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convenção das bruxas

Já conferimos: “Convenção das Bruxas”, com Anne Hathaway

Não é de hoje que monstros, bruxas e seres fantásticos habitam um lugar especial no universo cinematográfico. Já protagonizaram histórias improváveis de amizade, amedrontaram crianças gulosas e nos permitiu sonhar com um mundo mágico. É notável que nos anos 80 e 90 muitos sucessos surgiram e ganharam força com o passar dos anos. Exemplos como “Abracadabra”, “Elvira – A Rainha das Trevas” e o próprio “Convenção das Bruxas” são lembrados até hoje com muito carinho por parte dos fãs (já crescidos). Quem nunca assistiu algum destes na saudosa “Sessão da Tarde”, que atire a primeira pedra.

Com a ideia de reviver estes clássicos, a Warner Bros Pictures nos convidou para conferir em primeira mão o novo (e divertido) “Convenção das Bruxas”, que estreia dia 19 de novembro nos cinemas nacionais. Vale lembrar, que na sessão os protocolos de segurança contra o Covid-19 foram seguidos rigidamente por todos. É possível se divertir nas salas de cinema, desde que cada um faça a sua parte.

A HISTÓRIA DO FILME

Do diretor vencedor do Oscar Robert Zemeckis (“Forrest Gump: O Contador de Histórias”), chega aos cinemas a aventura de fantasia “Convenção das Bruxas”, baseada no livro do escritor Roald Dahl. O filme é estrelado pelas vencedoras do Oscar Anne Hathaway (“Os Miseráveis”) e Octavia Spencer (“A Forma da Água”), o indicado ao Oscar Stanley Tucci (franquia “Jogos Vorazes”), com Kristin Chenoweth (série “Glee: Em Busca da Fama”) e a lenda premiada da comédia Chris Rock. Também estrelam o longa o estreante Jahzir Kadeem Bruno (série “Atlanta”) e Codie-Lei Eastick (“Holmes & Watson”).

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Anne Hathaway em cena do filme, como a Grande Rainha Bruxa

Reimaginando a adorada história de Dahl (que também escreveu a “A Fantástica Fábrica de Chocolate”) para uma audiência moderna, o filme visualmente inovador de Zemeckis conta a história sombria, divertida e comovente de um jovem órfão (Bruno) que, no final de 1967, vai morar com sua adorável avó na cidade rural de Demopolis, no Alabama. Quando a dupla encontra algumas bruxas ilusoriamente glamorosas, mas completamente diabólicas, a avó sabiamente leva nosso jovem herói para um exuberante resort à beira-mar. Lamentavelmente, eles chegam ao local exatamente ao mesmo tempo em que a Grande Rainha Bruxa reúne suas colegas de todo o planeta – disfarçadas – para realizar seu plano nefasto: transformas todas as crianças em ratos!

O DESAFIO DE TRAZER DE VOLTA UM CLÁSSICO DOS ANOS 90

Antes de mais nada, começo dizendo que o novo “Convenção das Bruxas” tem seu próprio encanto e brilha por conta disso. Sendo um filme de fantasia tipicamente familiar, a releitura do conto para a modernidade fica deliciosamente peculiar. O desafio de trazer de volta um filme tão querido dos anos 90 para a atualidade não era tarefa fácil. Mas, nas mãos do louvável diretor Robert Zemeckis é impossível algo dar errado, né? Exemplos como a trilogia “De Volta para o Futuro” e “Uma Cilada para Roger Rabbit” estão ai para provar que o diretor entende do assunto quando se trata de fantasias.

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Cena do filme com Stanley Tucci e Octavia Spencer

O filme se passa na década de 60, mas relata questões tão atuais, que aquele universo que estamos assistindo se assemelha com a nossa realidade. Luta pelo poder, ganância e discriminação racial são alguns dos pontos que o filme toca levemente, mas que para um bom entendedor, meia palavra basta. E além disso, insere humor no momento certo, como se fosse uma pitada de poção mágica para te fazer rir quando menos esperar.

É interessante notar essa diferença entre gerações e como o cinema se comporta neste meio. É necessário se adequar ao novo sem perder a essência, pois a ideia de como é uma bruxa está no imaginário de cada um, que leu ou viu este ser em algum lugar. Bruxas verdes ou amarelas, voadoras em vassouras ou não, belas ou horríveis…. tudo isso está ligado a imaginação, que se potencializa quando se junta com a arte do entretenimento.

VALE A PENA CONFERIR O FILME?

O cinema da década passada deixou um sentimento de saudade e nostalgia muito grande em todos nós. Isso se deve ao nosso imaginário, que nos permitiu adentrar nestes universos de forma ingênua e viajar em cada personagem apresentado. Uma época de ouro, de fato!

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MEDO! Cena do filme com todas as bruxas reunidas

Mas sabe porque falar disso agora é importante? Pois o novo “Convenção das Bruxas” pode te dar um “choque pessoal”. Digo isso, pois a história trata de forma bem singela sobre amadurecimento. Só que você vai sentir esse “peso” muito mais do que as crianças que assistir, por exemplo. E sabe por qual motivo isso vai acontecer? Porque você vai perceber que cresceu e agora a bruxa não te dá medo, mas que as crianças ao seu redor certamente estarão com os olhos arregalados se perguntando se aquela bruxa pode ser real ou não, da mesma forma que você ficou anos atrás. E para você que agora está crescido, vai se deliciar com a nostalgia elevada ao extremo, lembrando de como ser criança é bom.

“Convenção das Bruxas” acerta no tom cômico e de fantasia, divertindo crianças e adultos. Sem ficar na sombra do filme anterior, caminha ao lado da obra literária de Roald Dahl, convidando o telespectador a embarcar nessa viagem mágica – e sombria – cheia de aprendizagem. É um conto atualizado, com sucesso!

OBS: o filme estreia em 19 de novembro nos cinemas nacionais!