Conversamos com Yves V, embaixador do Tomorrowland

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A maior festa eletrônica do mundo. Assim já foi – e ainda é – definido o Tomorrowland, festival que ano após ano leva mais de 300 mil adoradores de música à pequenina cidade de Boom, na Bélgica (e até já foi apresentado por aqui as curiosidades que fazem do evento o que ele é).

Pois entre o seleto grupo de artistas que faz o Tomorrowland estar à frente de eventos como Coachella e Ultra Music Festival no ranking do International Dance Music Awards está Yves V. Desde 2007, o DJ e produtor tem o seu lugar cativo no palco principal do festival belga.

Considerado por muitos um dos melhores artistas da nova geração da EDM (Electronic Dance Music), Yves é não só residente do mega Tomorrowland como um dos três embaixadores oficiais do festival mundo afora. Não por acaso, estará no Brasil em maio de 2015, quando o evento desembarca em Itu com a promessa de reunir mais de 100 mil pessoas para três dias de música eletrônica.

Nesta sexta-feira, porém, Yves V já dá um gostinho do Tomorrowland Brasil. Em visita a São Paulo, o cara se apresenta em festa no Clash Club (saiba mais aqui).

Ele promete o hit “Cloudbreaker” na pista, assim como os seus remixes para Timbaland e Missy Elliott. Mas antecipa que tracks novíssimas também estarão no set.

Conversamos com Yves sobre Tomorrowland, o futuro da EDM e sobre fazer festa no Brasil. “Vocês são verdadeiros ‘party animals’”, garante ele.

Yves, o Tomorrowland está desembarcando no Brasil em 2015 e, aparentemente, é apenas a segunda vez que o festival deixa a Bélgica. Por que escolher o Brasil? E como você enxerga a nossa música eletrônica, em que pé estamos?

O cenário EDM no Brasil está, definitivamente, ainda se desenvolvendo. Mas vocês são um público tão bom que a gente decidiu arriscar e se jogar. Você são verdadeiros “party animals”, e a gente acredita que a combinação do povo brasileiro com a atmosfera do Tomorrowland vai ser simplesmente insana.

Além de ser reconhecido como um dos residentes do Tomorrowland, você já trabalhou com grandes artistas, como Timbaland, David Guetta e Missy Elliott. Há algum outro nome com quem você ainda gostaria de colaborar?

Claro! Eu gostaria muito de trabalhar com artistas como Coldplay e Birdy. Eles trazem um som muito especial para a música, que eu realmente gosto.

Música eletrônica é sinônimo de diversão, ou há muito mais para ela do que as pessoas imaginam? (Afinal, o fato de o próprio Tomorrowland ter completado uma década prova que EDM é muito mais que uma moda passageira)

Para mim, EDM é uma forma de você se expressar. Através dela você pode se soltar de verdade, botar para fora todo o estresse e suas preocupações. Então, vai muito além da música.

Eu vejo que todos os gêneros que fazem parte da EDM vão evoluir ao longo dos anos, mas ela nunca irá desaparecer.

Muita gente critica artistas de música eletrônica, dizem que eles utilizam softwares para compor e até mesmo se apresentar ao vivo. Como você encara esse tipo de discussão?

Eu também acho que há uma grande diferença entre fazer música ao vivo e EDM, mas não acredito que a gente mereça essas críticas. Produzir música eletrônica pode estar em outro nível, mas eu posso garantir a você que não é nada fácil.

Enquanto um outro artista pode levar um ou dois anos para fazer um novo álbum, nossos fãs esperam novos lançamentos um após o outro.

Você já se apresentou no Brasil algumas vezes, ok. Mas não é um lugar em que você toca com tanta frequência. Há algo de especial para momentos como esse?

Eu tenho muitas tracks novas que recém finalizei, então quero muito testá-las nos Brasil. Espero que o povo esteja pronto para elas.

Tomás Bello

Jornalista de cultura pop, comanda o estúdio de branded content Oui Oui e escreve sobre música para o El Hombre. Foi editor da revista Noize e apresentador nas rádios Oi FM, Ipanema FM e 95bFM. Já entrevistou uma porrada de gente grande da música pop, entre eles The Black Keys, Justice, Queens of the Stone Age e The xx. Acredita que a música é a cura para todo mal.

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