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Austin Butler

Participamos de um bate-papo exclusivo com Austin Butler, de “Elvis”

Erik Wallker Redator

Atenção senhores! O El Hombre foi convidado para um bate-papo exclusivo com o ator Austin Butler para saber como foi interpretar o Rei do Rock, em Elvis. Atualmente o ator está com 30 anos e conta com diversas participações em vários filmes (como em Era Uma Vez… Em Hollywood) e agora mostra que veio para ficar!

Em Elvis, Austin Butler é ninguém menos que o próprio Rei do Rock! Em um bate-papo exclusivo ao El Hombre, o ator fez revelações de como foi participar desse magnífico (e ousado) projeto. Confira a entrevista:

COMO VOCÊ SE SENTIU QUANDO BAZ LUHRMANN LHE DISSE QUE VOCÊ SERIA ELVIS?

“Eu me senti incrível. Já estava convivendo com a ideia por um tempo, antes da confirmação, e nós já estávamos colaborando de fevereiro a julho quando eu consegui o papel.”

ENTÃO FOI UMA LONGA AUDIÇÃO?

“Sim, cerca de uma audição de cinco meses. Até o momento em que fiz o teste de tela, já estávamos trabalhando juntos há quatro ou cinco meses. E depois houve uma semana em que eu não sabia se realmente ia fazer, porque, eu pensei: “Bom, agora o estúdio também precisa tomar decisões. Baz e eu nos demos muito bem, mas tudo poderia dar em nada”. Durante uma semana eu tive que me controlar com ambas as situações. Eu pensei “Ok, então se ele me ligar e disser: ‘Você não recebeu o papel’, então você tem que ser capaz de aceitar isso mesmo depois de todo esse trabalho.” Eu realmente passei por esse processo de pensar que, se é isso que acontece, então eu posso aceitar isso.

Então pensei: “Se ele disser: ‘Você conseguiu o papel’, você terá muito trabalho a fazer”. E cheguei a um ponto em que pensei: “Ok, posso aceitar isso também e eu sei o que vou fazer.” E então, quando ele me disse, eu tinha essa onda de alegria, gratidão e excitação. Seguido imediatamente pelo sentimento de começar a trabalhar. Imediatamente liguei para o treinador de dialetos e liguei para o meu treinador de movimentos, e comecei a fazer pesquisas. Na verdade, já estava pesquisando há cinco meses, mas comecei a me aprofundar nesse universo depois da confirmação.”

A HISTÓRIA DE ELVIS PRESLEY PODE SER CONTADA DE VÁRIAS MANEIRAS, MAS BAZ OPTOU POR SE CONCENTRAR NA RELAÇÃO ENTRE ELVIS E O CORONEL TOM PARKER, QUE TAMBÉM É O NARRADOR DA HISTÓRIA. SENDO ASSIM, ESTAMOS RECEBENDO A VERSÃO DE PARKER? O QUE VOCÊ PENSA SOBRE ESSA ABORDAGEM?

“Acho que Baz é um cineasta e contador de histórias incrível, e um ser humano acima de tudo. Tenho muita fé nele e acho que o caminho que ele abordou é realmente brilhante e emocionante para abordar uma vida tão extraordinária. Foi uma alegria de se ver. E também para ver como o processo de Baz evoluiu ao longo das filmagens, e ainda agora na edição, e como a história tem continuamente tomado novas formas e foi aperfeiçoado à medida que o processo prosseguia.”

VOCÊ MENCIONOU QUE TEVE UM TREINADOR DE DIALETOS E DE MOVIMENTOS. MAS COMO ATOR, COMO ENCONTRAR O CAMINHO PARA INTERPRETAR UM HOMEM QUE É IMORTALIZADO NA CULTURA POP? COMO VOCÊ ENCONTRA UMA MANEIRA DE TORNAR ISSO SEU?

“Esse foi o grande desafio, desde o início. Como você disse, Elvis é uma figura imortal. Costumo dizer que ele se tornou o papel de parede de
sociedade… Comecei com uma pesquisa interminável e assistindo a todos os documentários que poderia encontrar sobre o Elvis, assistindo qualquer coisa que encontrasse no YouTube, ou gravações de áudio e entrevistas que ele deu.”

MUITOS ATORES DIZEM QUE O FIGURINO, A MAQUIAGEM E O CABELO AJUDAM A ENCONTRAR O PERSONAGEM DENTRO DE SI. COMO ESSES ELEMENTOS TE AJUDARAM A REFINAR MAIS AINDA SEU TRABALHO? E COMO FOI ENCONTRAR CATHERINE NO SET?

“Catherine é brilhante, uma das maiores figurinistas que já tivemos. E além disso, uma pessoa tão incrível, tão gentil e maternal. A atenção dela aos detalhes é incomparável. Foi realmente um privilégio trabalhar com ela.”

VOCÊ TINHA ALGUM FIGURINO FAVORITO?

“Não, não tinha apenas um favorito, mas tenho alguns… quer dizer, depende do meu humor. Mas em algumas cenas, há certas coisas que se destacaram. Quer dizer, eu nunca usei tantas camisas rendadas! Eu amei a jaqueta bolero, que corte incrível dessa jaqueta! Há também o terno todo azul dos anos 50, com a camisa de renda azul, e eu gosto disso. E depois nos anos 60, quer dizer, uma das roupas mais poderosas para usar é o couro. É ótimo quando você está vestindo isso.”

