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O legado de Steve Jobs à Apple

O texto “O legado de Steve Jobs à Apple” foi publicado originalmente em outubro/2012; veja aqui mais artigos da série “Clássicos ELH”, uma coletânea de textos atemporais em comemoração ao aniversário de 10 anos do El Hombre.

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Amanhã, dia 5 de outubro de 2012, será o aniversário de um ano da morte de Steve Jobs. Para mim, Jobs foi um dos maiores gênios que já pisaram na Terra. Ele mudou a maneira que interagimos com o espaço virtual. Até arrisco a compara-lo a grandes inventores como Thomas Edison e Leonardo da Vinci.

Ele foi a cabeça por trás de produtos que redesenharam o mercado tecnológico, com seus designs inovadores. Entre eles o iPod, o iPad, o iPhone e o Mac.

Steve Jobs tinha uma virtude insubstituível: a atenção aos detalhes. Tudo que ele fez tem até hoje qualidade e esmero insuperáveis. Isso refletia na sua empresa e seus funcionários; ele exigia a perfeição em tudo. Bem, é lógico que nem tudo era perfeito. Mas quando se procura esse nível de maestria, chega-se a um resultado inacreditável.

Mas o que me fez escrever esse texto foi a curiosidade de saber como que a Apple está se saindo sem sua presença. Quando ele foi afastado da empresa pelo seu “amigo” John Sculley, em 1985, a Apple chegou à beira da bancarrota e só foi salva pela sua volta, em 1996. Ele tirou a companhia do vermelho e, hoje, a Apple tornou-se a maior empresa de todos os tempos.

Enquanto surge a questão: como a Apple está se virando sem sua mente? E a resposta é esta: muito bem, obrigado. Neste ano que passou, a empresa conquistou a marca de 650 bilhões de dólares de valor de mercado. Um valor nunca antes atingido por nenhuma outra companhia na história da humanidade.

Muitos dizem que a Apple ainda está colhendo o que Steve plantou; que as “novidades” mostradas pela empresa atualmente foram passadas pelas suas rigorosas mãos; que o problema virá com o tempo, quando os produtos não mais tiverem sido passados pelo seu teste de qualidade.

O aplicativo de mapas do novo iOS (sistema operacional dos iGadgets) está sendo muito comentado na mídia – nesse caso específico, por sua falta de qualidade. Muitos apontam que isso é um reflexo da falta de Jobs na empresa. Mas vamos lembrar que esse não foi o primeiro passo em falso que a Apple deu. Foi sob o olhar cuidadoso de Steve que tivemos o Antenagate, um problema na recepção de sinal no iPhone 4. Quando o usuário segurava o aparelho de uma certa forma, o sinal sumia. (Não podemos esquecer que Jobs era humano, tão humano como todos nós.)

Eu acho que a maior herança que ele deixou para a Apple não foram os produtos e, sim, as pessoas. Ele acreditava que o maior ativo de uma empresa são seus funcionários. Então fez questão de estar rodeado das mentes mais brilhantes que pudesse encontrar. Uma deles é Tim Cook, atual CEO da empresa. Essas pessoas continuam a levar a diante seu trabalho, sua vida e seu legado.

Steve deixou impregnado nessas pessoas seu modo de pensar e agir. Enquanto elas ainda estiverem na ativa, podemos contar que Apple estará na vanguarda da tecnologia criando e lançando ótimos produtos.

A Sony já esteve no lugar da Apple; foi uma das empresas mais inovadoras e o Walkman é um exemplo disso. Mas hoje a empresa não passa de mais uma entre dezenas tentando vender televisões e sons automotivos de qualidade suspeita.

Enquanto o espirito de Steve Jobs ainda rondar os corredores da Apple, podemos contar com grandes produtos e a qualidade que sempre esperamos da marca. Mas se a empresa não cultivar a mentalidade de seu fundador, corre grandes riscos de ficar igual a sua prima japonesa.

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Pedro Cohn
Pedro Cohn
Um dos fundadores do El Hombre, hoje vive na Califórnia à beira do mar. Se você quer irritá-lo, basta falar mal da Apple. Mas prepare-se para tomar um pontapé na orelha.