A BYD confirma sua participação no Salão do Automóvel de São Paulo, entre os dias 22 e 30 de novembro, com uma novidade estratégica: uma picape intermediária híbrida que promete rivalizar com a Fiat Toro. Este será o primeiro utilitário da marca chinesa no país nesse segmento, e possivelmente contará com apresentação global no evento.
Nos bastidores, a montadora já deslocou unidades ao Brasil para testes de homologação, o que demonstra a importância do mercado nacional no planejamento do lançamento.
A nova picape será baseada na arquitetura monobloco do SUV Song Plus, compartilhando o conjunto híbrido DM‑i e, provavelmente, adotando um powertrain que combina um motor 1.5 a combustão com propulsão elétrica, com potência estimada em até 235 cv e torque de 40,8 kgfm. Ainda sem nome definido, o modelo deve chegar ao mercado brasileiro apenas em 2026, após sua apresentação no salão.
O segmento de picapes compactas e intermediárias no Brasil é liderado por modelos como Fiat Toro, Ford Maverick, Chevrolet S10 e Toyota Hilux. A Toro, produzida em Goiana (PE), combina estrutura unibody, opções flex e diesel, e mantém boa aceitação por unir conforto e versatilidade. Em 2025, a Fiat prepara para competir também com sistema híbrido leve (MHEV de 48 V) no modelo 2026.
A BYD entra nesse mercado com uma proposta mais tecnológica: motor híbrido flex, trem de força derivado do Song Plus e, possivelmente, uma opção plug-in híbrida mais avançada. A estratégia segue a linha da concorrente Ram Rampage, também unibody e baseada na mesma plataforma da Toro.
O conjunto híbrido derivado do Song Plus utiliza tecnologia DM‑i com motor 1.5 a gasolina, motor elétrico e transmissão eletrônica – sistema que gera eficiência térmica e baixa emissão. No caso da picape, especula-se motor híbrido flex, o que a tornaria pioneira ao unir flexibilidade de combustível e propulsão elétrica..
Com desempenho estimado em até 235 cv, o modelo promete aceleração, torque e economia: a variante caminhonete média plug-in híbrida BYD Shark, da mesma linha, oferece 320 kW combinados e autonomia de até 840 km segundo ciclo NEDC.
A chegada de modelos da BYD, Volkswagen, Caoa e Ram, planejados para produção nacional em 2026, reflete a intensificação da concorrência no setor de picapes. No caso da BYD, a presença de unidades no Brasil já em abril indica empenho na homologação e adaptação a regulamentos e preferências locais .
A produção nacional é vista como essencial para reduzir custos, prazos de entrega e tarifas. Além disso, a picape da BYD integra o ecossistema de veículos eletrificados da marca no Brasil, que já conta com modelos como o Song Plus e a Shark híbrida plug-in – esta última chegando em outubro de 2024 .
Embora ainda sem confirmação oficial, as projeções indicam que a nova caminhonete da BYD seguirá o estilo do Song Plus, apostando em traseira com lanternas verticais e barra de luz contínua. A proposta visual reforça o perfil moderno e tecnológico, alinhado à estratégia de destacar-se entre os concorrentes consolidados.
No interior, espera-se acabamento sofisticado, com multimídia avançada, telas múltiplas, head-up display, som premium e até recursos inéditos como refrigerador integrado – características já exploradas em modelos da linha Denza, também da BYD.
A picape híbrida da BYD deverá sacudir o mercado de utilitários no Brasil, desafiando não apenas a Fiat Toro, mas outras concorrentes como Maverick, Shark e futuros lançamentos VW Tarok e Caoa. Com apelo plug-in ou híbrido flex e produção no país, o modelo tem potencial para atrair público que busca tecnologia, economia de combustível e inovação, sem abrir mão da praticidade de uma picape.
Ao apostar em uma picape intermediária com motorização híbrida flex, design moderno, interior tecnológico e produção nacional, a BYD avança para se consolidar no competitivo segmento brasileiro. Restam esperar os detalhes finais a serem revelados em novembro no Salão do Automóvel e o início das vendas em 2026.
Fonte da imagem: Projeção da nova picape intermediária da BYD — Foto: Kleber Silva/KDesign AG
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