Broxou? Relaxa, todo homem já passou (ou vai passar) por isso

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Eis um dos maiores desinfladores de ego que a humanidade já conheceu: a broxada.

Aquilo que “nunca aconteceu antes” com nove entre homens. Aquilo que te fez sentir o cara mais inútil daquele quarto (embora fosse o único).

Aquilo que te levou ao Google, ao terapeuta sexual ou ao comprimidinho azul. Aquilo que te fez sentir um lixo por alguns mililitros de sangue que resolveram não se acumular.

Mas e daí? No fundo, para quem realmente sabe do que é capaz, uma broxada não significa absolutamente nada. Ter um corpo sempre sarado, um rosto sempre radiante e um pau sempre duro nunca foi prova de poder. Pelo contrário: a perfeição permanente é, no mínimo, suspeita.

Quem de fato conhece o próprio potencial compreende que tudo bem em não estar a fim de transar. Ou tudo bem em não conseguir. Isso já aconteceu e/ou ainda vai acontecer com absolutamente todo mundo.

E isso significa, pura e simplesmente, que somos humanos. Humano erra, acorda de saco cheio, chora sem razão e broxa.

“A BROXADA EVENTUAL É A PROVA DE QUE CADA EREÇÃO É DE VERDADE”

É cruel essa mania da geração dos selfies em querer estar sempre disposto a tudo. Sempre pronto para uma noite sensacional mesmo que o dia tenha sido ruim. Sempre com uma ereção espetacular no ponto mesmo que a química sexual não seja tão boa assim.

Sempre a melhor pegada, a melhor trepada, a melhor gozada. Porque nós temos necessariamente que sermos os melhores, certo? Errado.

Nunca confiei em homem que (diz que) não broxa. Reis da paudurência me desestimulam, por mais paradoxal que isso pareça. É que a broxada eventual é a prova de que cada ereção é de verdade. É pelo momento, pela vontade – e não pela obrigação de ser o rei das trepadas maravilhosas a todo o tempo.

Sexo é fonte de prazer, não de autoafirmação. Não tratemos como obrigação os prazeres da vida. Se deixe gozar quando for oportuno, e se deixe broxar quando precisar.

A broxada é humana. E não há nada mais excitante que ser humano, em todas as acepções da palavra.

Nathali Macedo

Colunista, autora do livro "As Mulheres que Possuo", feminista, poetisa, aspirante a advogada e editora do portal Ingênua. Canta blues nas horas vagas.

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