridos e maravilhosos para a época, uma linda trilha sonora e um alto valor replay (já que o jogador não precisava coletar todas as 120 estrelas para completar o jogo), fazem desse jogo um estouro para 1996.

E não havia nada igual.

Talvez pela sua grandeza, esse seja mais um daqueles jogos eletrônicos que dispensam comentários. Ainda considero uma obra-prima que seria difícil de ser superada.

Em 2004, a Nintendo lançou uma versão levemente expandida para Nintendo DS, chamado de Super Mario 64 DS, da qual inclui uma maior quantidade de estrelas a serem coletadas, e uma maior quantidade de personagens, mas até hoje, fãs insistem em ver um Super Mario 64 com gráficos de um Super Mario Odyssey.

1# THE LEGEND OF ZELDA: OCARINA OF TIME

E você esperava que outro jogo estivesse na primeira posição do nosso ranking?

The Legend of Zelda: Ocarina of Time, permanecerá por décadas como o Zelda mais conhecido, e ainda por muitos o melhor do console, e o melhor de toda a franquia.

O jogo não trouxe apenas inovações no âmbito de jogabilidade, tais como a mira “Z-Targeting” da qual você focava em um inimigo com um único clique — algo não visto antes –, viagens no tempo, ou então o fato de ter sido uma transição perfeita de 2D para 3D, da qual muitos jogos não tiveram sequer metade do êxito, mas também por ter popularizado um instrumento musical – a ocarina – que não era tão popular até seu lançamento.

Ocarina of Time influenciou inúmeros jogos que o sucederam, e todos os jogos posteriores a ele que sejam ambientalizados em 3D (em até em 2D, em muitos desses casos), possuem ao menos um componente de jogabilidade primeiramente concebido por Ocarina of Time.

A jogabilidade é praticamente (para não dizer “literalmente”) sem defeitos; a trilha sonora é brilhante, e delicadamente construída; a história não é das mais complexas, mas é mística e única, de maneira que faz você se sentir em uma verdadeira aventura, sendo um impacto que muitos jogos ainda não conseguem realizar com tanta consistência. O seu “mundo aberto” era chocante em 1997 – e, ainda que não seja comparável ao dos jogos de hoje em dia, não muda o fato de que Ocarina of Time é repetidas vezes citado em diversas listas como o melhor jogo de todos os tempos.

E ainda que você não concorde com essa afirmação, não poderá negar o legado que o primeiro Zelda em 3D deixou no mundo dos jogos eletrônicos.

MENÇÕES HONROSAS

  • Star Wars: Rogue Squadron
  • Tony Hawk’s Pro Skater
  • F-1 World Grand Prix
  • Wave Race 64
  • Paper Mario
  • Diddy Kong Racing
  • WCW vs. NWO
  • 1080° Snowboarding
  • Kirby 64: The Crystal Shards
  • International Superstar Soccer 64

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Dmitry Nardelli

Músico de dois extremos (aficionado por metal progressivo e música clássica), Dmitry se dedica a escrever sobre um dos seus hobbies favoritos: videogames.

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