A nova funcionalidade de pagamento instantâneo — o Pix Parcelado — representa um avanço importante no sistema financeiro brasileiro. A proposta, anunciada pelo Banco Central em abril, visa ampliar o acesso ao parcelamento no varejo e ser uma opção viável para quem não possui cartão de crédito. O consumidor passa a ter a possibilidade de dividir uma compra em parcelas, enquanto o lojista recebe o pagamento completo no momento da transação.
A previsão oficial é de que o serviço entre em operação em setembro, sem data exata definida até o momento. A intenção é que, com regras padronizadas, as instituições ofereçam o Pix parcelado de forma transparente e segura.
Na prática, o consumidor realiza a compra via Pix, seleciona a opção de parcelamento e firma um acordo com seu banco ou instituição financeira para pagar em prestações mensais — com juros aplicados conforme análise de crédito. O valor total é antecipado à loja, que passa a disponibilizá-lo imediatamente, enquanto o consumidor paga as parcelas com ou sem juros, conforme contrato estabelecido.
O sistema é aliado ao varejo: permite compras de maior valor, melhora o fluxo de caixa dos lojistas, e desafia diretamente o mecanismos tradicionais de parcelamento de cartões.
O Pix Parcelado deve estimular a concorrência entre bancos e operadoras de cartões. O Banco Central espera que as taxas de juros fiquem “menor ou igual ao valor final do bem no parcelado sem juros usando cartão de crédito”, ao reduzir custos indiretos embutidos no preço dos produtos.
Além disso, a adoção da nova funcionalidade pode ampliar o crédito para milhões de brasileiros sem acesso ao cartão, favorecendo maior inclusão financeira. O impacto no varejo pode ser significativo, sobretudo na comercialização de produtos de maior valor, já que oferece mais flexibilidade ao consumidor e melhora o fluxo de caixa do vendedor.
Embora alguns bancos já ofereçam modelos similares de parcelamento via Pix, essas soluções são restritas a clientes com cartão de crédito e seguem regras próprias. O que muda com a padronização é a criação de um produto financeiro formal, com análise de crédito individual e regulada pelo Banco Central.
O lançamento previsto para setembro fará parte de uma série de iniciativas do Pix; outra funcionalidade, o Pix em Garantia, só deve chegar em 2026, sem data definida.
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