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Os argentinos fazem caldeirão mesmo em jogos de tênis – e o Brasil irá enfrentá-los

Argentina contra o Brasil. Esta rivalidade não é exclusividade apenas do futebol. O bicho sempre pega quando os dois países se enfrentam em diferentes modalidades. Nem mesmo um esporte conhecido pela educação dos jogadores e torcedores escapa – o tênis.

O próximo duelo entre os dois países no tênis é por uma vaga nas quartas de final da elite da Copa Davis, com jogos que rolarão entre sexta-feira (hoje) e domingo, em Tecnópolis, na província de Buenos Aires, na Argentina. Prepare-se para fortes emoções.

Caso não conheça muito a modalidade em que Gustavo Kuerten reinou no passado, você pode fazer uma comparação deste embate entre os dois países sul-americanos com um grande jogo de futebol entre um clube brasileiro e outro argentino pela Taça Libertadores, ou até mesmo com o que fez a torcida hermana aqui na Copa do Mundo no ano passado.

Duvida?

“Este duelo da Davis vai ser como um jogo de Libertadores. Muita malandragem. Jogar com eles lá (na Argentina) vai ser duro demais. Os caras sabem complicar as coisas e vai ter muita torcida contra o Brasil”, contou o ex-tenista Flávio Saretta.

A torcida hermana não pratica o silêncio exigido em partidas de tênis, como conhecemos e é visto aqui no Brasil. Parece um estádio de futebol, como você pode ver nesse vídeo:

“A grande desvantagem é, obviamente, disputar na Argentina pela tradição e torcida”, avaliou Gustavo Kuerten, o melhor jogador de tênis da história do Brasil.

Não será apenas a torcida que o Brasil enfrentará de dificuldade. Por ser o mandante, a Argentina, de acordo com o regulamento da competição, pôde escolher o tipo de quadra. E eles optaram pelo saibro. Uma armadilha, ainda mais com a previsão de chuva que é anunciada para Buenos Aires nos dias dos jogos.

“Certamente vai ter montinho de areia a mais para o lado do Brasil. Vai ficar mais pesado para a gente, e os jogadores vão ter que correr mais”, emendou Saretta.

Tirados os fatores extra-quadra, entendo que o Brasil enfrentará de forma equilibrada a forte equipe argentina. Evidentemente, também em virtude de a Argentina sentir muito o desfalque de Juan Martín Del Potro (ex-número quatro do mundo), em recuperação de uma lesão no punho.

“Acho que o Brasil está no melhor momento possível. O Bellucci tem bastante experiência. Acho que vamos disputar todos os pontos de igual para igual”, corroborou Guga.

O Brasil não é favorito, mas tem muita chance de sair vitorioso. Dou 40% de chance de vitória aos brasileiros. Nosso time será composto por Thomaz Bellucci, João Souza, Bruno Soares e Marcelo Melo. Enquanto o argentino tem Leonardo Mayer (29º do ranking da ATP), Federico Delbonis (59º), Diego Schwartzman (64º) e Carlos Berlocq (74º).

O fato de João Souza, o Feijão (atualmente o 75 do ranking da ATP), estar em um bom momento por conta de chegar às semifinais no Brasil Open e quartas de final do Rio Open, pode também alavancar o outro jogador brasileiro de simples: Thomaz Bellucci (87 do ranking da ATP).

No entanto, o nosso ponto forte está nas duplas. Marcelo Melo é o atual número cinco do mundo e Bruno Soares é o 12º colocado no ranking individual das duplas.

Vale lembrar que a disputa da Copa Davis é composta da seguinte forma: o vencedor de três partidas, de um total de cinco, será o vitorioso. Há um jogo de duplas e quatro jogos de simples, dois de Thomaz Bellucci e dois de Feijão contra os simplistas argentinos.

Ao menos uma coisa é certa: teremos mais um duelo empolgante entre os dois maiores rivais da América do Sul. E eu, contra os argentinos, não gosto de ver os brasileiros perderem nem no futebol de botão em jogo amistoso.

Não perderei de jeito nenhum o confronto. E você também não deveria.