Com uma história dessa, apostamos que DiCaprio ganhará seu 1º Oscar

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Leonardo DiCaprio nunca ganhou o Oscar – e muitos acham isso uma baita injustiça. O que não faltam são ótimos filmes e ótimas atuações para que ele pudesse levar a estatueta para casa.

Exemplos? O Aviador, Ilha do Medo, A Origem, Django Livre, O Lobo de Wall Street, para ficar em alguns.

O problema é que nos anos em que ele foi indicado ao prêmio de Melhor Ator pela Academia (04, 07 e 14), acabou competindo com outras grandes atuações, como no ano passado, em que teve que ver Matthew McConaughey ficar com a estatueta pelo trabalho em Dallas Buyers Club.

Mas em breve esse cenário pode mudar. E nós apostamos todas as nossas fichas que mudará.

A Paramount acabou de fechar acordo para adaptar às telonas a história do livro “The Devil In The White City: Murder, Magic And Madness At The Fair That Changed America”.

E, senhores, é uma puta história!

Quem estará no papel principal será justamente Leonardo DiCaprio e quem responderá pela direção será Martin Scorsese. Isso mesmo: a dupla unirá forças mais uma vez. Será o sexto filme que eles trabalharão juntos. Mais um sinal de que vem coisa muito boa por aí. Por quê? Vamos lembrar os outros 5 longas em que a dupla atuou junto: Gangues de Nova York, O Aviador, Os Infiltrados, Ilha do Medo, O Lobo de Wall Street.

Já estamos convencidos, portanto.

A TAL DA PUTA HISTÓRIA

O livro escrito por Erik Larson conta a história real de um serial killer que escandalizou a sociedade americana no século XIX. Ele é conhecido como o pimeiro serial killer dos Estados Unidos.

Seu nome era Herman Webster Mudgett, mas ficou conhecido como Dr. H. H. Holmes. Sua história é realmente roteiro de cinema.

Holmes desde pequeno demonstrou interesse pela área médica. Quando criança, seus colegas faziam bullying com ele deixando-o na companhia de um esqueleto. O problema é que ele gostava disso. Gostava muito.

Quando foi para a faculdade de medicina, na Universidade de Michigan, roubava corpos para fazer seguros falsos (esse foi seu grande golpe por toda a vida) e também para matar sua curiosidade de exploração do organismo humano.

Em 1886 se mudou para Chicago, onde começou a trabalhar numa farmácia. Após a morte do dono da farmácia, Holmes comprou o empreendimento, mas não arcou com as dívidas para com a viúva. Em pouco tempo a dona desapareceu misteriosamente e o rapaz ficou com tudo para si.

Foi aí que tudo começou.

O CASTELO DO ASSASSINATO

O cara comprou o terreno da frente da farmácia e começou a construir um verdadeiro castelo, que viria a ser conhecido como o “Castelo do Assassinato”.

A sua ideia era erguer uma casa gigante onde apenas ele teria domínio total sobre os caminhos internos. Então, durante a construção, Holmes contratou várias empresas diferentes, assim ninguém conseguiria entender direito a loucura que estava sendo construída – a não ser ele.

O castelo de 3 andares virou um verdadeiro labirinto, com portas falsas que davam para paredes de tijolos, corredores mal construídos, escadas que terminavam em lugar nenhum, passagens secretas e várias outras estruturas suspeitas.

A parte térrea ficou com a farmácia, que já funcionava. Já a parte de cima… Ah, a parte de cima.

Por ali havia mais de 100 quartos de pequenas dimensões e sem janelas onde ele assassinava pessoas. Muitos desses quartos eram a prova de som, outros trancavam apenas por fora e vários tinham conexão com tubos que despejavam gás letal para dentro do aposento. Essa era uma das maneiras que ele usava para assassinar as pessoas. Também havia aposentos com chapas de ferros e maçaricos para queimar as vítimas.

E na parte subterrânea ele tinha um laboratório onde dissecava os corpos (e vendia muitos deles para faculdades), ou incinerava-os em grandes fornos, ou jogava-os em galões de ácido ou poços de cal para eliminá-los. As vítimas eram mandadas até o porão por calhas. Tudo muito bem estruturado, senhores.

Tenebroso, não?

Holmes começou com sua vida de assassinato em 1893, quando foi realizada a Feira Mundial de Chicago, também conhecida como World’s Columbian Exposition. Ele fez de seu castelo um hotel e deu o nome de “World’s Fair Hotel”. E então ele atraia as pessoas da feira para lá e caixão.

A maioria das vítimas eram mulheres solteiras (e loiras) que ele seduzia, levava para o castelo e matava. Entre os alvos também havia muitas empregadas que Holmes contratava e, depois de colocar o pé dentro do castelo, não voltavam mais à vida. E sabe o que o homem exigia para muitas dessas empregadas? Que fizessem seguro de vida! Espertinho…

Assim que a feira terminou Holmes se mandou de Chicago, continuou vivendo feito um adoidado e acabou sendo preso em 1894 por conta de fraudes de seguro. E em 1895 ele foi sentenciado à morte pelo assassinado de Benjamin Pitezel, que foi seu parceiro de crime, e três de seus filhos.

No fim das contas, Holmes admitiu a autoria do assassinato de 27 pessoas, mas a história fala em números bem maiores, que vão de 100 a 200 mortes. O rapaz foi enforcado em 1896.

E aí, é ou não é uma puta história? Meio tensa, mas imagina isso nas mãos de Martin Scorsese e com Leonardo DiCaprio interpretando H. H. Holmes.

Esse filme carrega todos os ingredientes para que o ator possa faturar sua primeira estatueta na carreira: é um roteiro incrível, com um dos melhores diretores da atualidade (com quem conseguiu 2 das 4 indicações de sua vida) e, o principal, com um protagonista muito forte.

H. H. Holmes é um daqueles personagens que consagram atores – maluco, com personalidade e que exige todo talento possível para ser interpretado.

Eu diria que essa é a próxima grande chance de Leo.

*O filme ainda não tem nome e nem data para lançamento.

Pedro Cohn

Um dos fundadores do El Hombre, hoje vive na Califórnia à beira do mar. Se você quer irritá-lo, basta falar mal da Apple. Mas prepare-se para tomar um pontapé na orelha.

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