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Hubble

Membro da tripulação do Hubble conta sobre experiência com telescópio

Logo após o lançamento do novo telescópio, chamado James Webb, o site de cassino online Betway traz detalhes sobre o Hubble, primeiro grande telescópio óptico que foi para o espaço e mudou a história da astronomia. Para isso, o site realizou uma entrevista exclusiva com um dos tripulantes da missão, o Dr. Steve Hawley.

Hoje com 69 anos, o profissional esteve no espaço por 770 horas e 27 minutos, o equivalente a 32 dias. Esse tempo foi distribuído em cinco missões diferentes, entre os anos de 1984 e 1999. Como ele se tornou um astronauta e as oportunidades que teve na carreira foram contadas durante a entrevista. Veja os pontos principais!

Ser astronauta era um objetivo distante

Quem olha para o Dr. Hawley e já conhece sua trajetória, não imagina que nem tudo foi tão planejado. Na verdade, ele não acreditava que poderia ir para o espaço, embora tivesse esse sonho desde pequeno.

“Eu acompanhava o programa espacial quando era criança”, disse ele. “Alan Shepard foi lançado ao espaço quando eu estava no quinto ano. Mas nunca pensei que poderia ser um astronauta, porque eles eram todos pilotos militares de teste, e eu queria ser um astronauta”, afirma.

As oportunidades começaram a surgir em 1977, na época que ele estudava para o doutorado. Naquele ano, Hawley viu um anúncio de emprego da NASA, nos quadros da Universidade da Califórnia. Ainda que não estivesse 100% confiante, ele se arriscou a tentar.

“Para mim não estava claro que eu reunia as habilidades necessárias para ter sucesso nessa carreira. Nunca havia pilotado um avião ou feito algo particularmente perigoso”, confessa o profissional.

Sem garantias de ir ao espaço

Mesmo depois de ter sido contratado pela NASA, ainda não era certo que ele poderia ir para o espaço, como sempre sonhou. “Fomos todos contratados para o cargo denominado ‘candidato a astronauta’. O período de treinamento e avaliação teria duração de dois anos. Se fosse bem-sucedido, eles removeriam o termo ‘candidato’ do meu título”.

Mas ao que parece o fato de ter o termo “candidato” foi apenas mais um motivo para o jovem se preparar para o treinamento, que mais tarde renderia tantas histórias – no espaço. Além da dedicação, o fato de aproveitar as oportunidades do caminho foi decisivo. “Era tudo uma questão de estar no lugar certo, na hora certa”, disse.

Emoção durante o treinamento

A primeira missão do Dr. Hawley ocorreu em 1983, cinco anos depois de ingressar na NASA. E a preparação, como ele mesmo explica, envolve muitas etapas.

“Você faz uma espécie de treinamento em sala de aula, com simuladores, um treinamento físico e, no meu caso, tive que aprender a pilotar jatos, porque nunca havia pilotado antes”, afirma.

A fase mais emocionante, porém, ocorre ao passar da sala de aula para a cabine. “O funcionamento de tudo é incrível, principalmente no lançamento e na entrada; trabalhamos com uma equipe de três pessoas, formada pelo comandante, o piloto e o engenheiro de voo”, afirmou.

Função no lançamento do Hubble

Para o lançamento de um telescópio, cada pessoa tem uma função específica. A do Dr. Hawley era de engenheiro de voo, responsável por auxiliar o comandante e o piloto em vários procedimentos, inclusive na resolução de problemas.

“Meu trabalho era ajudá-los nos procedimentos de subida e entrada, não só nos procedimentos normais, mas principalmente na solução de eventual problema. Por conta disso, tive a oportunidade de aprender muito sobre como funciona o ônibus espacial, o que foi bem legal”, afirma.

Apesar de estar bem-preparado para o trabalho, o especialista confessa que a missão envolve momentos desafiadores que muitos nem imaginam. “Tive de retirar o telescópio Hubble do compartimento de carga útil e soltá-lo. Parece fácil, mas foi bem desafiador”, cita como exemplo.

Terra vista de cima

Quando o assunto é a visão que se tem tão no alto, Dr. Hawley se recorda com detalhes do que viu. “Outra coisa que guardo na memória é que cada massa de terra tem uma aparência diferente, de acordo com a coloração e com o relevo. Depois de algum tempo, eu era capaz de dizer em que posição estávamos sobre a terra”, afirma.

“A Austrália é muito vermelha, a América do Sul e os Andes têm um tom entre castanho e chocolate, e os desertos da África são bem visíveis”, analisa o especialista.

Porém, o que mais o marcou foi a contribuição dada por ele e por sua equipe para a comunidade científica. Afinal, se hoje há um novo telescópio, é porque o anterior deu certo e superou as expectativas.

Anualmente, no aniversário de lançamento do Hubble (24 de abril), o Dr. Hawley manda uma mensagem para os outros tripulantes, muitas vezes com novas descobertas do aparelho. “Digo para eles sempre que podemos nos orgulhar da nossa contribuição, ainda que minúscula, para todas essas descobertas”, conclui neste levantamento exclusivo sobre a história do Hubble.