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Fomos ao lançamento da linha Avengers da Gillette em Boston

Pedro Cohn Diretor de Negócios

No meio de uma reunião rotineira na redação, Pedro Nogueira desvia seu olhar para o celular. Com a atenção de volta à mesa, diz: quem quer ir para Boston? Todos queriam – mas só eu tinha visto e medo nenhum de avião. Então fui o escolhido.

Seria uma viagem para cobrir algum evento. Era tudo o que sabíamos até então. Uma mensagem do Gui Marques, da Ketchum, empresa que faz relações públicas para a P&G, já apareceu no mesmo dia requisitando alguns documentos, mas sem relevar muita coisa – apenas que seria bem legal.

Logo comecei uma pesquisa ao estilo Sherlock Holmes e lembrei que o Gillette Stadium fica na região de Boston. Coloquei “Gillette” na procura dos mapas e, boom, um alfinete vermelho caiu na tela informando que o QG da empresa fica naquela região. Como a Gillette faz parte da P&G, tudo começou a fazer sentido.

No dia 6, um dia antes da viagem, o Gui me mandou um e-mail com o seguinte título: “Press Trip Gillette Avengers”. Quando abri o release do evento de cara já estava escrito “Os Vingadores Gillette – Evento das Industrias Stark”. Imaginem minha surpresa! Fiquei horas pensando qual a relação de uma fábrica de barbeadores com um filme de super-heróis. Não cheguei a nenhuma conclusão.

No aeroporto conheci os outros blogueiros que viajariam para o evento: Jorge do Nerd Pai, Rodrigo do Jacaré Banguela e Guilherme Cury do Moda para Homens.

A viagem foi tranquila. Com algumas doses de Jack Daniel’s e Maker’s Mark na conexão em Atlanta, a gente deu uma relaxada antes de pousar em Boston.

Enfim, Boston!

Algumas executivas da P&G nos buscaram no aeroporto num micro ônibus vermelho. No caminho até o hotel vimos um pouco da cidade, conversamos sobre a história e como moram o cidadãos da região de New England. O frio é de castigar.

Chegando no hotel, tivemos tempo apenas para deixar as malas no quarto (com uma vista maravilhosa, por sinal) e voltar ao ônibus. De lá partimos para o Union Oyster House, um restaurante de frutos do mar típicos da cidade, onde o melhor prato era a broa de milho. E não pense que isso é uma crítica – aquela broa de milho estava simplesmente sensacional, fora da curva.

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Ao fundo o The Union Bar

Na saída, uma fina chuva castigava ao chocar-se com minha face petrificada com a temperatura negativa do vento.

Na volta tive uma ideia: “Por que não vamos de metro?” Todos me olharam torto. Mas repliquei dizendo que só se conhece uma cidade de verdade andando de transporte público. Meu argumento convenceu os outros três integrantes do grupo. Depois de nos perdermos várias vezes no subterrâneo da cidade, vimos a luz do sol e, enfim, a fachada de nosso hotel.

Tive 20 minutos para me trocar, passar uma água no rosto e me dirigir para outro hotel, onde foi realizado o jantar para todos os jornalistas que foram cobrir o evento, à convite da Gillette.

Depois de umas duas doses de Maker’s Mark e um discurso de um executivo da Gillette, fizemos uma refeição saborosa. Mas, lógico, nada comparado a já famosa broa de milho.

Depois decidimos dar uma passada em um pub e gastamos algumas horas tomando cerveja e discutindo publicidade.

O evento

No dia seguinte, ao abrir a cortina, eu consegui ver que estava frio – sim, pela primeira vez eu vi o frio, não apenas o senti. Após um belo café da manha regado a Maple Syrup, lá fomos nós para o tão esperado evento. Até esse ponto ainda não sabíamos exatamente o que nos seria apresentado.

Já no local, um executivo da P&G falou sobre a interação da maior fabricante de lâminas de barbear com a fictícia empresa de Tony Stark, a Stark Industries, explicando cada um dos novos barbeadores criados pela marca masculina junto à empresa do Tony Sark (confira o vídeo a baixo). Claro que tudo não passa de uma brincadeira, mas a ideia encaixou muito bem com o clima dos filmes da Marvel.

E então, eis que sobe ao palco ninguém menos que o criador de todo o universo Marvel: Stan Lee. Ele apresentou cada um dos barbeadores, explicando mais uma vez as características exclusivas dos novos aparelhos. O velhinho de 92 anos ainda está estourando. Boa, Stan! Espero que continue assim por alguns bons anos ainda.

Depois de tirar algumas fotos com a armadura do Homem de Ferro usada no filme, fomos conhecer a fábrica da Gillette.

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Cohn ao lado do homem de ferro

Tudo começou com um funcionário contando para nós a história por trás de tudo. King Gillette, o criador da marca, ao fazer a barba com uma navalha teve a inspiração de que poderia desenvolver algo mais prático.

Então chegou à conclusão de que somente a parte cortante da lâmina deveria ficar para fora do aparelho e que a peça deveria ser descartável – aposentando, assim, a função de afiador de navalha.

O galpão onde ficam as máquinas é de perder de vista. Nós andamos por todo o espaço em cima de uma plataforma, tendo uma visão privilegiada das máquinas gigantes que produzem essa pequenas lâminas.

Admito: foi uma experiência única. Não é todo dia que você descobre como é feito um produto ícone como as lâminas de barbear da Gillette.

No meio do tour comecei a lembrar de quando era um menino e via meu pai fazer a barba. Era um sinal de maturidade, de “gente grande” e eu não via a hora de começar a me barbear.

Antes eu era um menino desesperado para ser adulto, hoje sou um adulto desesperado para tentar salvar um pouco da minha juventude.

Após o evento, a noite pedia um bar. Fomos para Cambridge e entramos em um pub pequeno e aconchegante. Tudo começou tranquilo e as primeiras cervejas, batatas e mariscos passaram pelas mesas.

O relógio apontava 00:30 quando o resto da imprensa da América do Sul chegou, praticamente dobrando o número de pessoas que enchiam o quase já familiar bar.

Quando me dei conta, todos já estávamos de pé, tomando vinho e drinks coloridos, falando alto e nos divertindo como se estivéssemos em uma festival. Uma pena ter durado pouco – os bares fecham cedo por lá.

No dia seguinte, com a cabeça pesada, comecei a arrumar minha mala. Era meu último dia em Boston.

Mas meu celular vibrou avisando que ainda tinha um último compromisso experimentar: o Apple Watch. Era o primeiro dia que as pessoas poderiam ver um de perto. Fiquei pelo menos 45 minutos experimentando os mais diferentes modelos e “brincando” com a interface do relógio. Já encomendei o meu lá mesmo.

Na volta, já no aeroporto, tive um sentimento que estava há pelo menos uma semana na cidade. Foi uma viagem bem intensa, mas muito divertida.

Boston é um lugar lindo, cheio de jovens (muitas faculdades ficam na região), bares e restaurantes. Já penso em visitar novamente a região.

Só espero que na minha próxima viagem à Boston Stan Lee nos receba novamente.

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Os blogueiros tomando uma cerveja no pub