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Conheça o Qiantu K50, o primeiro supercarro chinês

Toda vez que nos deparamos com as palavras “carro” e “chinês” na mesma frase, a primeira imagem que nos vêm à cabeça é a de uma imitação.

Lógico que de uns tempos para cá os chineses têm aprendido muito e melhorado bastante seus produtos. Além do mais, quando um país sem nenhuma tradição automobilística resolve entrar no mercado, é comum que no início seus produtos lembrem modelos que já existem. Afinal de contas, durante muitos anos o Ocidente foi a única referência que eles tiveram.

O fato da indústria chinesa ainda produzir clones escandalosamente parecidos com modelos ocidentais de prestígio é visto por nós como algo desleal, até mesmo desprezível. No entanto, há de se compreender que trata-se apenas de um traço cultural que pouco tem a ver com desonestidade (salvo algumas exceções).

Para o chinês, reproduzir um produto de qualidade e de sucesso é uma forma de demonstrar admiração e também evolução em seu aprendizado. É como se eles dissessem: “olha só, estamos aprendendo”.

O maior exemplo disso é a cópia descarada do Land Rover Evoque, o Land Wind, que roda em solo chinês. O modelo britânico – o original, é claro – é um cobiçado sonho de consumo, uma verdadeira coqueluche nacional.

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O Land Rover chinês

Com o passar do tempo, as montadoras chinesas têm crescido e aprendido a andar pelas próprias pernas mesmo que algumas ainda teimem em beber de fontes alheias.

No entanto, as empresas sérias que lutam pelo seu lugar ao sol nos mercados do resto do globo trabalham forte em cima do quesito “melhorias contínuas”. E pelo andar da carruagem, é provável que em poucos anos eles comecem a virar um sério problema para os japoneses (atuais donos do campinho).

A maior prova da constante evolução chinesa pode ser vista no exótico Qiantu K50 Event!, o primeiro supercarro produzido na China com tecnologia 100% nacional.

Totalmente construído em fibra de carbono e dotado de um motor elétrico que produz 408 cavalos de potência, o K50 é capaz de passar fácil dos 250 km/h de velocidade final e acelerar de zero a 100 em apenas 5 segundos.

De acordo com a fábrica, uma carga simples provê ao carro uma autonomia de 200 km, fato que, se ficar comprovado, vai colocar o estreante chinês no seleto grupo de elétricos com autonomia maior do que 100 km (e por seleto, entenda realmente seleto).

Com um preço estimado de US$ 113 mil, pode-se dizer que o K50 traz um valor bem razoável, ainda mais se tratando de um modelo que pretende figurar na categoria dos supercarros onde o quesito preço é parte importantíssima da exclusividade.

A questão é que, se o K50 fizer na pista tudo o que está prometendo fazer, certamente veremos o segmento ser sacudido como há muito tempo não se vê.

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