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UFC e WWE se fundem para criar conglomerado de US$ 21 bilhões

A WWE e a Endeavor, empresa que administra o UFC (Ultimate Fighting Championship), vão se fundir para criar uma empresa de entretenimento esportivo de US$ 21,4 bilhões.

Uma nova empresa de capital aberto abrigará as marcas UFC e World Wrestling Entertainment, com a Endeavor assumindo uma participação controladora de 51% na nova empresa. Os atuais acionistas da WWE deterão uma participação de 49%.

As empresas avaliam o valor do UFC em US$ 12,1 bilhões e o valor da WWE em US$ 9,3 bilhões.

O novo negócio, que ainda não tem nome, será liderado pelo CEO da Endeavor, Ari Emanuel. Vince McMahon, presidente-executivo da WWE, desempenhará o mesmo papel na nova empresa. Dana White continuará como presidente da UFC e Nick Khan será presidente da WWE.

“Juntos, seremos uma potência de entretenimento esportivo de mais de US$ 21 bilhões, com uma base de fãs coletiva de mais de um bilhão de pessoas e uma emocionante oportunidade de crescimento”, disse McMahon em um comunicado preparado na segunda-feira.

Ele também deu uma ideia de qual será o foco da nova empresa, dizendo que buscará maximizar o valor dos direitos de mídia combinados, aprimorar a monetização do patrocínio, desenvolver novas formas de conteúdo e buscar outras fusões e aquisições estratégicas para fortalecer ainda mais suas marcas.

Já existem laços entre os talentos da WWE e da UFC, com estrelas como Brock Lesnar e Ronda Rousey transitando entre os dois negócios.

O acordo entre Endeavor e WWE impulsiona a WWE para uma nova era, após funcionar como uma empresa familiar por décadas. McMahon comprou a Capitol Wrestling de seu pai em 1982 e levou o negócio regional de wrestling para um público nacional com estrelas do wrestling como Andre the Giant, Hulk Hogan e Dwayne “The Rock” Johnson. A empresa, que mudou seu nome para World Wrestling Federation e, posteriormente, World Wrestling Entertainment, realizou sua primeira WrestleMania em 1985.

Em uma entrevista à CNBC, McMahon abordou a ideia de que havia dúvidas entre alguns fãs da WWE e especialistas do setor de que ele algum dia faria um acordo com o negócio. “É o momento certo para fazer a coisa certa. E é a próxima evolução da WWE”, disse ele.

O anúncio da venda da WWE chega depois que McMahon, fundador e acionista majoritário da WWE, retornou à empresa em janeiro e disse que ela poderia estar à venda.

Rumores circularam sobre quem estaria interessado em comprar a WWE, com Endeavor, Disney, Fox, Comcast, Amazon e o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita na disputa.

McMahon reconheceu à CNBC que havia vários pretendentes para a WWE, mas que a combinação com a Endeavor é o caminho certo.

“Faz todo o sentido no mundo para todas essas sinergias que temos extrair todo o valor que pudermos do mercado”, explicou ele.

Analistas da indústria de mídia consideraram a WWE um alvo atraente, dado seu alcance global e base de fãs leais, que inclui pessoas de todas as idades e uma ampla variedade de rendas.

A empresa realizou seu principal evento, WrestleMania, durante o fim de semana. No ano passado, a WWE registrou uma receita de US$ 1,3 bilhão.

A empresa também é uma potência nas redes sociais. Ela ultrapassou 16 bilhões de visualizações de vídeo nas redes sociais no último trimestre do ano passado. Tem quase 94 milhões de assinantes no YouTube e mais de 20 milhões de seguidores no TikTok. Suas lutadoras estão entre as 15 atletas femininas mais seguidas do mundo nas redes sociais Facebook, Twitter e Instagram, lideradas por Ronda Rousey com 36,1 milhões de seguidores.

A WWE teve mais de 7,5 bilhões de visualizações digitais e nas redes sociais em janeiro e fevereiro deste ano, um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A nova empresa planeja ser negociada na Bolsa de Valores de Nova York sob o símbolo “TKO”. Seu conselho terá 11 membros, sendo seis nomeados pela Endeavor e cinco pela WWE.

“Gostamos dos ativos do UFC e também da WWE em um mundo onde a TV linear está perdendo participação no mercado para o streaming, tornando o conteúdo esportivo ao vivo muito procurado”, escreveu o analista da Jefferies, Randal Konik, em uma nota aos clientes.

A transação, que foi aprovada pelos conselhos da Endeavor e da WWE, tem como objetivo ser concluída no segundo semestre do ano. Ainda é necessário obter aprovação regulatória.

Fonte: Associated Press