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Subir degraus de 2 em 2 na carreira é um erro

Situações de stress nos levam a tomar atitudes instintivas. Subir uma escada de dois em dois degraus é uma delas. Os riscos de tomar um tropeção e se contundir no  trajeto são iminentes. Avançamos em cada pequeno salto, como se participássemos de uma corrida de 50 obstáculos contra a gravidade.

Ao chegar ao topo, ofegantes, nos perguntamos se valeu a pena tanto esforço. Em alguns casos esporádicos e isolados, sim. Em outros, chegaremos à conclusão que o resultado não justificou tanta energia despendida.

Comparo a subida dos degraus de dois em dois ao hábito perigoso de queimar etapas em um projeto ou simplesmente ignorar certos procedimentos em uma atividade produtiva. Há muitos profissionais que se vangloriam em “queimar etapas”, como se isso fosse digno de mérito e os tornassem melhores e mais espertos do que todos os outros.

Longe dessa condição de eficiência, os queimadores de etapas são pessoas que apreciam subverter regras, planos e normas documentadas. Tudo isso com a desculpa de agilizar um processo. Para eles, regras existem para ser quebradas e o valor de um indivíduo pode ser medido pelo seu coeficiente de esperteza para encontrar meios de driblá-las.

Isso é tremendamente perigoso, quando se trabalha em equipe e tem compromissos formais assumidos, que deverão ser honrados de forma integral e segura.

Pular alguma atividade deve ser vista como uma atitude radical, só aplicável em momentos de crise extrema, quando se aciona um alerta máximo e, caso nada seja feito, todo um projeto correria o risco de ir por água abaixo, trazendo um prejuízo sem precedentes.

Devemos ser amigos do planejamento. Quem assume essa conduta respeita prazos e acordos e se distancia das improvisações e arranjos de última hora típicos de um queimador de etapas.

Portanto, quando for subir uma escada, respire fundo e suba um degrau por vez. O mesmo conselho vale, em dobro, para os que vão descê-la, pois aí o risco será (bem) maior.

PS: Temos também um recado para os leitores que pensaram em substituir a escada pelo elevador. O raciocínio será o mesmo: respeite os limites de carga, suba um pavimento por vez e aceite, de uma vez por todas, que você não conseguirá controlar a velocidade desse meio de transporte. E em caso de pane, a escada estará à sua espera.