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Alex merecia uma vaga no time de 2006

Os 15 maiores desfalques na história do Brasil nas Copas

Amigos, amigos, amigos e amigos: levamos um baita susto no fim da semana passada com a lesão do Neymar (entorse nos tendões peroneais do tornozelo direito). E coloca susto nisso. Muitos imaginaram que a lesão era grave e o pior estava por vir – o craque fora da Copa do Mundo. Os pessimistas de plantão já começaram suas apostas negativas, como o Brasil eliminado já na primeira fase do Mundial sem o craque.

Mas graças ao Bom Pai do Futebol, a lesão foi leve, com uma recuperação de aproximadamente três semanas. Daqui a pouco, nosso craque estará de volta e estará aqui no Brasil no meio do ano. O susto, porém, me fez recordar Copas sem os grandes craques do futebol brasileiro.

Na próxima Copa, por exemplo, poderemos ter dois grandes figurões fora do Mundial aqui no Brasil. Os dois, é verdade, não farão falta à seleção de Felipão. Eu penso assim, pelo menos. Casos do Kaká e do Ronaldinho Gaúcho – este último já ficou fora do último Mundial.  Tem casos emblemáticos que ainda nos fazem acreditar até hoje que a nossa participação poderia ter sido diferente em determinado torneio. O que todos se lembram de primeira é o caso do meia Neto no Mundial de 90.

Resgato aqui alguns dos casos e quero a opinião de vocês. Para mim, entendo, por exemplo, que o meia Alex, atualmente no Coritiba, é um jogador que não poderia encerrar a carreira sem disputar uma Copa. A Copa da Alemanha, em 2006, podia ter sido a dele, mas ficou de fora. Outro que lamento bastante foi a saída de Romário do Mundial de 98 por conta de lesão. E você?

Tomara, portanto, que não tenhamos uma decepção com algum corte por lesão para a disputa do Mundial. Só assim lamentaremos alguma ausência. Não vejo alguém que precisa ir à Copa que tenha ficado de fora das últimas convocações. E Neymar, por favor, não nos assuste mais uma vez.

Relembre os casos:

2010 – Ronaldinho Gáucho, Paulo Henrique Ganso e Neymar

O nome do craque Ronaldinho Gaúcho voltou a ser pedido para integrar a seleção brasileira após a boa temporada pelo Milan. Mas Ronaldinho só entrou na lista dos “reservas de luxo” para a Copa. O lobby por Neymar foi crescendo junto com o desempenho dele naquela temporada. A pressão para que o jovem fosse chamado não ficou restrita aos torcedores. Ronaldo pediu a convocação dos Meninos da Vila. Se eles tivessem ido… Paulo Henrique Ganso não disputou nenhuma partida com a camisa da Seleção brasileira profissional, mas esperava ser chamado para a Copa pelo desempenho daquele ano, quando ajudou o Peixe  a conquistar o Paulista e a Copa do Brasil.

2006 – Alex

A convocação do craque era vista como fundamental por torcedores, mas Carlos Alberto Parreira não relutou e o deixou de fora.  O habilidoso jogador entrou na lista dos atletas que nunca disputaram um Mundial. Com a seleção brasileira, foi campeão da Copa América duas vezes – em 1999 e 2004. Uma pena.

2002 – Romário

Em 2002, o clamor popular foi gigantesco pelo jogador. O atacante havia sido o artilheiro dos dois últimos campeonatos brasileiros (2000 e 2001). Mas Luiz Felipe Scolari não ouviu os apelos e Romário ficou fora da lista para a Copa do Mundo de 2002. Essa não foi a única decepção do Baixinho às vésperas de uma Copa do Mundo. Em 1998, quando o sonho era formar a dupla Ro-Ro (Ronaldo e Romário) num Mundial, ele sofreu uma lesão no tornozelo e foi cortado. O volante Emerson foi convocado para a vaga.

1994 – Rivaldo

Apesar de ter disputado a Copa de 98, Rivaldo poderia ter disputado a de 1994, já que o meia defendeu a Seleção em 1993. Tinha ido bem. A ausência dele antes da disputa foi lamentada. Depois, ninguém lembrou…

1990 – Neto

Toda crítica acreditava que o gordinho meia Neto seria convocado para a Copa do Mundo da Itália, mas o jogador não foi chamado por Sebastião Lazaroni. O técnico optou por levar Tita e Bismarck, ambos do Vasco. Na época, os torcedores não se conformavam com a opção.

1978 – Falcão

Falcão era o preferido da imprensa e da torcida para jogar a Copa do Mundo de 1978, na Argentina, mas ficou de fora da lista de Cláudio Coutinho. O técnico convocou Chicão, do São Paulo, para a vaga que seria do jogador do Internacional.

1970 – Toninho Guerreiro e Dirceu Lopes

Toninho Guerreiro não teve muitas oportunidades com a camisa da seleção brasileira. Ele só jogou duas vezes com a amarelinha, com duas vitórias e quatro gols marcados. O ex-artilheiro foi cortado às vésperas da Copa de 1970. Ele afirmava que foi preterido porque o Presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, preferia Dadá Maravilha. E Dirceu Lopes foi convocado para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 1970, sob o comando de João Saldanha. A convocação do meia para o Mundial era dada como certa, porém com a mudança de técnico, ele ficou fora da lista de Zagallo. O jogador defendia a seleção brasileira desde 1967 até próximo da viagem para o México.

1966 – Carlos Alberto Torres

Carlos Alberto Torres defendeu a Seleção brasileira pela primeira vez em 1963. Já defendendo o Santos, ele foi convocado ao lado de mais 47 jogadores para os treinamentos no Rio de Janeiro antes do início daquela Copa do Mundo. Vicente Feola, entretanto, deixou o craque de fora.

1958 – Canhoteiro e Luizinho

Canhoteiro perdeu a vaga na Copa de 1958 para Zagallo e Pepe. Existem algumas explicações para ausência dele na Suécia. Uma das versões é que o jogador era boêmio. Outra diz que ele tinha medo de aviões. Outra, mais certa, é relacionada ao bairrismo, que diz que o fato de jogar em São Paulo e não no Rio foi um fator determinante para ter ficado de fora. Já Luizinho, destaque corintiano, disputou a primeira partida pela seleção brasileira em 1955. No entanto, o jogador teve poucas chances com a amarelinha. Moacir, do Flamengo, foi chamado para a vaga dele. A ausência do “Pequeno Polegar” no grupo fez os corintianos vaiarem a seleção no último amistoso antes do embarque para a disputa da Copa.

1950 – Cláudio

Maior artilheiro da história do Corinthians, ficou de fora da lista de convocados para a Copa do Mundo de 1950. O técnico Flávio Costa foi muito criticado pelos paulistas por não ter chamado o jogador para o Mundial. Para o lugar de Cláudio, o médio volante Alfredo, do Vasco da Gama, foi convocado.

1930 – Friedenreich

Uma das primeiras ausências sentidas na seleção brasileira aconteceu na Copa do Mundo de 1930. Devido a uma divergência entre a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e a Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA), os paulistas não foram chamados para o Mundial, no Uruguai. O atacante marcou 554 gols em 561 partidas em sua carreira e, mesmo assim, não disputou a Copa.