fbpx
Mercado de apostas
André François/Unplash

Bitcoin e tecnologia: mercado de apostas valerá R$ 500 bilhões até 2025

A pandemia do novo coronavírus fez com que muita gente procurasse diversas formas de entretenimento online. Plataformas de streaming (como Netflix, Deezer, Spotify e Amazon Prime) ganharam milhões de novos usuários, que passaram mais tempo em casa diante da circulação do vírus no Brasil. Diante desse cenário, opções de lazer e de aumento na rentabilidade financeira ganharam protagonismo. Uma das ações tem a ver com o mercado de apostas online, cada vez mais inserido na vida da sociedade.

Para se ter uma ideia, as apostas movimentam cerca de R$ 4 bilhões por ano no Brasil, ainda que não exista uma legislação que regulamente o setor. No restante do mundo, esses números são ainda mais impressionantes.

Em parte, essa melhora acontece por uma série de motivos: investimento em tecnologia, surgimento de novas plataformas, opções variadas de apostas, adesão de empresas e companhias conceituadas e mudanças no perfil dos apostadores, cada vez mais fiéis ao mercado. Além, é claro, da inserção do Bitcoin.

Isso poderá ter um impacto significativo no segmento nos próximos anos. O relatório “Global Online Gambling Market (2020-2025) by Games, Device, Geography, Competitive Analysis e the Impact of Covid-19 with Ansoff Analysis”, publicado recentemente pela Research and Market, apontou que o mercado global de apostas on-line é estimado em US $ 57 bilhões em 2020 e deve atingir US $ 97,69 bilhões em 2025 (cerca de 500 bilhões de reais).

De acordo com o levantamento, alguns fatores importantes estão impulsionando o mercado. O aumento no número de usuários da Internet, seguido pelo aumento do acesso a dados e plataformas de casino online estão colaborando para um crescimento assustador nos últimos anos, que não deverá diminuir tão cedo.

Além disso, o crescimento no número de cassinos online está acelerando ainda mais a demanda para o mercado de apostas. O estudo aponta ainda que o aumento do investimento em softwares de tecnologia e o uso de criptomoedas como forma de pagamento pelas plataformas online estão proporcionando oportunidades de crescimento ao mercado.

O relatório diz ainda que essas empresas também precisam estar atentas a ataques cibernéticos, já que a abertura maior do mercado, a entrada de novos atores e a rápida disseminação de informações bancárias nos sites podem atrair hackers e criminosos. Além disso, questões legais e regulatórias também são desafios para as empresas do setor.

O relatório também destaca movimentações empresariais que devem alterar as bases do mercado de apostas no mundo. Um exemplo é a Leo Vegas, que está adquirindo a Expekt Nordics Ltd, do Betclic Group, por cerca de 5 milhões de euros. A aquisição visa aumentar o portfólio de marcas da empresa em apostas esportivas.

Atualmente, o Brasil ainda não tem uma legislação que possa atrair empresas. Há discussões no Congresso Nacional, mas os projetos de lei não avançam. Em 2018, um decreto de lei do ex-presidente Michel Temer instituiu as apostas de quota fixa, mas isso ainda não é suficiente para garantir legalidade às empresas estrangeiras. Há também no Ministério da Economia e no BNDES esboços de estudos que possam dar mais celeridade ao processo de viabilização da lei sobre as apostas.