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Profissão Poker #3: alunos em busca do sonho

Pedro Nogueira Editor-Chefe

— ESTE POST É PARTE DA SÉRIE ESPECIAL “PROFISSÃO POKER” QUE O EL HOMBRE ESTÁ FAZENDO. LEIA AQUI AS PARTES 1, 24 e 5. —

Dizem que o poker é o esporte mais democrático do mundo. E quando você entra nesse universo, compreende essa afirmação. A diversidade entre os 40 alunos do Akkari Team é impressionante. Há pessoas de todas as idades, profissões, gêneros e lugares do país. Em comum, o amor pelo poker — e o sonho de virar um jogador lucrativo. Conheça a história por trás de alguns dos presentes no 34º curso do Akkari Team:

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PAULO ITO, 29 ANOS: Desde que conheceu o poker há 5 meses, o analista de sistemas Paulo Ito leva o esporte a sério. “Jogo com regularidade, umas 4 ou 5 horas por dia, quando volto do trabalho”, diz. “Também estudo bastante na internet.”

Mas ao ver o slogan do Akkari Team de “formar jogadores de torneio lucrativos”, ficou motivado a dar o próximo passo em busca de evolução. “Depois de ver as aulas do Akkari, a minha sensação é de que eu nunca tinha jogador poker de verdade antes! [rs] É um conhecimento concentrado que você não encontra em outros lugares.”

Paulo veio para o curso acompanhado da mulher, filho e sogra. Ele pensa em ser profissional, mas não quer apressar as coisas. “O plano é fazer a transição com calma.” Antes ele pretende virar o gráfico — o que significa, na gíria dos jogadores, em ter resultados positivos constantes — e juntar dinheiro suficiente para aguentar a variância natural do poker.

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ZÉ MARIA, 65 ANOS: A experiência do empresário Zé Maria no pano é maior que a idade de muitos participantes do curso. “Jogo desde os 20 anos”, ele conta. “Mas naquela época era poker fechado. O Texas Hold’em mudou completamente o jogo.”

A especialidade de Zé é o poker live e ele já tem resultados expressivos no currículo. Este ano começou a disputar o circuito nacional e conseguiu fazer uma mesa final de Omaha na etapa 1 do BSOP, o campeonato brasileiro da categoria. Na etapa seguinte, foi vice-campeão num evento turbo. Ele também já ficou em segundo lugar no Main Event do Ribeirão Poker Tour. Além de torneios, Zé gosta de cash game Omaha e joga no PokerStars.

Sua motivação para vir ao curso do Akkari Team não é virar profissional, mas levar seu hobbie a um nível mais alto. “Quero pegar uma noção melhor”, diz. “A turma na mesa às vezes acha que todo tiozão é baralhão [apelido para quem joga mal]. Mas não é bem assim. Por isso eu estudo o jogo.”

andressa

ANDRESSA LINCOLN, 21 ANOS: A estudante do 4º ano de Direito Andressa Lincoln tem um plano de carreira bem definido — e ele não envolve advogar. “Quero me formar e depois me focar 100% no poker”, ela conta. A sua vontade, na verdade, era largar a faculdade agora mesmo para se dedicar exclusivamente ao esporte. “Mas eu ainda moro na casa do meus pais e eles não aprovam, então tenho que respeitar.”

Andressa joga diariamente num clube de Sorocaba e consegue ter bons resultados regularmente no live. “Mas agora vou me dedicar também ao online”, ela diz, depois de aprender com Akkari que é preciso jogar na internet para viver do poker. O motivo? Volume de jogo. No online você pode disputar várias mesas ao mesmo tempo e dezenas de torneios por dia, aumentando assim exponencialmente o seu faturamento.

Única aluna mulher do curso, Andressa diz que é apaixonada não apenas por jogar, mas também por estudar o poker. “Conversei bastante com o Akkari nesses dias. Ele me disse que para ser vencedor, é tudo uma questão de suor e trabalho duro”, ela conta. “Por isso tenho certeza que vou chegar lá.”

* * *

Paulo, Andressa e Zé Maria são o retrato perfeito da miscelânea de uma mesa de poker. Um empresário de 65 anos, ao lado de uma estudante de 21 anos, ao lado de um analista de sistemas de 29 anos.

E eles são apenas alguns exemplos.

Nestes 3 dias de curso, conheci muitas pessoas com histórias interessantes, mas infelizmente seria impossível contar todas num único post. Havia um garoto que acabou de terminar o colegial. Um militar. Um instrutor de xadrez. Um jogador que veio de Los Angeles para estudar com Akkari. Um aposentado. E muito mais.

A diversidade no mundo do poker é riquíssima — e é isso que faz dele tão encantador.