E ENGRAÇADO QUE ESSA MODA É ATEMPORAL, NÉ?

“Completamente! E tinha os macacões também. Me sentia como um super-herói. Então me sentia muito bem também. É difícil para mim escolher apenas um…”

MUDANDO UM POUCO DE ASSUNTO, VAMOS FALAR COMO FOI TRABALHAR COM HELEN THOMSOM E RICHARD ROXBURGH COMO SEUS PAIS, OLIVIA DEJONGE COMO PRISCILLA E CLARO, TOM HANKS COMO O CORONEL TOM PARKER. COMO FOI A EXPERIÊNCIA?

“Tive o privilégio e a honra de trabalhar com esses atores incríveis. Eu poderia começar com qualquer um deles, mas Olivia interpretando Priscilla, ela é a pessoa mais inteligente de todas. Ela se aproximou com graça, força e sabedoria; ela realmente incorporou isso na personagem de uma forma tão bonita. E ela foi uma ótima parceira de cena e amiga, durante todo esse processo, e por isso sou imensamente grata a ela.

Já o Tom, você não consegue um colaborador melhor do que ele. Eu o admiro tanto como ator, quanto como pessoa. Ele é daquelas pessoas que fizeram parte de nossas vidas, pois o assistimos em Forrest Gump e Philadelphia, ou em qualquer outro de seus filmes. Ele é um mestre do ofício. E ainda por cima é caloroso, acolhedor, gentil, engraçado e generoso. Ele fez todos no set se sentirem em casa. É um ótimo profissional e mostra isso com uma humildade que lhe permite apenas colaborar verdadeiramente. Eu aprendi muito com Tom. E ele é realmente um homem maravilhoso e um ator incrível.”

E Helen, que presente, poder trabalhar com ela. Ela vem fazendo muito teatro, e você vê isso em seu ofício. Ela tem um comando surreal em cena, sendo capaz de ter consistência de emoções realmente intensas, e fazer isso soar realmente verdadeiro. Existem certos atores que podem ativar uma emoção sem sentir, é uma coisa mais técnica, como ligar um interruptor de luz. Observando seu trabalho, é capaz de sentir a emoção em sua alma, é mágico! Além disso, o relacionamento de Elvis com sua mãe é a parte central de sua vida e importante para essa história. Ela foi capaz de abordar isso com muito poder e espiritualidade. E também, ela é uma ótima pessoa e foi uma alegria estar perto dela.

E então, o Richard. Eu amo o Richard! Ele está interpretando o pai de Elvis. E honestamente, ele é incrível! Ele conta com momentos profundos e realmente pesados. E Richard faz isso há tanto tempo, que ele é capaz de simplesmente explorar essas emoções com tanta autenticidade e poder. Mas do lado pessoal, ele é uma das pessoas mais engraçadas que eu já conheci. O que é realmente valioso em um set, porque fazemos longas horas de gravações. O fato é que temos um elenco incrível em Elvis, e sinto muito grato por isso.”

COMO FOI DAR VIDA AS PERFORMANCES ICÔNICAS DE ELVIS?

“Havia um equilíbrio complexo nisso, porque por um lado eu realmente queria fazer idêntico, e acho que isso foi muito importante para o projeto. As pessoas vão ver esses momentos no filme e comparar com algo que Elvis realmente fez, então eu queria que fosse bem específico.”

E QUAL FOI A DIFERENÇA NA PREPARAÇÃO?

“Para momentos como esse, embora não tivéssemos filmagens reais, eu olhava para infinitas imagens ou momentos em que o Elvis estava se movendo e tentava replicá-los. Há uma ótima foto dele de Vancouver, quando ele estava rolando no palco com um microfone, então pegamos esse momento para fazer parte de uma cena. Por mais que tente ser específico nos movimentos, você corre o risco de perder a espontaneidade e perder a sensação de que aquilo realmente está acontecendo. Isso certamente se tornou um grande desafio: fazer
o mais específico possível, mas de algo novo.”

E COMO VOCÊ CONSEGUIU DOMINAR OS MOVIMENTOS?

“Trabalhei com uma incrível treinadora de movimentos, chamada Polly Bennett. Ela me ensinou que é possível quebrar alguns movimentos. E quando chega na hora, você tem que ser capaz de esquecer tudo e fazer parecer inédito, como se estivesse acontecendo pela primeira vez. E às vezes eu falhei nisso, admito. Mas cada vez que você trabalha nisso, vai se aperfeiçoando. Esse meio que foi o processo que fizemos.”

UMA ÚLTIMA COISA: LI QUE PRISCILLA PRESLEY ADOROU O FILME. COMO VOCÊ SE SENTE COM ISSO?

“Essa foi a coisa mais emocionante. E isso realmente fez meu coração disparar, porque, em última análise, isso é o que importa para mim. Se a família está feliz, se Priscilla, que o conhecia indiscutivelmente melhor do que qualquer outra pessoa se sentiu bem, isso é tudo pra mim, sabe? Sinto um alívio, porque eu só quero deixá-la orgulhosa e quero fazer sua família orgulhosa, e quero fazer justiça a eles e fazer justiça a ele. E isso vale para todos que o amam ao redor do mundo. Quero que todos sintam sua essência.

Obrigado Warner Bros. Pictures pelo convite para esse bate-papo exclusivo com Austin Butler. E só para lembrar, Elvis já está em exibição nos cinemas de todo o país.

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